quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que precisamos ver de modo diferente?

LIÇÃO 21

Estou decidido a ver as coisas de modo diferente.

1. A ideia para hoje é, obviamente, uma continuação e extensão da anterior. Desta vez, porém, são necessários períodos específicos de exame mental, além da aplicação da ideia a situações particulares na medida em que elas possam surgir. Insiste-se em cinco períodos de prática e em que se conceda um minuto completo a cada um.

2. Nos períodos de prática, começa repetindo a ideia para ti mesmo. Em seguida, fecha os olhos e investiga tua mente com cuidado em busca de situações passadas, presentes ou previstas que te despertem raiva. A raiva pode assumir a forma de qualquer reação, desde uma irritação leve até a fúria. O grau da emoção que experimentas não importa. Tu te tornarás cada vez mais consciente de que um leve toque de contrariedade não é nada senão um véu estendido sobre uma fúria violenta.

3. Tenta, portanto, não deixar que os pensamentos "minúsculos" de raiva escapem de ti nos períodos de prática. Lembra-te de que não sabes verdadeiramente o que desperta raiva em ti e de que nada daquilo em que acreditas em relação a isto significa coisa alguma. É provável que fiques tentado a te demorares mais em algumas situações ou pessoas do que em outras, com base na crença equivocada de que elas são mais "óbvias". Isto não é verdade. É apenas um exemplo da crença de que algumas formas de ataque são mais justificadas do que outras.

4. Quando examinares tua mente em busca de todas as formas com que se apresentam os pensamentos de ataque, mantém cada uma em mente enquanto dizes a ti mesmo:

Estou decidido a ver ________ [nome de uma pessoa] de modo diferente.
Estou decidido a ver ________ [especifica a situação] de modo diferente.

5. Tenta ser o mais específico possível. Podes, por exemplo, focalizar tua raiva em uma característica particular de uma determinada pessoa, acreditando que a raiva está limitada a esse aspecto. Se tua percepção sofre desta forma de distorção, dize:

Estou decidido a ver __________ [especifica a característica]
em _________ [nome da pessoa] de modo diferente.

*

COMENTÁRIO:

Os exercícios com a ideia para este dia 21 de janeiro se assemelham à prática que sugeri para a ideia da lição 16, na semana passada. Eles podem vir a ser uma fonte de grandes revelações a nosso próprio respeito.

Basta que nos lembremos de pessoas e situações com quem, ou com as quais, nos sentimos aborrecidos, irritados e até mesmo profundamente magoados ou, quem sabe, furiosos.

"O problema de Fulano é a preguiça." "Sicrano é muito burro." "O que me irrita no(a) Fulano(a) é sua falta de interesse por qualquer coisa." "Tal e tal coisas me deixam profundamente irritado(a)." "Aquilo que ele/ela me fez não se faz nem a um cachorro." "A atitude dele(a) me deixou muito magoado(a)." "Às vezes me dá vontade de matar o(a) Fulano(a)."

Quem já não ouviu ou se valeu de algumas das expressões acima? Ou outras similares? É disso que trata a lição de hoje. É isto, entre outras coisas, que precisamos trazer à consciência para aprender a olhar de modo diferente.

*

Apenas para registro, gostaria de lembrar a todos que foi nesta data, há um ano, que este espaço foi criado. Que bom termos chegado até aqui. Parabéns a nós todos. Espero que estejamos todos mais próximos da salvação. Que tenhamos todos experimentado muito mais momentos de alegria e de paz perfeitas, como é a Vontade de Deus para todos e cada um de nós. Muito obrigado!

8 comentários:

  1. Bom dia a todos!

    Dos inúmeros agradecimentos que tenho a fazer hoje quero dizer que é incansável meu agradecimento ao Moisés, por ter acompanhado seu esforço por manter este grupo das 3as feiras unido após a saída da Anna, do qual este blog me parece que foi uma das iniciativas.
    Parabéns ao Moisés, ao grupo e ao aniversário do blog! Que este blog seja sempre um ponto focal para nós e para outros onde a Luz do Espírito Santo possa sempre chegar e refletir sobre todos de volta.
    Para mim também foi muito boa a reunião de 3a feira, obrigada Carmen, Marisa e colegas!
    Mas... risos... eu queria dizer que saí de lá com um desconforto e vou deixar aqui duas perguntas para quem sabe, em meio às comemorações de aniversário do blog, uma Luz venha para me/nos ajudar a entender melhor:
    1- Em um momento da reunião falamos que um político chegou a relacionar a catástrofe do Haiti com o tipo de crença deles, ou que aconteceu porque eles rezam demais (algo parecido, não me lembro bem). Fizemos até uma brincadeira, dizendo que se fosse assim, se reza braba atraísse desgraça a Bahia já não existiria mais de tanta macumba. E aí seguimos adiante com nossa interpretação de que aquelas pessoas escolheram o que viveram. Minha pergunta é a seguinte: será que não é nosso ego que nos leva rir e a achar que nossa explicação é que é melhor que a deste político? Não deveríamos ter a humildade de pensar que a nossa explicação simplesmente é mais uma possibilidade? Esta questão da escolha está clara no livro?
    2- A segunda pergunta é mais ou menos consequência da primeira. Eu simplesmente não consigo virar as costas e não sofrer junto, nem com as grandes nem com as pequenas catástrofes. Eu não preciso do Haiti. Eu sofro quando acordo à noite, como hoje com a chuva, e imagino onde será que pessoas estão sendo soterradas, se em Osasco, Grajaú ou Ilhabela, enquanto minhas filhas dormem um sono profundo. E minha pergunta é: onde, no livro, está dito que devemos negar este sentimento primário de solidariedade humana? Não estou falando de culpa, pois não me sinto culpada por nada.

    Me perdoem começar um dia "comemorativo" com tantas provocações... risos... mas acredito que nossa principal comemoração é crescermos juntos!
    Um ótimo dia a todos!
    Cristina.

    PS - Nina, eu queria receber sim o e-book, voce manda prá mim?

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  2. Meus queridos,

    Apenas complementando minha visão sobre a solidariedade, eu vejo a indignação com os acontecimentos como uma força propulsora para a ação pela busca do Amor, pelo retorno para casa.

    A foto abaixo me fez voltar aqui prá compartilhá-la. Não consigo achar que estas manifestações simplesmente não devem acontecer:

    http://noticias.uol.com.br/album/100120haiti_album.jhtm?abrefoto=1

    Ao ver a foto me lembrei do que comentamos sobre a capa da Veja com "a mão". Isso aqui sim seria uma digna capa de revista sobre a tragédia no Haiti.

    beijos
    cristina

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  3. Caríssima Cristina, e colegas e amigos(as) de UCEM,

    Obrigado por manifestar suas dúvidas e por nos oferecer a oportunidade de reflexão que suas perguntas trazem.

    A ideia básica, que contém todas as chaves para se entender o ensinamento do UCEM e, ao mesmo tempo, entender e "viver" a ilusão que o mundo nos oferece sem cair nas armadilhas do ego, em meu modo de ver, está na afirmação do Curso que diz que "tudo está sempre absolutamente certo da forma como está", ou da forma como se apresenta a nós em todos os momentos. Uma afirmação difícil de engolir para o ego. Mas uma afirmação que pode nos auxiliar a nos livrarmos do julgamento que é condição "sine qua non" para a existência do ego e para sua continuidade.

    É claro que em nenhum momento o Curso nos diz que não devemos prestar nossa solidariedade a qualquer ser humano ou grupo de seres humanos que vivam uma crise. O equívoco está em nos identificarmos com a crise. A compaixão nos ergue na defesa de um estado de coisas mais amoroso. A identificação nos põe para baixo, nos leva à ilusão de que "precisamos" sofrer junto com o(s) outro(s). E reforça o auto-engano de onipotência do ego, que acha que tem de fazer alguma coisa para resolver o problema.

    Aquilo que disse o tal político a respeito das crenças dos haitianos, por mais incrível que pareça, está correto de certa forma. Pois são as nossas crenças que criam toda nossa experiência. E nossa identificação com os equívocos de outros reforçam o equívoco. Ou como a Anna dizia, de acordo com o Curso, "medo é desejo". E aquilo de que mais temos medo, aquilo em que focalizamos nossa atenção e energia transmuta a energia e a materializa na experiência que vai se apresentar a nós.

    É claro que rezar demais (risos) pode ser um problema [julgamento do ego]. Pois normalmente nossa forma de rezar é uma forma que envolve o pedido de que tais e tais coisas "não" nos aconteçam [medo]. Que Deus nos livre de uma tal experiência [medo] e nos conceda a graça de ganharmos na loteria [pedido, crença na escassez e na carência]. Como se precisássemos pedir alguma coisa que Ele já não nos tenha dado. Se buscarmos lembrar bem, a única oração que funciona, de acordo com o Curso, é a de agradecimento e de entrega. E tudo o que podemos pedir em oração é que sejamos capazes de perdoar cada vez mais. Não o mundo, ou as coisas e pessoas do mundo, mas de perdoar a nós mesmos, por tudo o que não sabemos de nós, por tudo o que equivocadamente pensamos saber de nós mesmos, por tudo o que pensamos de nós mesmos e que não significa nada.

    Não é à toa que o foco central do ho'oponopono está na busca da cura para a pessoa que percebe o problema [e se sente 100% responsável por tudo o que cria] e não em um pedido para que o problema seja solucionado por um Divino separado de si. O poder para curar está em nós, em cada um de nós. Se abrimos mão dele, por falta de fé, ou por acreditar no que o ego diz e por colocar a fé na ilusão do mundo, é bem provável que continuemos a ver o mundo apenas como ele nos parece na ilusão. Um lugar ao qual o filho de Deus vem para lutar, sofrer e morrer, parafraseando um dos ensinamentos do livro.

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  4. Continuação....

    Não é à toa que o foco central do ho'oponopono está na busca da cura para a pessoa que percebe o problema [e se sente 100% responsável por tudo o que cria] e não em um pedido para que o problema seja solucionado por um Divino separado de si. O poder para curar está em nós, em cada um de nós. Se abrimos mão dele, por falta de fé, ou por acreditar no que o ego diz e por colocar a fé na ilusão do mundo, é bem provável que continuemos a ver o mundo apenas como ele nos parece na ilusão. Um lugar ao qual o filho de Deus vem para lutar, sofrer e morrer, parafraseando um dos ensinamentos do livro.

    Tudo, tudo, tudo, tudo, absolutamente tudo o que vemos é apenas responsabilidade nossa, individual ou coletiva, uma vez que como disse uma das lições anteriores existem horrores pessoais e horrores compartilhados. Tudo o que queremos curar precisamos primeiro curar dentro de nós mesmos. Porque é só lá que a cura pode acontecer.

    Sem querer me estender muito, e já me estendendo (risos), gostaria de aproveitar para lhes dizer que fiquei muito feliz em saber que o grupo de estudos das terças recomeçou as leituras neste dia 19, com a presença de várias pessoas já familirizadas ao grupo, além de outras que compareceram pela primeira vez. Esperemos que voltem.

    Aproveito também para manifestar meu agradecimento pessoal a nossa queridíssima Carmen pela disposição em fazer a leitura, em contribuir com seu entendimento e em dividir com todos a riqueza do texto lido [o subcapítulo VIII, A justiça devolvida ao amor, do capítulo 25, A JUSTIÇA DE DEUS, na p.572 do Livro Texto]. Um texto que diz, entre outras coisas, para finalizar: "Tu tens o direito a todo o universo, à paz perfeita, à libertação total de todos os efeitos do pecado, e à vida eterna, alegre e perfeita em todos os sentidos, da forma que Deus estabeleceu para Seu Filho santo".

    Assim, a pergunta é, como me parece vi alguém fazer outro dia: quanto de alegria e paz perfeitas estamos dispostos a aceitar para nossas vidas em nossa experiência neste mundo?

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  5. Queridos,

    Em primeiro lugar queria agradecer ao Moises este espaço maravilhoso e dar meus parabéns pela dedicação de um ano neste trabalho tão enriquecedor para nós. Depois de ler as perguntas da Gris voltei aos meus questionamentos durante a reunião e adorei agora a tarde ter lido sua resposta Moisés. Todos estes acontecimentos atuais me fazem (como “iniciante” nos milagres) fazer vários questionamento e talvez ainda venham outros na próxima reunião.
    Quanto ao exercício de hoje, não faltaram oportunidades para a pratica, mas estou com duvida se é correto dar uma explicação mais “amena” para os acontecimentos ou se o correto é simplesmente dizer que quero ver de modo diferente. Hoje por exemplo vivi uma situação que me aborreceu: encontrei uma pessoa que costuma ser arrogante e agressiva (mas acho até que ela não se dá conta disso). O que fiz foi tentar entender e dar uma explicação para sua carência, relacionamentos etc. Devo fazer isso? Devo procurar explicações para a agressividade das pessoas ou qualquer outra coisa que me aborrece. Devo fazer o “jogo do contente” como a Polyana ou o certo seria unicamente treinar que decido ver diferente sem tentar ver o outro lado (lembrando que as vezes é difícil entender o outro lado, rs)?

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  6. Obrigada Moises pelas palavras abençoadas.

    É lindo, e fundamental, o que você diz sobre focar as orações e pedidos apenas em aprender a perdoar mais e entregar mais.

    É preciso ser vigilante para se conseguir frear a maquininha do ego de pensar/explicar/julgar/controlar.

    Obrigada pelo alimento constante que suas palavras nos trazem.

    Beijos a todos,
    Cristina.

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  7. .
    Olá meus queridos...

    Passei hoje, para dar um Mega Parabéns a você,
    nosso querido Moisés, por este Primeiro Aniversário do seu trabalho incansável através desse Blog, trazendo as lições do Curso diariamente como um facilitador para todos nós, numa demonstração constante de amor e dedicação impagáveis, e ao qual sou-lhe e creio que todos somos extremamente gratos.

    Querida Ana, como o Moisés precisamente já citou, tudo está certo exatamente como está, se ainda não vemos assim, é apenas porque ainda não aprendemos a "interpretar" a visão que temos, ou da pessoa ou da situação que experimentamos no amor.
    E uma outra coisa que o Curso enfatiza e que creio, acrescenta bem a essa explicação, é que um dia nós entenderemos que " não existe nada fora "... que tudo o que experienciamos não passam do exato "desejo" de exatamente experimentarmos o que "escolhemos" crêr/pensar

    Lembra-se da frase, crêr é criar ?

    E o porque do ladrão aparecer para nos roubar? Que é para "atender" a nossa necessidade (desejo) de "provar" a nós mesmo, que a minha escolha de crêr que existem pessoas que roubam está certa, o que nada mais é que a auto-
    afirmação do ego, que sempre precisa...
    "ter razão "... e apenas ter razão.

    No ato de "aceitar" que tudo está certo exatamente como está, ou seja, assumindo a responsabilidade de que nós mesmos é quem criamos as experiências, e que só aconteceu pq em algum momento nós demos fé ( poder do desejo )a tal possibilidade, já que não existe "nada fora" de nós, nós tiramos a " resitência"
    e feito isso, ou seja, não lutando contra para nos "livrarmos" do ocorrido, mas em vez disso apenas escolhermos "olhar de outra forma " para o evento, anulamos a origem desse evento
    que é nosso crêr/temer ou desejo, apenas escolhendo "de novo ". Que é um poder maravilhoso que temos em mãos.
    Que é o poder de escolhermos de novo, e desta vez, mais "desperto" escolhendo não mais ver sob os olhos que só vêem a separação, mas ao invés disso, ver a "ligação" que existe em tudo, e em todos, e de como, tudo e todos estão "atendendo" ineterruptamente todos os nossas crenças/desejos, mesmo não estando consciêntes no ato dessa escolha.

    Por isso esses exercícios são tão fabulosos, pois nos fazem "colocar atenção" no que escolhemos ver/pensar/sentir o tempo todo.
    E mais vigilantes" do que escolhemos, com certeza, aprenderemos as escolhas mais "acertada", ou dentro da visão mais santa, de que tudo e todos, são um só.
    Pois se algo ou alguém nos causou qualquer tipo de incômodo, é porque ainda estamos vendo "tudo separado", no medo, na culpa, o que não nos permite ver no amor/uno... em paz.

    O que temos que fazer diante disso ?
    Nos perdoar, perdoar, perdoar... para encontrar nesse perdão o amor, e no amor a paz.
    Pois se estamos nessa paz, nada mais nos
    "incomodará", e nem teremos mais necessidade de julgar, lutar, justificar ou tentar entender nada, pois na paz, não temos necessidade alguma de "ter razão",
    mas apenas de sermos felizes.

    Milagres a todos...

    Carmen.

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  8. UAU !!! Que seres lindos são vocês todos !!! Para não me estender já que falaram TUDO de forma brilhante, recomentdo que assistam ao AVATAR. Acho que é bem válido e claro sobre tudo de que temos conversado e temos tentado aprender com a prática do UCEM.
    Zilhões de bjs.

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