quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Aprendendo a tomar a decisão em favor do Céu

LIÇÃO 335

Escolho ver a inocência de meu irmão.

1. O perdão é uma escolha. Nunca vejo meu irmão tal qual ele é, pois isso está muito além da percepção. O que vejo nele é apenas o que quero ver, porque isso representa o que quero que seja a verdade. É só a isso que reajo, não imorta o quanto eu pareça ser impelido por acontecimentos externos. Escolho ver aquilo que quero ver e é isso, e apenas isso, que vejo. A inocência de meu irmão me mostra que quero ver minha própria inocência. E eu a verei, se escolher ver meu irmão em sua luz santa.

2. O que poderia devolver a memória de Ti para mim, exceto ver a inocência de meu irmão? A santidade dele me lembra de que ele foi criado um comigo e igual a mim mesmo. Nele encontro meu Ser e em Teu Filho encontro também a memória de Ti.

*

COMENTÁRIO:

Talvez seja conveniente, e sirva de alguma ajuda, recapitular algumas ideias de lições que, a meu ver, têm algo a acrescentar a nossa reflexão desta quarta-feira, dia 1º de dezembro. Ideias que, ao mesmo tempo, podem oferecer exemplos bem claros da coerência do ensinamento, além de também se prestarem para aprofundar nossas práticas. E desde já lhes peço que me perdoem se o comentário lhes parecer demasiado longo. Podem ficar só com a lição, se lhes parecer melhor, por favor.

A primeira delas é a ideia da lição 22, lembram? O que eu vejo é uma forma de vingança. De acordo com o que aprendemos na lição 312, "a percepção vem depois do julgamento". Isto é, só depois que damos um nome à coisa, ou atribuímos um valor ou uma qualidade à pessoa, para que olhamos é que a vemos. E as vemos de um modo que representa aquilo que queremos que seja a verdade a respeito delas.

A segunda é a da lição 34: Eu poderia vez paz em vez disso. A prática desta ideia juntamente com a da ideia de hoje serve para reforçar em nossa consciência a ideia de que, conforme o Curso afirma: Existe outro modo de olhar para o mundo. E para todas as coisas e pessoas que existem no mundo. Um modo que pode nos devolver a segurança, a serenidade, a paz e a alegria, que são nossa herança natural.

A terceira das ideias que me ocorre como forma de aprofundar e estender as práticas da ideia da lição de hoje é a da lição 138: O Céu é a decisão que tenho de tomar. Cabe aqui que nos perguntemos - cada um de nós para si mesmo - "o que é o Céu para mim"?

Não seria viver o Céu, olhar para meu irmão, seja qual for a forma com que ele se apresente, e ver apenas sua inocência? Há como se experimentar isso? Há! - diz o Curso. Mas temos de tomar a decisão e mantê-la, não importa o que aconteça. Não importa que obstáculos se interponham entre nossa decisão e o necessário para cumprir o compromisso que assumimos ao tomá-la.

E aqui entra a quarta das ideias relacionadas à de hoje para recapitulação. É a da lição 152: O poder de decisão é meu. Aí já não há mais como fugir. É preciso que reconheçamos que não vivemos o Céu apenas porque ainda não nos decidimos por isso. Todavia, esta ideia nos ensina que não há ninguém a quem responsabilizar, a não ser a nós mesmos. Ninguém é culpado de nada. O que acontece é apenas que ainda não tomamos a decisão. Devemos nos culpar por isso? Não! Muitas vezes não sabemos como fazê-lo. Muitas vezes pensamos que já a tomamos, mas as experiências se apressam a nos mostrar coisas diferentes do Céu. São as práticas diárias que podem nos ajudar, sem dúvida -, e muito.

A última das ideias, para este comentário, que gostaria que recapitulássemos é a da lição 253: Meu Ser é o soberano do universo. E aqui cabe até voltar às primeiras frases da lição. Que são as seguintes:

"É impossível que qualquer coisa não solicitada por mim mesmo venha a mim. Mesmo neste mundo, sou eu que governo meu destino. Aquilo que eu desejo é o que acontece. O que não acontece é aquilo que não quero que aconteça."

Dito isto, resta nos voltamos para as práticas com a ideia de hoje: Escolho ver a inocência de meu irmão. E a lição começa dizendo, ainda que de modo diferente, a mesma coisa que nos dizem as lições que trouxemos de volta à lembrança: "O perdão é uma escolha". Isto é, somos nós - cada um de nós -, e apenas nós, que decidimos aquilo que queremos viver.

Ninguém, por mais que queiramos, em determinadas ocasiões, abrir mão de nossa responsabilidade por qualquer coisa que se apresente a nossa consciência, pode escolher ou decidir por nós, a não ser quando, equivocados, entregamos a outro o poder que nos pertence por direito.

Vamos, então, aprofundar a reflexão acerca do que queremos? Acerca do que estamos fazendo para chegar lá?

4 comentários:

  1. Oi Moisa,

    muito profundo seu comentario, me faz lembrar a tal, responsabilidade e compromisso pra continuar nesta caminhada.

    Beijo
    Dani

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  2. Moisa, muito legal recaptular as licoes! Isso so serve para demonstrar que a mensagem do livro e uma so: AMOR!!
    Quando escolhemos ver a inocencia no nosso irmao, voltamos ao estado de inocencia, onde nao ha julgamentos e onde tb somos inocentes, assim nao tendo magoas!
    A praticar!!
    obs: gostei muito da sua resposta de ontem ao comentario!!

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  3. Pois não é, Dani?

    Quando estamos comprometidos com nós mesmos, tudo o que se apresenta revela uma oportunidade de nos aprofundarmos mais e mais. E os passos que demos ao longo da caminhada só fazem reforçar nossa decisão de seguir em frente.

    Obrigado por compartilhar.

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  4. Exatamente, Cristiane.

    À medida que nos familiarizamos com as ideias que o Curso nos oferece para as práticas, mais e mais percebemos a coerência e a unidade do sistema de pensamento que ele nos apresenta.

    Um sistema de pensamento baseado exclusivamente no amor incondicional, que vai nos pôr em contato permanente com a alegria e a paz de espírito, que nos pertencem desde sempre.

    Reconhecer a inocência de nosso irmão é apenas reconhecer nossa própria inocência, comprendê-la e aceitá-la, pois é a única forma de trazermos de volta à consciência o conhecimento de que ainda somos como Deus nos criou.

    A resposta de que você fala é que dei às perguntas da Duda, não?

    Obrigado por comentar, por estar conosco, permanecer conosco e dividir conosco sua compreensão.

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