domingo, 16 de janeiro de 2011

Um teste prático para se ver de modo diferente

LIÇÃO 16

Eu não tenho nenhum pensamento neutro.

1. A ideia para hoje é um passo inicial para fazer desaparecer a crença de que teus pensamentos não têm nenhum efeito. Tudo o que vês é o resultado de teus pensamentos. Não há nenhuma exceção para este fato. Os pensamentos não são grandes ou pequenos, poderosos ou fracos. Eles simplesmente são verdadeiros ou falsos. Os verdadeiros criam a sua própria semelhança. Os falsos o fazem à deles.

2. Não existe nenhuma noção mais contraditória do que a de "pensamentos vãos". Aquilo que dá origem à percepção de um mundo inteiro dificilmente pode ser chamado de vão. Todo pensamento que tens colabora com a verdade ou com a ilusão; ou ele estende a verdade ou multiplica ilusões. Tu, de fato, podes multiplicar o nada, mas não o estenderás ao fazê-lo.

3. Além do teu reconhecimento de que teus pensamentos nunca são vãos, a salvação pede que reconheças também que todo pensamento que tens ou traz paz ou guerra, ou amor ou medo. Um resultado neutro é impossível porque é impossível um pensamento neutro. Há uma tentação tão grande de rejeitar os pensamentos de medo como sem importância, triviais e como não merecedores de que te incomodes com eles, que é essencial que os reconheças a todos como igualmente destrutivos, mas igualmente irreais. Praticaremos esta ideia de muitas formas antes que verdadeiramente a compreendas.

4. Ao aplicares a ideia para hoje, examina tua mente por cerca de um minuto de olhos fechados e busca efetivamente não deixar passar nenhum pensamento "minúsculo" que possa ser capaz de frustrar o exame. Isto é bastante difícil até te acostumares. Descobrirás que ainda é difícil para ti não fazer distinções irreais. Todo pensamento que te ocorrer, independentemente das qualidades que atribuas a ele, é um sujeito adequado para a aplicação da ideia de hoje.

5. Nos períodos de prática, repete primeiro a ideia para ti mesmo e, depois, à medida que cada um passar por tua mente, mantêm-no na consciência enquanto dizes a ti mesmo:

Este pensamento sobre _________ não é um pensamento neutro.
Aquele pensamento sobre _________ não é um pensamento neutro.

Como de costume, utiliza a ideia de hoje sempre que tomares consciência de um pensamento em particular que desperte inquietação. Para esta finalidade, sugere-se a seguinte forma:

Este pensamento sobre ________ não é um pensamento neutro,
porque eu não tenho nenhum pensamento neutro.

6. Recomenda-se quatro ou cinco períodos de prática, se os achares relativamente fáceis. Se experimentares alguma tensão, três serão suficientes. A duração do período dos exercícios também deve ser reduzida se houver desconforto.

*

COMENTÁRIO:

É bastante comum a experiência de que alguns pratos são melhores no dia seguinte. Há inclusive as receitas de pratos que devem ser preparados na véspera, para que no dia em que forem servidos todos os seus ingredientes tenham alcançado o sabor e o efeito que se pretende. Acho que isto também acontece com os exercícios. As lições, ano após ano, adquirem novos significados, principalmente se nos deixamos envolver pelas ideias e as pomos em prática.

Tenho encontrado alguma dificuldade para trabalhar com os comentários. Não no sentido de que não me pareça possível trazer algo para o que chamar a atenção a respeito da ideia que vamos praticar. Mas apenas no sentido de que me parece que o comentário feito anterioremente foi o comentário correto para aquela lição naquele dia. E é claro que sei que cada um dos que leem a lição leem uma nova lição a cada ano. A cada leitura ela revela aspectos de nós mesmos para os quais não tínhamos dado a devida atenção.

É só por isso que vou, mais uma vez, requentar o prato "comentário" que lhes ofereci para esta lição no ano passado. Espero que seu sabor se sobressaia revelando gostos que não se mostraram na primeira vez em que foi servido. Que lhes parece? Estão dispostos a experimentar? Vamos fazê-lo juntos? Aí vai:

Ao contrário do que podemos ter sido levados a acreditar, nada daquilo que pensamos deixa de exercer alguma influência no mundo tal como o percebemos. E isto, eu diria, é mais uma evidência da veracidade da ideia que o Curso nos oferece neste domingo, 16 de janeiro. E também daquela que praticamos ontem.

É bem fácil comprovar isto. Vou lhes pedir que tentem a título de brincadeira. Um teste. Ou porque, de fato, se decidiram a levar a sério os exercícios, para aprender a olhar o mundo de forma diferente. Tomem, por exemplo, alguém, ou alguma coisa, que os(as) incomode, prestando atenção ao pensamento que está relacionado à lembrança desse alguém ou dessa coisa. Experimentem mudar esse pensamento.

Tentem de verdade se referir a esse alguém, ou a essa coisa, com um pensamento agradável, um pensamento que os(as) remeta à alegria, ao prazer, a qualquer coisa que lhes lembre tranquilidade, paz, serenidade. Façam isto por algum tempo, repetindo várias vezes o novo pensamento sempre que a pessoa ou a coisa lhes vier à cabeça.

O que acontece? Isto muda sua forma de ver ou de pensar a respeito dessa pessoa, ou dessa coisa? Não? Podem ficar certos de que essa mudança, se a decisão de mudar for mantida, vai afetar também, de forma direta, a pessoa ou a coisa a respeito da qual vocês tentaram mudar o modo de pensar.

É por esta razão que somos capazes, conforme diz o Curso, de salvar o mundo. É simples. O que não significa que é fácil. Pois vai depender da tomada de decisão de abandonar as crenças a que nos apegamos. Ou não é verdade que gostamos de ter razão, sem pensar na infelicidade que ter razão traz muitas vezes? Porque reforça a decisão de dar ouvidos ao ego e continuar julgando ao mundo e a nós mesmos.

Gostaria de lhes pedir, a quem quiser e puder, se acharem possível e resolverem experimentar a mudança sugerida como exemplo, fazer o teste, que comentassem aqui no blogue as sensações que tiveram e os resultados e a que chegaram. Se lhes parecer, é claro, que isto pode contribuir para seu/nosso aprendizado.

2 comentários:

  1. *
    Queridíssimo ...

    Ainda não tenho mudanças a comentar. Mas creio que após exercitar bem, as terei... rsss

    Enquanto isso, deixo aqui um auxilio para a mudança de nosso olhar na vida, sugerido por nosso inspirado ...

    Carlos Drummond de Andrade

    *
    Quando me amei de verdade

    Quando me amei de verdade,
    compreendi que em qualquer
    circunstância, eu estava no lugar
    certo, na hora certa, no momento exato.
    E, então, pude relaxar.
    Hoje sei que isso tem nome...
    auto-estima.

    Quando me amei de verdade,
    pude perceber que a minha angústia,
    meu sofrimento emocional, não passa
    de um sinal de que estou indo contra
    as minhas verdades.
    Hoje sei que isso é... autenticidade.

    Quando me amei de verdade, parei
    de desejar que a minha vida fosse
    diferente e comecei a ver que tudo o
    que acontece contribui para o
    meu crescimento.
    Hoje chamo isso de... amadurecimento.

    Quando me amei de verdade, comecei
    a perceber como é ofensivo tentar
    forçar alguma situação ou alguém
    apenas para realizar aquilo que
    desejo, mesmo sabendo que não
    é o momento ou a pessoa não
    está preparada, inclusive eu mesmo.
    Hoje sei que o nome disso é... respeito.

    Quando me amei de verdade, comecei
    a me livrar de tudo que não fosse
    saudável... pessoas, tarefas, crenças,
    tudo e qualquer coisa que me deixasse
    para baixo.
    De início, minha razão chamou essa
    atitude de egoísmo.
    Hoje sei que se chama.... amor -próprio.

    Quando me amei de verdade, deixei
    de temer meu tempo livre e desisti de
    fazer grandes planos, abandonei os
    projetos megalômanos de futuro.
    Hoje faço o que acho certo, o que
    gosto, quando quero e no meu
    próprio ritmo.
    Hoje sei que isso é... simplicidade.

    Quando me amei de verdade, desisti
    de querer ter sempre razão e, com
    isso, errei muito menos vezes.
    Hoje descobri a... humildade..

    Quando me amei de verdade, desisti
    de ficar revivendo o passado e de
    me preocupar muito com o futuro.
    Agora, me mantenho no presente,
    que é onde a vida acontece.
    Hoje vivo um dia de cada vez. Isso
    é... plenitude.

    Quando me amei de verdade, percebi
    que a minha mente pode me atormentar
    e me decepcionar. Mas quando eu a coloco
    a serviço do meu coração, ela se torna
    uma grande e valiosa aliada.
    Tudo isso é.... saber viver!

    A cada dia que vivo, mais me convenço
    de que o desperdício da vida está no
    amor que não damos, nas forças que
    não usamos, na prudência egoísta que
    nada arrisca, e que, esquivando-se
    do sofrimento, perdemos também
    a felicidade.


    Amem ... Amem muito !!!!

    Carmen.

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  2. Oi Moisa,

    vou deixar meu testemunho atendendo a pedidos, inspirada pela minha licao e aproveito para agradecer a Carmem pela sua postagem realmente muito inspirador.

    O ponto e, responsabilidade. E se dedicar, para as praticas. Percebi o quanto deixei de assumir minha propria vida,qdo me identificava alguem que fazia a mesma coisa, comecava aquela ladainha dos julgamentos, projecao e etc...

    Recentemente,com o auxilio das praticas, e meu comprometimento e tudo mais que mostra que posso mudar, assim como mudo de shampoo.

    comecei a me questionar, Ate quando, irei continuar, vendo a irresponsabilidade no outro, pra nao assumir a sua?
    Ate que ponto eu lev este curso a serio? Para que voce estuda um curso em milagres, ho'oponopono, professional organizer.

    E conforme fui respondendo com sinceridade, fui percebendo o quanto me enganei, me decpcionei a principio, mas depois e agora me deu uma sensacao de liberdade, de ver um caminho livre para decidir o novo segmento.

    E mudei, eu acho, Gracas a Deus, que fala comigo a atraves de tudo, e muitas coisas que via na minha familia, minhas amigas se trsnaformou.

    E isso estou aqui praticando e assumindo esse compromisso comigo mesma e com Deus para o bem maior do todo.

    "Não abandones agora o teu irmão. Pois vós que sois o mesmo, não ireis decidir sozinhos
    nem de maneira diferente. Vós dais um ao outro ou a vida ou a morte; cada um é para o outro
    salvador ou juiz, oferecendo-lhe um santuário ou a condenação. Acreditarás inteiramente nesse curso ou não acreditarás em absoluto. Pois ele é totalmente verdadeiro ou totalmente falso e não se pode acreditar apenas parcialmente. E escaparás inteiramente da miséria ou não escaparás em absoluto. A razão te dirá que não existe terreno intermediário onde possas parar incerto para uma pausa, esperando para escolher entre a alegria do Céu e a miséria do inferno. Enquanto não escolhes o Céu, estás no inferno e na miséria". UCEM cap. 22, II,7.

    Ciuman,
    Dani jkt

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