quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mais uma lição a respeito do óbvio na prática (bis)

LIÇÃO 230

Agora quero buscar e achar a paz de Deus.

1. Fui criado na paz. E, na paz, continuo. Não cabe a mim modificar o meu Ser. Deus, meu Pai, é tão misericordioso que, quando me criou, Ele me deu a paz eterna. Agora eu peço apenas para ser o que sou. E isso me pode ser negado, se é verdadeiro para sempre?

2. Pai, busco a paz que Tu me deste em minha criação. O que foi dado então tem de estar aqui agora, pois minha criação se deu à parte do tempo e ainda continua além de toda mudança. A paz em que Teu Filho nasceu em Tua Mente brilha aí inalterada. Eu sou como Tu me criaste. Eu só preciso Te chamar para descobrir a paz que Tu deste. Foi Tua Vontade que a deu a Teu Filho.

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COMENTÁRIO:

Estava, no ano passado, à procura de um comentário para esta lição quando uma amiga comum, muito querida, dona de uma sabedoria e de uma experiência neste mundo que já ultrapassa a casa das oito décadas bem vividas, me disse ao telefone que tinha começado a ler o livro Hipnotizando Maria, de Richard Bach - estava nas primeiras cerca de vinte páginas.

Dizia que o estava achando muito óbvio, ao falar daquilo que, na expressão dela, "já estamos carecas de saber", que achava que ele, o autor, era capaz de "muito mais" do que este "bê-á-bá". Algo como dizer que ele estava apenas "chovendo no molhado", não lhes parece?

Disse-lhe, então, como aprendi há algum tempo, que era exatamente este o espírito do livro. O de nos colocar de novo em contato com o óbvio, o de nos mostrar mais uma vez o óbvio, que é sempre o que temos grande dificuldade em aprender. Pois pensamos saber. Ou como diz o UCEM:

Este é um curso muito simples. Talvez não sintas que precisas de um curso que, no final, te ensina que só a realidade é verdadeira. Mas acreditas nisto? (...) Podes reclamar que este curso não é suficientemente específico para compreenderes e utilizares. Todavia, talvez não tenhas feito o que ele pleiteia de forma específica. Este não é um curso a respeito do jogo de ideias, mas a respeito da aplicação prática delas. Nada poderia ser mais específico do que ouvires que, se pedires, receberás" (T-11.VIII.1:1-3; 5:1-4).

E agora eu pergunto: alguém, de fato, acredita nisto?

Nesta quinta-feira, 18 de agosto, de certo modo, estou reprisando o comentário feito para esta lição no ano passado, mudando uns poucos pontos e alguns tempos verbais. Faço-o mais uma vez porque a leitura que fizemos anteontem à noite no grupo de estudos também tratava do óbvio. Referindo-se, é claro, à Vontade de Deus para nós: a salvação, a felicidade perfeita e completa, Agora.

Com as práticas de hoje, como já disse, vamos declarar nosso único desejo verdadeiro: "a paz de Deus". A salvação e a alegria e felicidade perfeitas e completas. E onde podemos encontrar a salvação? Como diz o texto, se ela é a Vontade de Deus para nós, é óbvio que Ele tenha nos dado os meios de achá-la e que tenha "feito com que seja possível e fácil obtê-la".

Onde? O texto continua: "Os teus irmãos estão em todos os lugares. Tu não tens de ir buscar a salvação longe. Cada minuto e cada segundo te dá uma chance de salvar a ti mesmo. Não percas estas chances, não porque elas não voltarão, mas porque é desnecessário protelar a alegria".

Isso não lhes parece óbvio? Creio, pois, que só estaremos prontos para aprender o óbvio, quem sabe?, quando estivermos, de fato, dispostos a reconhecer que não sabemos nada e que a paz de Deus é tudo o que queremos verdadeiramente.

Assim, sabendo disto, esperar "muito mais" de quem quer que seja revela apenas que ainda não abrimos nossas mentes e corações para tudo o que precisamos aprender a respeito do óbvio. Um aprendizado que vai nos levar a aceitar e a incluir o mundo inteiro, e todas as pessoas e coisas do mundo, em nosso abraço amoroso.

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