sábado, 15 de janeiro de 2011

As práticas nos permitem chegar ao silêncio

LIÇÃO 15

Meus pensamentos são imagens que faço.

1. É em razão de os pensamentos que pensas que pensas aparecerem como imagens que não os reconheces como nada. Tu pensas que os pensas e, por isto, pensas que os vês. É deste modo que teu "ver" foi feito. Esta é a função que dás aos olhos de teu corpo. Não é ver. É construir imagens. Toma o lugar de ver, substituindo a visão por ilusões.

2. Esta ideia introdutória ao processo de construção de imagens que chamas de ver não fará muito sentido para ti. Tu começarás a compreendê-la quanto vires pequenas bordas de luz em torno dos mesmos objetos familiares que vês agora. Isto é o começo da visão verdadeira. Podes ter certeza de que a visão verdadeira virá rapidamente quando isso acontecer.

3. Conforme prosseguirmos, poderás ter muitos "episódidos de luz". Eles poderão assumir muitas formas diferentes, algumas das quais bastante inesperadas. Não tenhas medo deles. Eles são sinais de que estás abrindo os olhos finalmente. Eles não perdurarão, porque simplesmente simbolizam a percepção verdadeira e não estão relacionados ao conhecimento. Estes exercícios não vão te revelar o conhecimento. Mas prepararão o caminho para ele.

4. Ao praticares a ideia para hoje, primeiro repete-a para ti mesmo e, depois, aplica-a a qualquer coisas que vires à volta de ti, utilizando o nome dela e deixando que teus olhos descansem sobre ela enquanto dizes:

Este(a) _______ é uma imagem que faço.
Aquele(a) ________ é uma imagem qu faço.

Não é necessário incluir um número grande de sujeitos específicos para a aplicação da ideia de hoje. É necessário, porém, continuar a olhar para cada sujeito enquanto repetes a ideia para ti mesmo. A ideia deve ser repetida bem lentamente a cada vez.

5. Embora obviamente não sejas capaz de aplicar a ideia a um número muito grande de coisas durante o minuto aproximado de prática que se recomenda, tenta tornar a seleção o mais aleatória possível. Se começares a te sentir inquieto, menos do que um minuto será suficiente para os períodos de prática. Não faças mais do que três períodos de aplicação da ideia para hoje, a menos que te sintas inteiramente à vontade com ela, e não ultrapasses quatro. Todavia, a ideia pode ser aplicada conforme a necessidade ao longo do dia.

*

COMENTÁRIO:

Acho que vale manter aqui, para a ideia que praticamos neste sábado, dia 15 de janeiro, o comentário feito no ano passado. Por isso o reproduzo ligeiramente modificado abaixo.

Com a ideia da lição de hoje começamos a tomar contato com o modo que nos foi ensinado a pensar da forma que pensamos pensar, de que modo construímos nossos pensamentos e nosso "ver". Se voltarmos à ideia da lição 7, por exemplo, será mais fácil entender o processo de que nos valemos para construir o mundo à volta de nós. Aprendemos a "ver" a partir das imagens que nos foram sendo apresentadas desde os primeiros momentos de nossas vidas. Assim, nosso "ver" se construiu, e constrói, com base nas imagens a que aprendemos a dar nomes. E é dessas imagens que se faz nosso pensamento.

Pode-se, verdadeiramente, dizer que pensamos, quando nos valemos apenas das imagens do passado, que não existe, para exprimir nossos pensamentos?

Eu diria mais uma vez que só as práticas diárias vão fornecer as bases verdadeiras para acharmos, no mais íntimo de nós mesmos, os pensamentos verdadeiros, aqueles que pensamos com Deus, n'Ele. Isto é, é preciso que tomemos a decisão de buscar a verdade a nosso próprio respeito na única Fonte que a pode dar. Em nós mesmos na Unidade com Deus.

É disto que fala Tara Singh ao dizer que não precisamos fazer nada acerca de nossos pensamentos verdadeiros. Eles já estão presentes. São os pensamentos do espírito. E as práticas, que nos permitem alcançar o silêncio, são a melhor maneira que temos para fazer desaparecerem os pensamentos que não significam nada.

É nesta direção que nossas práticas nos levam diariamente.

Um comentário:

  1. Moisa, essa semana passei por uma experiencia com meu marido. Contei com o apoio da Dani, minha irma nessa caminhada, que me ajuda a ver a verdade, pq as vezes estamos absortos nos nossos pensamentos, que nao passam de ilusao! No final, tudo se resolveu e a imagem que eu tinha feito do problema, na verdade nao era nada daquilo. Comentei com a Dani, que quando estamos "nas trevas" e depois vem a claridade (a resposta do Divino para nossos questionamentos) precisamos assumir o compromisso de nao se deixar repetir. As experiencias nos ensinam muito, mas temos que estar abertos e atentos para aprender e assumir com responsabilidade a mudanca!
    Meus pensamentos sao imagens que faco!
    Bjs e boa semana a todos!
    Cris

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