segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Iluminar a percepção e harmonizá-la à do espírito


5. O que é o corpo?

1. O corpo é uma cerca que o Filho de Deus imagina ter construído para separar partes de seu Ser de outras partes. É dentro desta cerca que ele pensa viver para morrer quando ela enfraquecer e se deteriorar. Pois dentro desta cerca ele pensa estar a salvo do amor. Identificando-se com sua segurança, ele percebe a si mesmo como aquilo que sua segurança é. De que outra forma ele poderia ter certeza de que permanece no interior do corpo e de que mantém o amor do lado de fora?

2. O corpo não permanecerá. Mas ele vê isto como segurança em dobro. Pois a impermanência do Filho de Deus é "prova" de que suas cercas funcionam e cumprem a tarefa que sua mente atribui a elas. Pois, se sua unidade ainda permanecesse intocada, quem poderia atacar e quem poderia ser atacado? Quem poderia ser vitorioso? Quem poderia ser sua presa? Quem poderia ser vítima? Quem o assassino? E, se ele não morresse, que "prova" haveria de que o Filho de Deus pode ser destruído?

3. O corpo é sonho. Igual a outros sonhos, algumas vezes ele parece retratar a felicidade, mas pode bem repentinamente retroceder para o medo, onde nascem todos os sonhos. Pois só o amor cria na verdade e a verdade nunca pode ter medo. Criado para ser medroso, o corpo tem de servir ao propósito que lhe foi dado. Mas nós podemos mudar o propósito a que o corpo obedecerá mudando o que pensamos acerca de sua finalidade.

4. O corpo é o meio pelo qual o Filho de Deus volta à sanidade. Ainda que ele tenha sido feito para prendê-lo no inferno de forma irremediável, apesar de a meta do Céu ter sido trocada pela busca do inferno. O Filho de Deus estende sua mão para alcançar seu irmão e para ajudá-lo a caminhar pela estrada junto com ele. O corpo se torna sagrado imediatamente. Agora ele serve para curar a mente à qual ele tinha feito para matar.

5. Tu te identificarás com aquilo que pensas que te deixará seguro. Seja isso o que for, acreditarás que é um contigo. Tua segurança está na verdade, e não em mentiras. O amor é tua segurança. O medo não existe. Identifica-te com o amor e estás seguro. Identifica-te com o amor e estás em casa. Identifica-te com o amor e encontras teu Ser.

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LIÇÃO 261

Deus é meu abrigo e minha proteção.

1. Eu me identificarei com aquilo que penso ser abrigo e proteção. Eu me verei aonde percebo minha força, e penso viver no interior da fortaleza na qual estou seguro e não posso ser atacado. Que hoje eu não busque proteção no perigo e nem tente achar minha paz no ataque assassino. Vivo em Deus. Encontro n'Ele meu abrigo e minha força. Minha Identidade está n'Ele. A paz duradoura está n'Ele. E só n'Ele me lembrarei de Quem sou verdadeiramente.

2. Que eu não busque ídolos. Hoje quero voltar para Ti, meu Pai. Decido ser como Tu me criaste e achar o Filho a quem Tu criaste como meu Ser.

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COMENTÁRIO:

As práticas desta segunda-feira, dia 17 de setembro - e as dos nove dias a seguir -, vão se dar levando em conta o tema [a quinta das instruções especiais de que o Curso fala na Introdução a esta segunda parte do Livro de Exercícios] que serve para unificar as próximas dez lições e que é: O que é o corpo? E eu lhes pergunto: as questões que abrem as séries de lições e se destinam a iluminar nossa percepção para harmonizá-la à do Espírito Santo estão lhes trazendo alguma luz? Vocês estão conseguindo ligar os temas às lições que se seguem como forma de se abrirem ao olhar amoroso do Espírito Santo? 

Esta instrução, este tema, em particular, como lhes disse outras vezes, trata de nos ensinar de que forma podemos mudar nossa percepção a respeito do corpo, transformando-o em um instrumento que serve para nos devolver a sanidade, em lugar de ser o símbolo de nossa separação de Deus, conforme o propósito que lhe dá o falso eu. 


Lembrando de um texto que lemos na semana passada no encontro de um dos grupos de estudo do Curso, é preciso aprendermos a utilizar o corpo apenas como um veículo para nos levar à comunicação perfeita com nossos irmãos, com nós mesmos e com toda a criação. Visto assim, o corpo não é um fim em si mesmo e pode ser considerado neutro, quando usado para o objetivo da comunicação. Vendo-nos, e vendo tudo e todos como extensões amorosas do Pensamento de Deus, devolvemos aos corpos a condição de sagrado. E eles podem voltar a ser um meio para curar a mente.

Assim é que a primeira das ideias que praticamos neste período serve também para reforçar nossa condição de Filhos de Deus. Ela nos ajuda a identificar em Deus, e a encontrar n'Ele, o verdadeiro abrigo, a única verdadeira proteção de que precisamos.

Na verdade, como eu já disse antes também, libertando-nos de nossa identificação com o corpo, aprendemos a certeza de que só em Deus vamos encontrar abrigo, proteção, força, paz duradoura, amor infinito e Identidade. 

Às práticas?

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