quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Para praticar a compaixão para com nós mesmos


LIÇÃO 249

O perdão põe fim a todo sofrimento e a toda perda.

1. O perdão pinta um quadro de um mundo no qual o sofrimento acabou, a perda passou a ser impossível e a raiva não faz nenhum sentido. O ataque acabou e a loucura tem um fim. Que sofrimento é concebível agora? Que perda pode ser mantida? O mundo se torna um lugar de alegria, de abundância, caridade e doação infinita. Agora ele é tão parecido ao Céu que rapidamente se transforma na luz que reflete. E, deste modo, a jornada que o Filho de Deus começou termina na luz da qual ele veio.

2. Pai, queremos devolver nossas mentes a Ti. Nós as traímos, mantendo-as em um laço apertado de amargura e as amedrontamos com pensamentos de violência e de morte. Agora queremos descansar em Ti mais uma vez, assim como Tu nos criaste.

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COMENTÁRIO:

Vou repetir de forma quase que completa e literal, nesta quarta-feira, dia 5 de setembro, o comentário feito a esta lição no ano passado. 

A ideia que vamos praticar hoje oferece uma oração na qual manifestamos o desejo de devolver nossas mentes a Deus, já que não sabemos o que fazer com elas e as usamos de forma equivocada para criar experiências de dor, de sofrimento, de violência e de morte, em função de as usarmos para o julgamento de nós mesmos e de tudo e de todos no mundo.

Ora, um dos aspectos mais importantes no uso das lições diárias é permitir que exercitemos a prática da compaixão para com nós mesmos. De acordo com o que diz Thomas Keating, no livro Invitation to Love, "muitas pessoas chegam à auto-consciência de si mesmas com baixa auto-estima e [por isso] sofrem de vários níveis de ódio a si mesmas".

Para ele, "este estado de espírito é orgulho invertido. Em lugar de buscarem auto-glorificação, essas pessoas se degradam porque não se sentem à altura da imagem de perfeição idealizada que sua auto-imagem exige. Quando deixam de atender a esse padrão impossível, o orgulho, não Deus, diz: 'Tu não vales nada!' Então, elas sentem vergonha por não estarem à altura de suas próprias expectativas elevadas que sua educação, cultura, ou impulso para superconquistas criaram".

A ideia para as práticas de hoje vem exatamente a atender a esta necessidade de que olhemos com mais compaixão, não só para os que vivem perto de nós e para o mundo todo, mas igualmente para nós mesmos. Perdoando-nos por todo e qualquer equívoco, vendo-o apenas como um passo em nossa jornada, vamos poder abandonar a ideia do sofrimento como um "mal necessário" e vamos aprender que não há perda e que não há falta. Isto é, conforme o Curso ensina, tudo aquilo que nos falta é apenas aquilo que não estamos dando.

Às práticas?

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