LIÇÃO 213
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (193) Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda.
Uma lição é um milagre que Deus me oferece em lugar de pensamentos que tive, que me ferem. O que aprendo d'Ele é o modo pelo qual me liberto. E, por isto, escolho aprender as lições d'Ele e esquecer minhas próprias lições.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
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COMENTÁRIO:
Este comentário, com pequenas alterações, é o mesmo feito para esta lição no ano passado. Acho que vale a pena refletir a seu respeito novamente. O que vocês acham?
Assim como não existem acasos, conforme sabemos, também não existem coincidências. Caso contrário, a quem atribuir a responsabilidade pela experiência? Se não há nenhum mundo, a não ser o que vejo como expressão manifesta de meu mundo interior - e o de cada um individualmente - o que preciso salvar? A quem preciso salvar a não ser a mim mesmo, se acredito que alguém precisa ser salvo?
É maravilhoso praticar, e compreender bem, a ideia que revisamos nesta segunda-feira, dia 1º de agosto "na contagem milenar". Ela abre diante de nós todas as possibilidades do aprendizado da percepção verdadeira. Pois é a compreensão desta ideia que vai fundamentar e facilitar nossa aceitação da responsabilidade que nos cabe por tudo o que acontece na vida. Em nossa própria vida e na vida em geral.
Precisamos nos lembrar de que compreender é aceitar. Pois, de fato, só não aceitamos aquilo que ainda não compreendemos. E, quando nos recusamos a compreender algo, estamos apenas nos aferrando a uma ideia, a um preconceito [pré-conceito, conceito prévio ou anterior], a um julgamento que fizemos e não queremos mudar.
Assim, na verdade, a ideia das práticas de hoje é um milagre que Deus nos oferece para substituir quaisquer pensamentos que tivemos a respeito de qualquer coisa que se apresente a nós em nossa experiência. Pois permite que retiremos todo o julgamento dos fatos e das circunstâncias. Praticar esta ideia permite que olhemos para eles com um novo olhar, um olhar diferente. Um olhar que busca apreender, compreender e aceitar a lição que se apresenta daquele modo, naquele momento, seja ela qual for, seja qual for o momento.
É importante sabermos que, de acordo com o Curso, uma lição nos vai ser apresentada tantas vezes quantas forem necessárias e de tantas formas diferentes quantas forem preciso até que a aprendamos. Para, então, passarmos a uma nova lição, a um novo aprendizado. Enquanto resistirmos às lições, considerando-as acaso, coincidência, má sorte, infortúnio, desgraça, algo que não deveria ter acontecido, ou nos considerando infelizes pelas experiências que vivemos, deixamos de ver o milagre que há por trás de todos os acontecimentos de nossas vidas.
Após a prática da manhã de hoje, ao continuar a leitura de um dos outros livros de Thomas Keating, este intitulado "Intimidade com Deus", voltou-me à mente a pergunta feita pelo nosso colega Jorge Leite, em 21/jul, que busquei responder no comentário feito à lição do dia 22 ou 23 de julho, se não me engano.
ResponderExcluirMas o que me fez voltar à pergunta dele foi algo que li e que creio também serve de resposta ou, pelo menos, serve para abrir o caminho para uma resposta.
Vocês lembram da pergunta dele? Ela tratava do fato de que quando nos voltamos para Deus, podemos experimentar uma sensação de isolamento, uma vez que os relacionamentos anteriores à busca - alguns deles talvez - passam a não fazer muito sentido, uma vez que orientados, em geral, para a busca da "felicidade" no mundo.
O que Thomas Keating diz neste novo texto que estou lendo, e que acredito estar em sintonia com o que o Curso ensina e com o que eu disse em minha tentativa de resposta anterior, é que:
"Toda vez que passamos a um novo nível de fé, há uma experiência inicial de desagregação, angústia, confusão e escuridão. Se não formos prevenidos sobre a viagem espiritual, parece que alguma coisa não deu certo - 'Cometi um pecado secreto?' É a maneira normal como o nível atual de nosso nível de entendimento - nossa atitude para com nós mesmos, outras pessoas e Deus - sente que nossa vida simplesmente não opera mais naquele nível. Somos desafiados ou forçados a passar para um nível mais profundo.
"A etapa transicional é sempre dolorosa porque só sabemos onde estamos agora e nem sempre estamos prontos, especialmente nas primeiras etapas dessa viagem para entrar no desconhecido. O que conhecemos é melhor do que o que não conhecemos. Resistimos ao momento de mudança criativa.
"O que nos move de um nível para o outro? Essa é a questão. É alguma coisa que fazemos?..."
Não!, para Keating. Não!, para o Curso, que nos recomenda que continuemos as práticas, mesmo quando as ideias pareçam contradizer aquilo em que acreditamos, mesmo que tenhamos uma grande resistência a elas.
Quando nos decidimos a continuar a busca, continuamos a escutar o que Espírito tem a nos dizer, nossa confiança cresce, e como em todo relacionamento continuamos a crescer no amor. O que ouvimos, nas práticas ou nas leituras em grupo, as palavras, em última instância, se dirigem ao mais íntimo de nosso ser. Ela começam a lidar com aquilo que é aparentemente mais exterior em nós e caminham para aquilo que é mais íntimo, "a fim de nos despertar para a presença permanente de Deus".
Na verdade, quanto mais praticamos mais entendemos o que o Curso quer dizer, pois quanto mais transformamos as ideias em ações práticas em nossas vidas, tanto mais íntima se torna nossa relação com o divino. Não se trata, pois, de algo que temos de fazer para transformar o mundo, ou qualquer coisa que viva nele, ou alguma situação que nos afasta da alegria e da paz. Trata-se exatamente de aprender que tudo começa dentro de cada um de nós. E é só lá que se pode mudar.
Paz e bem!
Hellô, Mouss
ResponderExcluirVoltei!
Estive de férias, desligada de todo agito, sem computador, mas levei as xerox e pratiquei diariamente estas lições desta revisão. Foi muito bom.
Ótimo comentário. Vou imprimir para ler mais vezes e vou repassar aos colegas.
Bjs a todos e obrigada!
Oi Moisa,
ResponderExcluiressa licao e realmente um milagre que Deus me oferece, o desapego da crenca de acharmos saber o que e melhor pra nos.
A pratica, simplesmente diz o que vc e. Ser livre, pois, AINDA SOU como Deus me criou.
Basta essa consciencia. E assim e.
Amem.
beijos