LIÇÃO 2
Eu dou a tudo o que vejo neste quarto [nesta rua, desta janela, neste lugar]
todo o significado que tem para mim.
1. As práticas com esta ideia são as mesmas que aquelas com a primeira. Começa com as coisas que estão perto de ti e aplica a ideia a qualquer coisa sobre a qual teu olhar pouse. Depois, amplia o alcance para fora. Vira a cabeça para incluir o que quer que esteja em qualquer um dos lados. Se possível, vira-te e aplica a ideia àquilo que estava atrás de ti. Continua, tanto quanto possível, a não fazer distinção quando escolheres os sujeitos para a aplicação da ideia; não te concentres em nenhuma coisa em particular e não tentes incluir tudo o que vês em uma área determinada, ou introduzirás tensão.
2. Olha simplesmente com naturalidade e com razoável rapidez ao teu redor, tentando evitar a escolha por tamanho, brilho, cor, material ou pela importância relativa para ti. Escolhe os objetos simplesmente quando os vires. Tenta aplicar o exercício com igual facilidade a um corpo ou a um botão, uma mosca ou um piso, um braço ou uma maçã. O único critério para a aplicação da ideia a qualquer coisa é simplesmente que teus olhos a tenham encontrado. Não faças nenhuma tentativa de incluir qualquer coisa em particular, mas certifica-te de que nada seja excluído de forma específica.
*
COMENTÁRIO:
Continuemos, neste dia 2 de janeiro, com as práticas da segunda ideia que o Curso oferece como forma de desfazer nosso modo habitual e costumeiro de olhar para o mundo. O segundo passo natural, que decorre do primeiro. Ambos resultados da decisão de aprender a mudar, para ver as coisas do mundo de modo diferente. Como vimos na introdução ao livro de exercícios, não precisamos fazer nenhum esforço para praticar as ideias. Basta que nos disponhamos à prática. Basta deixar acontecer. Os resultados virão naturalmente.
E o que nos diz Tara Singh* a respeito da segunda lição? Vejamos:
"Teus olhos veem uma árvore - mas a árvore é apenas teu conceito de alguma coisa que cresce e abriga vida. Tu lhe dás o nome de 'árvore'. Vês que é uma bela árvore, ou que tem frutos e aprendes tudo a respeito dela. Isto é parte da função de teu cérebro.
"A visão, porém, não vê a árvore. A visão vê somente completude. Ela não pode separar a árvore de qualquer outra coisa. Só o cérebro dá nomes a coisas diferentes.
"Nós percebemos pelo pensamento. O pensamento tem desejos e problemas. A visão não. A questão, então, é liberar-se do pensamento que projetamos. Ele não é parte da criação. Deus não criou o pensamento; Deus criou a visão.
"... Quando estás disposto a conhecer a ti mesmo - e conhecer a ti mesmo é conhecer Deus -, precisas desfazer e eliminar todas tuas pressuposições, todas as tuas opiniões, todos os teus saberes, todas as coisas de que não gostas e todas as coisas que fazes. Todas.
"A visão é aprte da realidade. Sua luz já está dentro de ti. Uma vez que estejas liberado do pensamento, tua realidade é a luz. Na visão tu te tornas parte do todo - de todo o universo. Conflito, contradição e dualidade terminam. Existe apenas 'o que é'.
"Tu tens muito para desfazer antes de terminares a leitura desta segunda lição. Ela pode te levar à visão, aqui, agora."
Vamos?
*NOTA: Vide nota na postagem anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário