sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não precisamos nada mais do que nossa gratidão

LIÇÃO 217

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (197) Só posso ganhar a minha gratidão.

Quem, a não ser eu mesmo, deve agradecer por minha salvação? E de que modo, a não ser pela salvação, posso descobrir o Ser a Quem devo minha gratidão?

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Se pararmos para refletir um pouquinho só que seja a respeito da última da ideia que revisamos, Só posso crucificar a mim mesmo, relacionando-a, mais uma vez como fiz ontem, à ideia de uma lição anterior, Tudo que dou é dado a mim mesmo, abrindo caminho também para a ideia que vamos revisar amanhã, Só minha condenação me fere, ou lembrando de que há, na segunda parte, uma lição cuja ideia afirma que Nada pode me ferir, exceto meus pensamentos, ou outra que diz que Só meus pensamentos me afetam, havemos de concluir que, na verdade, tudo gira em torno de nós mesmos, de cada um de nós. Ou seja, o mundo só existe como projeção ou manifetação de tudo aquilo que trago dentro de mim. Tanto isso é verdade que estamos já até cansados de ouvir dizer que há tantos mundos quantas são as pessoas que habitam neste em que aparentemente vivemos.

Isto é apenas a confirmação da ideia que praticamos nesta sexta-feira, dia 5 de agosto, que nos diz que só podemos esperar nossa própria gratidão. Mais uma razão, conforme eu disse no ano passado, para aprendermos a não depositar nenhuma expectativa em nada, nem em ninguém. Deve bastar-nos a certeza de que sempre podemos contar com nossa própria gratidão, uma vez a tenhamos aprendido.

Esta ideia é também mais uma razão para que deixemos de buscar determinar o modo que os outros devem viver. Se, em geral, não sabemos o que fazer com nosso próprio mundo, o que nos leva a pensar que podemos decidir o que é melhor para uns e outros?

Voltando a uma parte do comentário do ano passado, é bom lembrar de novo que o texto que introduziu esta ideia para as práticas na primeira vez diz a certa altura: "Não importa se outro considera tuas dádivas indignas. Na mente dele existe uma parte que se junta a tua para te agradecer. Não importa se tuas dádivas parecem perdidas e inúteis. Elas são recebidas onde são dadas. Em tua gratidão elas são aceitas universalmente e reconhecidas com gratidão pelo Coração do Próprio Deus".

Alguém pode pedir ou querer mais do que isto? Não será o caso de aprendermos a dar graças por sermos capazes da gratidão? E, se tudo que damos é a nós mesmos que damos, será difícil concluir que sempre que somos gratos a alguém por alguma coisa é nossa própria gratidão que recebemos? E que não precisamos de mais nada?

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