sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O mundo que vemos tem tudo o que queremos?

LIÇÃO 28

Acima de tudo quero ver as coisas de modo diferente.

1. Hoje damos, de fato, aplicação específica à ideia de ontem. Nestes períodos de prática, assumirás uma série de compromissos definidos. Não nos interessa agora se os cumprirás no futuro. Se pelo menos estiveres disposto a assumí-los agora, deste início ao movimento para mantê-los. E nós ainda estamos no começo.

2. Podes te perguntar por que é importante dizer, por exemplo, "Acima de tudo quero ver esta mesa de modo diferente". Em si mesma, ela não é absolutamente importante. Mas o que é por si mesma? E o que significa "em si mesma"? Tu vês muitas coisas separadas a tua volta, o que, de fato, significa que não estás vendo em absoluto. Tu vês ou não. Quando vires uma única coisa de modo diferente, verás todas as coisas de modo diferente. A luz que verás em qualquer uma delas é a mesma que verás em todas.

3. Quando dizes, "Acima de tudo quero ver esta mesa de modo diferente", está assumindo um compromisso de retirar todas as ideias preconcebidas acerca da mesa e de abrir tua mente para o que ela é e para que ela serve. Tu não a estás definindo em termos passados. Está perguntando o que ela é, em lugar de lhe dizer o que ela é. Não estás amarrando seu significado a tua experiência diminuta com mesas, nem estás limitando o propósito dela a tuas ideias pessoais insignificantes.

4. Não questionarás aquilo que já definiste. E a finalidade destes exercícios é fazer perguntas e receber respostas. Ao dizeres, "Acima de tudo quero ver esta mesa de modo diferente", estás te comprometendo a ver. Não é um compromisso exclusivo. É um compromisso que se aplica tanto à mesa quanto a qualquer outra coisa, nem mais nem menos.

5. Poderias, de fato, obter a visão simplesmente a partir dessa mesa, se estivesses disposto a retirar todas as tuas ideias particulares a respeito dela e a olhar para ela com uma mente completamente aberta. Ela tem algo para te mostrar; algo belo e puro e de valor infinito, cheio de felicidade e esperança. Escondido sob todas as tuas ideias a respeito dela está seu propósito verdadeiro, o propósito que ela compartilha com todo o universo.

6. Portanto, ao usares a mesa como um sujeito para aplicar a ideia para hoje, tu estás realmente pedindo para ver o propósito do universo. Farás este mesmo pedido a cada sujeito que usares nos períodos de prática. E assumes o compromisso com cada um deles de permitir que seu propósito te seja revelado, em lugar de colocar teu próprio julgamento sobre ele.

7. Teremos seis períodos de prática de dois minutos hoje, nos quais primeiro se declara a ideia de hoje e, em seguida, se aplica a ideia a qualquer coisa que vejas ao teu redor. Os sujeitos não só devem ser escolhidos aleatoriamente, mas deve-se atribuir a cada um a mesma sinceridade enquanto se aplica a ideia de hoje a ele, em uma tentativa de reconhecer o valor igual deles todos em sua contribuição para teu ver.

8. Como de costume, as aplicações devem incluir o nome do sujeito que, por acaso, teus olhos encontrarem e deves fixar teus olhos nele enquanto dizes:

Acima de tudo quero ver este _________ de modo diferente.

Cada aplicação deve ser feita bem devagar e tão refletidamente quanto possível. Não há pressa.

*

COMENTÁRIO:

Uma pergunta aos que têm o livro. Algum de vocês já o abriu e leu a introdução geral? A nota do tradutor? Já leu o prefácio? Já ouviu falar em Helen Schucman e William [Bill] Thetford? E Kenneth Wapnick? E Judith Skutch?

Bem, os dois últimos não aparecem no livro, mas fazem parte da história de como o UCEM veio a se tornar o que é hoje em dia. Isto é, tanto Kenneth quanto Judith foram de vital importância para o processo de edição e publicação do livro. Helen e Bill já morreram, mas Kenneth e Judith continuam o trabalho que começaram desde que tomaram contato com a mensagem do livro quando o conheceram no início dos anos 1970. A primeira edição do livro é de 1976.

E o que estas informações têm a ver com a ideia para as práticas desta sexta, dia 28 de janeiro? Talvez nada. Talvez muito. Cabe a cada um de nós responder, a partir da decisão que tomamos de questionar toda e qualquer informação que nos seja oferecida. Conforme vimos no sábado é essencial que nos aproximemos pessoalmente da experiência que queremos viver. Não é possível viver uma experiência de segunda mão. Não podemos tomar nenhuma decisão com base no que alguém nos diz ou disse, sem que confirmemos pessoal e individualmente a informação que recebemos.

E isto tem tudo a ver com a ideia de hoje, que é uma extensão e um complemento da de ontem: Acima de tudo eu quero ver [lição 27]. Acima de tudo quero ver as coisas de modo diferente [a lição de hoje]. Há alguma razão para colocarmos como o principal objetivo de nossa vida "ver as coisas de modo diferente"? Quem de nós está absoluta e completamente satisfeito com o mundo da forma como o vê? Quem está vivendo a alegria perfeita que o Curso diz ser a Vontade de Deus para cada um de nós?

Ninguém!!!!!????

Então, não há como negar que é preciso que nos decidamos "a ver as coisas de modo diferente", não é mesmo?

Às práticas, pois.

2 comentários:

  1. UAU, Mouss
    MUITO BOM!!
    Sigo praticando...
    E me sinto aproximar novamente da paz... Andei saindo do rumo, mas segui praticando com afinco.
    Super Obrigada!
    Bjs a todos

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  2. Moisés, eu apenas faria uma pequena correção, eu gostaria de ver Algumas coisas de modo diferente. Estou muito bem com a forma que veja as outras. E ademais sou contra a generalizar qualquer coisa ou conceito.

    Agora eu tenho uma pergunta ao mestre:Será que o próprio Deus estaria vivendo a alegria perfeita, que ele menciona no livro, considerando o mundo dos sentidos ? E como ele saberia o que é esta alegria perfeita se a faculdade de sentir é nossa e não do divino ?

    Sou grato sempre a voce pelo aprendizado que nos presenteia.

    Abs.

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