segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quem ainda quer se deixar enganar pelo ego?

LIÇÃO 31

Eu não sou vítima* do mundo que vejo.

1. A ideia de hoje é a introdução de tua declaração de liberdade. Mais uma vez, a ideia deve ser aplicada tanto ao mundo que vês fora quanto ao mundo que vês dentro. Na aplicação da ideia, usaremos uma forma de prática que será utilizada cada vez mais, com modificações conforme indicado. Em geral, a forma inclui dois aspectos, um no qual aplicas a ideia de modo mais contínuo e o outro que consiste em aplicações frequentes da ideia ao longo do dia.

2. São necessários dois períodos de prática mais longos com a ideia para hoje, um pela manhã e um à noite. Recomenda-se de três a cinco minutos para cada um destes períodos. Durante este tempo, olha a tua volta lentamente enquanto repetes a ideia duas ou três vezes. Em seguida, fecha os olhos e aplica a mesma ideia a teu mundo interior. Escaparás de ambos ao mesmo tempo, pois o interior é a causa do exterior.

3. Enquanto examinas teu mundo exterior deixa simplesmente que quaisquer pensamentos que passem por tua mente cheguem a tua consciência, para considerar cada um por um momento e, então, ser substituído pelo seguinte. Tenta não estabelecer qualquer tipo de hierarquia entre eles. Observa-os virem e irem com a maior imparcialidade possível. Não te demores em nenhum em particular, mas tenta deixar a corrente seguir adiante regular e tranquilamente, sem qualquer envolvimento especial de tua parte. Ao sentares calmamente para observar teus pensamentos, repete a ideia de hoje para ti mesmo quantas vezes quiseres, mas sem nenhuma sensação de pressa.

4. Além disso, repete, para ti mesmo, a ideia para hoje com a maior frequência possível durante o dia. Lembra-te de que estás fazendo uma declaração de independência em nome de tua própria liberdade. E em tua liberdade está a liberdade do mundo.

5. A ideia para hoje também é particularmente útil para ser usada como uma resposta a qualquer forma de tentação que possa surgir. Ela é uma declaração de que não cederás à tentação para te colocares em cativeiro.

*NOTA DE TRADUÇÃO: A palavra victim, do original, também tem a acepção que permitiria traduzí-la por escravo. A frase ficaria, então, "Eu não sou escravo do mundo que vejo". Em minha opinião, este significado talvez seja até mais adequado para traduzir a ideia da lição de hoje, a se considerar o que dizem as instruções para as práticas quanto à declaração de independência que fazemos ao usar a ideia. Optei por manter a versão dada por Lillian em função do fato de ser comum em nossa experiência neste mundo o contato com pessoas que se julgam vítimas das circunstâncias que as cercam, por não terem aprendido ainda a assumir a responsabilidade pelas situações que seus pensamentos criam para suas vidas.

*

COMENTÁRIO:

Todos nós gostamos de pensar que somos livres para escolher nosso destino, os rumos que queremos dar a nossas vidas. E mesmo aqueles que dizem acreditar em que não se pode mudar o destino, ou que creem em um destino pré-traçado para a vida de todos e de cada um, no fundo, no fundo, gostariam de acreditar que são senhores de seu próprio destino.

A ideia que vamos praticar nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro, trata exatamente de reforçar em nós a ideia da liberdade, a ideia do livre arbítrio que herdamos desde sempre por nossa condição de filhos de Deus.

É interessante notar, porém, que apesar de gostarmos da ideia de que somos livres, temos, em geral, muito medo de exercer esta liberdade. Ou algum de nós está em condições de dizer que sua vida segue na direção que sempre quis, sentindo-se inteiramente responsável por todas as escolhas e experiências que resultaram delas?

Quantos dentre nós ainda nos sentimos vítimas do mundo? Vítimas das circunstâncias de nossas vidas? Escravos de algumas das pessoas com quem convivemos? Dos patrões? Dos companheiros e companheiras? Dos colegas de escola, de universidade, de grupo, de religião? Dos pais e mães e irmãos? Da família? Das crenças a respeito do que herdamos geneticamente de nossos pais biológicos, e que acreditamos serem verdadeiras?

Como eu disse no comentário a esta lição no ano passado e acredito que vale a pena repetir, "utilizar a ideia ao longo do dia, com as práticas, de acordo com as orientações, vai nos permitir perceber o quanto estamos enganados. Ou o quanto nos deixamos enganar pelo "mundo", acreditando no ego que nos diz que não há como fugir do sofrimento neste mundo. Ou que não há como mudar o mundo. Ou que nós não somos capazes de mudar. Nem a nós mesmos, nem ao mundo".

Mudando apenas a pergunta: quantos de nós ainda querem se deixar enganar pelo ego?

7 comentários:

  1. Oi Mouss...
    Saudades.. eu mudei de casa e estou sem internet ha alguns dias e ainda nao sei quando vao instalar, anyway, isso eh so para dizer que nao tenho comentado por estar sem net.
    Mas estou acompanhado pelo livro e no comeco do ano eh facil saber o numero da licao.
    Desde que eu assumi o meu compromisso com o Ucem a primeira coisa que me lembro de ter aprendido eh que somos 100% responsaveis por tudo que acontece em nossa vida, porem sempre tenho dificuldade em oq fazer para melhores escolhas, mas tb ja lhe disse isso e voce me deu uma otima resposta, mas esses dias comecei a ler o livro da Louise Hay e comecei a entender melhor, "oq fazer?" Ela diz muito sobre o poder dos nossos pensamentos, das nossas crencas e que td aquilo que acreditamos (crencas)seja consciente ou inconsciente eh o que iremos atrair para nossa vida, engracado isso pq tb ja falamos sobre isso algumas vezes, mas nao sei, ao "entrar" no livro decidi assumir um compromisso de pelo menos nao ter pensamentos negativos ou quando comecar a ter dizer: Fora daqui!! Como existe as crencas que nao lembramos acredito eu que quando temos algum pensamento negativo essa crenca pode estar nele, entao acredito que banindo os pensamentos negativos podemos banir ate as nossas crencas mais escondidas, oq vc acha?
    Nossa outra coisa que eu percebi eh como a culpa nos faz mal, e muitas vezes nos sentimos mal e nem sabemos que esse mal estar vem de alguma culpa que estamos colocando sobre nos, li no livro dela muito sobre isso e o amor proprio e sempre nao se achar "bom o bastante", estou trabalhando isso, as vezes eu diria sempre eu me culpo por tudo, ate nas pequenas coisas do tipo "pq nao coloquei o lixo para fora se tinha que colocar ?". E as vezes tem pessoas que fazem com que essa culpa aumente mais ainda, mas ao mesmo tempo sei que nada nem ninguem pode nos atingir, mas porque as vezes algumas pessoas conseguem fazer com que a nossa culpa fique mais forte?
    Eu li hoje no UCEM sobre o relacionamento especial e a atracao pela culpa, e diz a respeito desses relacionamentos de culpa que temos com alguem, um relacionamento so de corpo, so de ego, sem amor,e nao estou falando de relacionamento romantico nao. Coisa estranha ne? Voce ja passou por isso com alguem? Bom sei la ...ja falei demais por hoje rsrs
    Fique com Deus!!
    Obrigada!!
    Bjssss

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  2. Oi, Duda, querida,

    Bom ter notícias suas novamente e saber que você continua conosco. Já estava estranhando sua ausência.

    É verdade o que você diz a respeito das crenças e dos pensamentos, conforme leu no livro de Louse Hay. Qual deles?

    Se você estiver bem lembrada, a partir das lições do UCEM, aprendemos que são só os nossos pensamentos que criam as condições para que se apresentem a nós as experiêncas pelas quais queremos passar como forma de dar um passo adiante em nossa jornada. E é por isso que temos de vigiar os pensamentos. Há um trecho do texto que tem o título "Sê vigilante só a favor de Deus e do Seu Reino". Vale a pena lê-lo. Faz parte do capítulo seis: AS LIÇÕES DO AMOR e do subcapítulo V. As liçoes do Espírito Santo.

    É claro qeu a maioria das vezes não temos consciência das crenças que estão por trás dos pensamentos que se apresentam. Não há razão, no entanto, para classificar nenhum deles como negativo ou positivo. O importante, e talvez o mais prático, é não resistir a nenhum. Este dizer: "Fora daqui!!" denota resistência. É um movimento ou atitude ou ação "contra", e tudo aquilo contra o que lutamos tende a permanecer e aumentar.

    O grande segredo, que não é segredo nenhum, é não resistir, como aconselha também o ho'oponopono. O grande segredo é deixar que os pensamentos, as situações, as pessoas, as circunstâncias se apresentem exatamente como são. Uma vez apresentadas, nós as acolhemos amorosamente, agradecemos por terem se apresentado e fazemos a nova escolha, quando e se o que se apresentou não nos pôs em contato com a alegria perfeita.

    Com relação ao que você diz a respeito da culpa é interessante ler o capítulo 13 do livro: O MUNDO SEM CULPA, dando especial atenção ao subcapítulo X. A liberação da culpa. Da mesma forma que aquelas três pequenas frase na introdução do Curso contêm tudo o que precisamos aprender, a primeira e a segunda frases do parágrafo 11 deste subtítulo, englobam todo o ensinamento. Elas dizem:

    "Tu não podes entrar em nenhum relacionamento real com nenhum dos Filhos de Deus a não ser que os ames a todos e igualmente. O amor não é especial."

    Continua....

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  3. ... continuação...

    Você diz que "às vezes tem pessoas que fazem com essa culpa [a que colocamos sobre nós mesmos] aumente mais ainda" e que sabe [sabe?] "que nada nem ninguém pode nos atingir". Mas pergunta: "por que às vezes algumas pessoas conseguem fazer com que a nossa culpa fique mais forte?"

    Dããããããã.... rsrsrsrsrsrsrs....

    Ora, se você é 100% responsável por tudo o que experimenta quem pode conseguir fazer com que sua culpa fique mais forte a não ser você mesma?

    A questão aqui, em minha opinião, é que saber intelectualmente não coloca de forma automática em contato com a sabedoria que nos dá a confiança para nos entregarmos por completo ao espírito, na certeza de que ele sabe o que é melhor para nós, corpo e mente. Não! Muitas vezes, na maioria delas, saber intelectualmente nos afasta desta sabedoria porque nos leva a render-nos à prepotência, ao orgulho do ego. - Ah eu sei mais que muita gente! O intelecto, quando não entregue ao espírito, é ego puro. E o ego nãoquer se render ao espírito.

    Quanto ao relacionamento especial e a atração da culpa, há muito o que se dizer, mesmo ficando apenas no que o UCEM diz em relação a isto. Acho que o mais importante de tudo, para se iniciar qualquer conversa a respeito, é ter em mente que todos - ou quase todos, lembrando do Salviano, que não gosta de generalizações - os nossos relacionamentos neste mundo são relacionamentos especiais, em que nos valemos ora da culpa que sentimos para ficar junto com a(s) pessoa(s)e ora nos valemos da culpa que atribuímos à(s) pessoa(s) para mantê-la ao nosso lado.

    Continua valendo aqui a indicação de leitura do texto a respeito da liberação da culpa no capítulo 13, de que falei acima. Os corpos e egos não podem se relacionar amorosamente [o relacionamento santo, ou real] nem mesmo nos relacionamentos ditos românticos, que talvez sejam os mais especiais, nos quais a culpa é moeda corrente.

    Obrigado por trazer suas questões à tona. Muitas vezes elas servem para abrir horizontes de muitos de nós. Obrigado por continuar conosco e se manifestar.

    Paz e bem!

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  4. Moisa e Duda, na minha experiencia, a culpa resulta de crencas sim, mas de nossos pensamentos quando nao estamos conectados com Deus. Sempre estamos julgando uma situacao com base no que vemos, e ai teems q voltar a licao q diz: vc quer ver???
    Hoponopono ajuda muito na hora da auto-punicao, da culpa... Somos responsaveis pelas nossas acoes, pelos nossos atos, mas se tomarmos responsabilidade e entregarmos ao Divino, a chance de limpar a visao da culpa, desse sentimentos, teremos a chance de reagir diferente em outra situacao.
    Beijos a todos e obrigada por dividir comigo Duda, esse comentario.

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  5. Ola,
    Eh a velha crenca na separacao, nao eh mesmo? Porque acreditamos esta separados, nos sentimos fragais, abandonados, perdidos...como nao aceitamos estes sentimentos ALGO em nos, nos diz que tudo eh maluquice, mas nao nos escutamos, temos que culpar alguem, de inicio temos que projetar essa " culpa" mas logo a trazemos de volta, para a fonte de onda ela saiu... e fico matutando...
    O Curso diz a Expiacao:" Eh o plano de correccao do espirito Santo para desfazer o ego e curar a crenca na separacao. Surgiu com a criacao do Espirito Santo depois da "separacao", e tera terminado quando cada Filho separado tenha cumprido a sua parte no plano por meio do perdao total".
    Aqui estamos com esse "plano de correcao", aonde sabemos que eh AQUI no AGORA que podemos corrigir, reparar , curar as memorias, as ideias, coisas vividas no "passado", pertencem exatamente la, nao ha necessidades de trazermos essas memorias ao nosso agora, mas ao mesmo tempo para que esta cura ocorra necessitamos revive-las? E so observar como memorias, simplesmente memorias, e aqui temos a oportunidade de corrigi-las. ????..
    Nao quero me ver mais como escrava e nem o meu irmao. sou responsavel, ja assumi o compromisso...
    Praticas, praticas
    Bjs. Luz

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  6. Cris, querida,

    Eu apenas diria que não há momentos em que não estejamos conectados com Deus, a não ser quando acreditamos na separação, uma vez que Ele nunca está separado de nós. O que acontece é que, em geral, estamos distraídos de nós mesmos e, por extensão, de Deus.

    E, sim, distraídos somos dados a julgar toda e qualquer pessoa, toda e qualquer situação. Daí a necessidade das práticas diárias, para o exercício/treino do "lembrar-se de si", que recomendava Gurdjieff. E que, é claro, é também o lembrar-se de Deus. Isto é, o lembrar-se da impossibilidade da separação.

    E, sim, sem dúvida nenhuma, o ho'oponopono, bem como qualquer um dos exercícios, das lições, ajuda muito "na hora da auto-punição, da culpa". A prática das afirmações do ho'oponopono permite que nos perdoemos por perceber de forma equivocada, liberando-nos e liberando tudo o que estiver envolvido na situação ou circunstância que estejamos vendo de forma errada.

    Isto é chamar, e aceitar, para nós mesmos a responsabilidade por tudo. Aceitando, ao mesmo tempo que se há alguma coisa a ser mudada ela está apenas em nós mesmos.

    Obrigado por sua contribuição e por estar conosco de forma tão presente e ativa.

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  7. Pois é, Sania, querida.

    Você matou a charada na hora. É sempre a velha crença na separação. Aliás, o Curso diz que só temos um problema para resolver: este exatamente, a crença na separação. No momento em que a abandonarmos para incluir em nossa vida, em nosso olhar amoroso, tudo e todos, todos os problemas que são apenas formas diversas deste único, estarão resolvidos.

    É isto que você diz que importa! É a tomada de decisão de não se "ver mais como escrava", ou como vítima, liberando seu irmão e assumindo a responsabilidade e vivendo na prática este compromisso assumido.

    Da mesma forma que o ho'oponopono, o Curso também traz em vários momentos a possibilidade de nos liberarmos da percepção equivocada de nós mesmos e do(s) outro(s). Um exemplo muito legal disso está no finalzinho do capítulo quinze, na forma de uma pequena prece. Uma oração que podemos utilizar para nos dirigirmos a nosso(s) irmão(s) quando alguma coisa não estiver bem. Ela diz o seguinte:

    "Eu te dou ao Espírito Santo como parte de mim mesmo.
    Eu sei que serás liberado, a menos que eu queira te usar para me aprisionar.
    Em nome de minha liberdade eu escolho tua liberação, porque reconheço que seremos liberados juntos."

    Obrigado por sua manifestação, por sua tentativa de responder e clarear as dúvidas da Duda que, sem dúvida, são as dúvidas de muitos de nós. E muito obrigado por sua presença constante desde os primeiros momentos.

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