segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Para reconhecermos que não sabemos nada

LIÇÃO 24

Eu não percebo meus maiores interesses.

1. Não percebes claramente que resultado te faria feliz em nenhuma situação que surja. Por isto, tu não tens nenhum guia para a ação apropriada e nenhum modo de julgar o resultado. O que fazes é determinado por tua percepção da situação e essa percepção está errada. É inevitável, então, que não vás atender a teus maiores interesses. No entanto, eles são tua única meta em qualquer situação percebida de modo correto. De outra forma, não reconhecerás quais são eles.

2. Se te desses conta de que não percebes teus maiores interesses, poder-se-ia ensinar-te quais são eles. Mas, diante de tua convicção de que sabes quais são eles, não podes aprender. A ideia para hoje é um passo na direção da abertura de tua mente a fim de que o aprendizado possa começar.

3. Os exercícios para hoje pedem muito mais honestidade do que estás acostumado a usar. Alguns poucos sujeitos, considerados honesta e cuidadosamente em cada um dos cinco períodos de prática que devem ser empreendidos hoje, serão mais úteis do que um exame mais superficial de um número grande deles. Sugere-se dois minutos para cada um dos períodos de exame mental que os exercícios envolvem.

4. Os períodos de prática devem começar com a repetição da ideia de hoje, de olhos fechados, seguida pelo exame mental em busca de situações não resolvidas acerca das quais estejas preocupado atualmente. A ênfase deve estar em descobrir o resultado que queres. Rápido perceberás com clareza que tens em mente várias metas como parte do resultado desejado e também que essas metas estão em níveis diferentes e que, muitas vezes, são antagônicas.

5. Ao aplicares a ideia para hoje, cita cada situação que te ocorrer e depois lista cuidadosamente o maior número possível de metas que gostarias que fossem alcançadas na sua resolução. A forma de cada aplicação deve ser mais ou menos a seguinte:

Na situação que envolve _________, eu gostaria que ________
acontecesse, e que __________ acontecesse,

e assim por diante. Tenta incluir tantos tipos diferentes de resultado quantos realmente possam te ocorrer, mesmo que alguns deles não pareçam estar diretamente relacionados à situação ou que nem mesmo pertençam a ela de forma alguma.

6. Se estes exercícios forem feitos de modo correto, reconhecerás rapidamente que fazes um grande número de exigências da situação, que não têm nada a ver com ela. Também reconhecerás que muitas de tuas metas são contraditórias, que não tens nenhum resultado harmonioso em mente, e que terás de te frustrar em relação a algumas de tuas metas independentemente de como a situação se resolva.

7. Depois de examinares a lista do maior número possível de metas almejadas para cada situação não resolvida que passar por tua mente, dize a ti mesmo:

Eu não percebo meus maiores interesses.

e passa para a seguinte.

*

COMENTÁRIO:

Já ouvimos vezes sem conta dizer que não há como acrescentar mais líquido em um copo que já esteja cheio. É disso que trata a ideia para as práticas desta segunda, 24 de janeiro. Pensamos saber o que queremos, quando, na verdade, não temos a menor ideia do que seria melhor que acontecesse para nós em praticamente nenhuma das situações que se apresentam, como afirma a lição de hoje.

Não sabemos - no sentido de que não temos consciência -, nem ao menos que as situações que se nos apresentam são sempre manifestações de escolhas que fizemos, muitas vezes de modo inconsciente. E na grande maioria das vezes elas não são nem de longe aquilo que esperávamos. Como, então lidar com esta questão?

As práticas que o Curso nos oferece são a melhor maneira de reconhecermos que não sabemos nada e de nos ajudar a abrirmos nossa mente para a mudança. Uma mudança que vai nos ensinar de que modo abrir mão da necessidade de ter razão e de "bater o pé", acreditando que sabemos o que é melhor para nós.

Assim como nos ensina a reconhecer que não sabemos, de fato, como escolher o melhor para nós em quase nenhuma ocasião, as práticas nos ensinam também a aceitar o resultado que vai se mostrar a nós a partir de nossa decisão de deixar a cargo do Espírito Santo a escolha do que vai nos fazer felizes e nos devolver à alegria, que é a Vontade de Deus para nós.

Reconhecer que não sabemos é o primeiro passo para começar a esvaziar o copo, antes de permitir que ele volte a ficar cheio. Na verdade, quanto mais o esvaziarmos de nossa pretensão de sabedoria, tanto mais seremos capazes de enchê-lo com o novo.

3 comentários:

  1. Oi Moisa,

    e bom revisar estes exercicios, e reabrir a mente. Com a pratica de hoje, noto que continuo com meu copo cheio, me dei conta que julquei muitas vezes saber o que e melhor para mim e para os outros.

    Ai vem essa licao e diz que nao sabemos de nada :-)) Otimo estou livre novamente.

    Ser honesto consigo mesmo, envolve muita coisa, que e a mesma coisa hehe...

    Eh nao sei nada mesmo, mas sigo praticando.

    Obrigada.
    Beijo Dani de Jaca City

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  2. Ola, Moises,
    Continuo aqui, um pouco "calada'' mas estou firme nesta "nova" caminhada.
    Concordo com a Dani plenamente, essa lisao nos oferece bastante confianca, saber que nao sabemos nada, fica assim quase que um alivio, nao? E por cima me pergunto, alivio do que?
    eh nao sei nada, sigo praticando...
    olhando tudo com amor.
    Bjs. Luz

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  3. as amigas de fe por aqui!
    Moisa, eu e minha recente experiencia somente me leva a crer que estou no inicio dessa caminhada, que nao sei nada! Sou testemunha que o que vemos, acreditamos, nada mais e que produto do nosso ego. Vejo que em meus acessos de infelicidade momentanea, e provocada porque eu tenho ainda "receio" de entregar o problema nas maos do Divino! E quando passa a tempestade sinto um alivio, que como Sania comentou, nao deveria ser alivio se confiassemos em Deus, e deixassemos em suas maos o que e melhor para nos!
    Muito amor e paz a todos!

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