LIÇÃO 342
Deixo o perdão se estender sobre todas as coisas,
Pois deste modo o perdão me será dado.
1. Eu Te agradeço, Pai, por Teu plano para me salvar do inferno que fiz. Ele não é real. E Tu me dás o meio de provar a irrealidade dele. A chave está em minha mão, e eu alcanço a porta além da qual está o fim dos sonhos. Estou diante do portão do Céu e me pergunto se devo entrar e ficar à vontade. Não me deixes esperar novamente hoje. Permite que eu perdoe todas as coisas e deixe a criação ser tal qual Tu queres que ela seja e tal como ela é. Permite que eu me lembre de que sou Teu Filho e, abrindo a porta, esqueça as ilusões na luz replandecente da verdade, enquanto a memória de Ti volta a mim.
2. Irmão, perdoa-me agora. Venho a ti para te levar para casa comigo. E, do mesmo modo que vamos, o mundo vai conosco em nosso caminho para Deus.
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COMENTÁRIO:
Li, certa vez, se não estou enganado, em um dos livros de Stanislav Grof, uma observação a respeito da linguagem de que nos valemos para descrever os fatos de nossas vidas. Ele dizia ser interessante notar o quanto as palavras que utilizamos para nos referir às atividades que exercemos no mundo estão ligadas a descrições relacionadas a luta, a guerra, a desfesas e ataques.
Mesmo quando nos voltamos para o interior de nós mesmos, pensamos que existe uma guerra interna entre aquilo que queremos e aquilo que mundo - da luta, das atribulações, das atividades profissionais remuneradas, da aparente separação - nos convida a permite fazer.
Como mudar isso?
Abandonando simplesmente as crenças que nos levam a pensar na vida como uma batalha interminável, uma luta cujo fim inevitável é a morte. É preciso que voltemos toda a nossa atenção para a alegria e para a sensação de plenitude que experimentamos quando nos descobrimos em paz, mesmo que apenas por um instante.
Jill Bolte Taylor diz a certa altura de seu livro que seu "bom amigo" Jerry Jesseph vive de acordo com a filosofia expressa da seguinte forma: "Paz deve ser o lugar de onde partimos, não o lugar que tentamos conquistar".
Isto é a mesma coisa que nos diz, com outras palavras, D. Patrick Miller ao afirmar que "é só uma rendição interior que causa a mudança". Uma rendição a que o Curso se refere como entrega.
E vejam que ambas as expressões se valem de palavras que, de algum modo, estão relacionadas a luta, a guerra: conquistar, rendição.
Na verdade, como já salientei aqui, o Curso nos garante que já somos aquilo que buscamos; não é preciso fazer nada. Lutar por nada ou pensar que há alguma coisa a ser conquistada, algo a ser combatido.
No entanto, lembro-me aqui de uma amiga, uma de nossas colegas do grupo de estudos das terças-feiras, [Ana Cláudia, espero que você veja isto antes de sua viagem.], que apontava a aparente "incoerência" em uma das lições que, como a desta quarta, 8 de dezembro, se refere à necessidade de perdoarmos todas as coisas, de deixarmos a criação ser como é. Dizia ela: "se a criação é a verdade e é de Deus, por que razão temos de perdoá-la"?
Na verdade, se não a julgarmos e não nos julgarmos, não há necessidade de perdão. A questão é que nós a julgamos e nos julgamos. Como diz o texto que lemos em nosso último encontro de novembro [Da vigilância à paz]: "Embora só possas amar a Filiação como uma unidade, podes percebê-la fragmentada. É impossível, porém, ver alguma coisa em uma parte dela que não atribuas ao todo. É por esta razão que o ataque nunca é restrito e é por isso que se tem de abandoná-lo inteiramente. Se ele não for abandonado por completo, ele não é abandonado de forma alguma".
Daí a necessidade da vigilância e do abandono de qualquer forma de ataque a qualquer parte da criação. Daí a necessidade do perdão, que podemos, na verdade, dar a nós mesmos. Daí a razão pela qual não há nenhuma incoerência no que o Curso ensina. Se vemos alguma é porque ainda estamos pensando em termos de separação, de julgamento, de ataque, de luta e de guerra. Daí a necessidade de abrirmos os olhos, os ouvidos, a mente e o coração, de render-nos ao espírito, para ouvir, ver e perceber apenas a verdade que há por detrás das palavras, da imagens e dos pensamentos que podemos ter.
Oi Moisa,
ResponderExcluiras vezes penso que pelo fato de estar praticando ja esta praticado. Mas qdo li a licao de hj, particularmente essa pte q diz:
Eu Te agradeço, Pai, por Teu plano para me salvar do inferno que fiz. Ele não é real. E Tu me dás o meio de provar a irrealidade dele. A chave está em minha mão, e eu alcanço a porta além da qual está o fim dos sonhos. Estou diante do portão do Céu e me pergunto se devo entrar e ficar à vontade.
Se entendi aindo estou no meio, contudo a chave(o perdao a aceitacao), esta na minha mao
Os ensinamentos me serve para me trazer de volta para o Ceu.
Apenas usando a tal chave e tomando a decisao , entro e fico avontade no ceu.
Minhas compreenssoes, espero que me entenda.
paresse converssa de doido, mas eu gosto.
bjo grande.
Dani
É verdade, Dani...
ResponderExcluirNão é verdade, Dani... rsrsrsrs...
Na verdade, não existe o caminho, rsrsrsrs...
Tudo o que dizemos, e tudo o que o livro diz, é apenas uma tentativa de trazer de volta a consciência de que já somos aquilo que buscamos. É tudo metafórico, por assim dizer. Pois, na verdade, nunca houve a separação. Nem a necessidade da "jornada" ou da viagem que empreendemos. Não precisamos, como o Curso diz, de fato, fazer nada.
A jornada que nos dispomos a fazer é uma jornada sem distância. Basta nos voltarmos para dentro de nós mesmos e vamos achar tudo lá. A tal chave inclusive.
É claro que para o ego e para seu sistema de pensamento há um longo caminho a se percorrer. Mas isso só acontece enquanto não tomamos a decisão de lembrar, a decisão de nos conhecermos e de nos voltarmos para a experiência do divino em nós.
E, como você diz, sim, sim, isso parece conversa de doido mesmo, rsrsrsrsrs... Doidice não é nada mais do que se acreditar em uma separação que não existe, não é mesmo?
Obrigado por continuar conosco e compartilhar seu modo de ver, suas compreensões.
Obrigada Moisa,
ResponderExcluirentao esse caminho e uma fantasia pq nao existe.
O q existe ja existe, o ser em nos, basta tomarmos a decisao de olharmos pra dentro.
Qdo se olha e ve meio obscuro e pq esta precisando de uma limpezinha basica? Senao for assim para q serve as praticas?
E essa limpeza q o UCEM da as ferramentas para chegarmos a nos mesmos?
As praticas.
bjo