quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O que nos transtorna nunca está fora de nós

LICÃO 5

Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.

1. Esta ideia, como a anterior, pode ser usada com qualquer pessoa ou acontecimento que penses estar te causando dor. Aplica-a de modo específico a qualquer coisa que acredites ser a causa de teu transtorno, usando a descrição da sensação em quaisquer termos que te pareçam exatos. O transtorno pode parecer ser medo, preocupação, depressão, ansiedade, raiva, ódio, ciúme, ou ter inúmeras formas todas as quais serão percebidas como diferentes. Isso não é verdade. Entretanto, até aprenderes que a forma não importa, cada uma é um sujeito adequado para os exercícios do dia. Aplicar a ideia a cada uma delas separadamente é o primeiro passo para o reconhecimento de que, em última instância, elas são todas a mesma.

2. Quando utilizares a ideia de hoje para uma causa percebida como específica de um transtorno em qualquer forma, usa tanto o nome da forma com que vês o transtorno quanto a causa a que tu o atribuis. Por exemplo:

Eu não estou com raiva de __________ pela razão que imagino.
Eu não estou com medo de __________ pela razão que imagino.

3. Mas, novamente, isso não deve substituir os períodos de prática em que primeiro examinas tua mente em busca das "fontes" do transtorno no qual acreditas e as formas de transtorno que pensas resultarem delas.

4. Nestes exercícios, mais do que nos anteriores, podes achar difícil não fazer distinções e evitar conferir a alguns sujeitos peso maior do que a outros. Talvez ajude se antes dos exercícios declarares:

Não há nenhum transtorno pequeno. Todos eles
perturbam minha paz de espírito do mesmo modo.

5. Em seguida, examina tua mente em busca de qualquer coisa que esteja te angustiando, independente de quanta aflição, muita ou pouca, imagines que isso esteja causando.

6. Também podes te descobrir menos disposto a aplicar a ideia de hoje a algumas fontes de transtorno percebidas do que a outras. Se acontecer isso, pensa primeiro no seguinte:

Eu não posso manter esta forma de transtorno e abandonar
as outras. Então, para os objetivos destes exercícios, vou
considerá-las todas como a mesma.

7. Em seguida, investiga tua mente por não mais do que cerca de um minuto e tenta identificar algumas forma diferentes de transtorno que estejam te perturbando, independente da importância relativa que possas dar a elas. Aplica a ideia para hoje a cada uma delas, usando tanto o nome da fonte do transtorno conforme o percebes quanto o da sensação do modo com que o experimentas. Outros exemplos são:

Eu não estou preocupado com __________ pela razão que imagino.
Eu não estou desanimado com __________ pela razão que imagino.

Três ou quatro vezes durante o dia é suficiente.

*

COMENTÁRIO:

Tara Singh* diz a respeito da lição que praticamos nesta quarta-feira, dia 5 de janeiro, que ela "pode nos liberar de toda depressão, de todo sofrimento e de toda dor".

Para ele, as práticas a que a lição convida nos apresentam "novas energias que nos tornam mais receptivos à bênção que o Curso traz a nossas vidas. A consciência dessa bênção nos ajuda a perceber de forma clara que nunca estamos transtornados pela razão que imaginamos. Por isso não precisamos nunca ficar transtornados por qualquer coisa externa".

O que a ideia desta lição nos oferece é a oportunidade para uma auto-avaliação honesta. O que, de fato me aborrece e transtorna? É algo que está fora de mim? Ou é algo que crio para justificar meus medos, minhas culpas, meu julgamento de mim mesmo e do mundo inteiro, onde penso que todas as coisas e pessoas vivem?

Tara Singh propõe um exercício fácil de se fazer, que é o seguinte: "Supõe que estejas com ciúme, com raiva ou com medo. Se, nesse momento, puderes dizer: 'Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino', poderias permanecer transtornado? Certamente não. Estas palavras te liberariam porque representam o Pensamento Absoluto".

Ele diz ainda:

"É sempre algo fora de nós que nos transtorna e nos causa dor, não é? No entanto, se a dor está dentro de nós, como podemos culpar alguma coisa fora? Por que não perceber simplesmente que estamos transtornados?"

"Perda, apego, ressentimento e medo - isso não tudo de nossa própria autoria? Não é complicado ou difícil; é extremamente simples. Ficamos transtornados por nossos pensamentos que não significam nada. Ficamos transtornados porque vivemos a partir do pensamento e [porque] a paz de Deus não tem nenhuma importância para nós. Não estamos decididos a ver.

"Hoje é o dia para usar a energia e o entusiasmo desta lição para acabar com todos os transtornos. Pô-la em prática simplificará tua vida.

"Tudo o que ela pede é um só dia. Uma vez que tenhas verdadeiramente aprendido a lição, tu a compreendes para sempre pois ela não pertence ao pensamento.

"Lê a lição com amor. Liberta-te de todo transtorno. Se não o fizeres, como encontrarás a paz dentro de ti?"

*NOTA: Vide notas das lições anteriores.









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