segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Incluir todas as pessoas do mundo em nossa vida

LIÇÃO 227

Este é meu instante santo de liberação.

1. Pai, é hoje que fico livre, porque minha vontade é Tua. Pensei atender a outra vontade. Porém não existe nada do que pensei separado de Ti. E sou livre porque estava equivocado, e não afetei de modo algum minha própria realidade com minhas ilusões. Agora desisto delas e as abandono aos pés da verdade, para serem eliminadas para sempre de minha mente. Este é meu instante santo de liberação. Pai, sei que minha vontade é una com a Tua.

2. E, assim, hoje, ficamos cientes de nossa volta alegre ao Céu, que, de fato, nunca deixamos. O Filho de Deus abandona seus sonhos neste dia. O Filho de Deus volta novamente para casa neste dia, liberado do pecado e coberto de santidade com sua mente correta devolvida a ele finalmente.

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COMENTÁRIO:

Neste segunda-feira, dia 15 de agosto, repriso o comentário feito para esta lição no ano passado, com algumas pequenas alterações, lembrando que com ela damos mais um de nossos passos finais rumo à aquisição de percepção verdadeira. E podemos nos sentir gratos, infinitamente gratos, por praticar, neste instante, "o instante santo" de nossa liberação.

Peço-lhes também, mais uma vez, especial atenção para as instruções acerca do primeiro dos temas que abordamos neste período. Atenção às instruções dadas no início das práticas com esta segunda parte do livro de exercícios e ao tema que unifica as práticas: O que é perdão?

Não estamos longe do Céu, "que, de fato, nunca deixamos". Basta que aprendamos a incluir em nossas vidas e em nossa experiência "todas as pessoas deste mundo", que "cada um está sempre procurando", como diz um dos personagens de um dos contos de Guimarães Rosa.

Este mesmo personagem fala daquilo que precisamos descobrir a nosso próprio respeito, quando buscamos alcançar o Céu, ao dizer que: "No coração a gente tem é coisas igual ao que nunca em mão não se pode ter pertencente: as nuvens, as estrelas, as pessoas que já morreram, a beleza da cara das mulheres"...

Ou ainda ao nos indicar o que há por trás da jornada que aparentemente empreendemos, dizendo: "Só estava seguindo... Estava bebendo [a] viagem. Deixa os pássaros cantarem. No ir - seja até onde se for - tem-se de voltar; mas seja como for, que se esteja indo ou voltando, sempre já se está no lugar, no ponto final".

Isso lembra aquela parte do texto que nos alerta para o fato de que o que empreendemos, na verdade, é uma "jornada sem distância". Que me dizem? Este não é mesmo, ou pode vir a ser, o instante santo de nossa liberação?

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