segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A oração não deve ser uma renúncia ao poder divino


LIÇÃO 247

Sem perdão ainda serei cego.

1. O pecado é o símbolo do ataque. Vê-o em qualquer lugar e eu sofrerei. Pois o perdão é o único meio pelo qual a visão de Cristo vem a mim. Que eu aceite como a pura verdade o que a visão d'Ele me mostra e fique completamente curado. Irmão, vem a mim e deixa eu olhar para ti. Tua beleza reflete a minha. Tua inocência é minha. Tu estás perdoado e eu continuo contigo.

2. Hoje quero olhar para todos deste modo. Meus irmãos são Teus Filhos. Tua Paternidade os criou e os deu todos a mim como parte de Ti e também de meu próprio Ser. Hoje louvo a Ti por meio deles e, deste modo, espero reconhecer meu Ser neste dia.

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COMENTÁRIO:

Algum tempo atrás, no ano passado, se não me engano, publiquei como comentário a uma das lições um texto que traduzi de um livro de autor anônimo, escrito em 1909, que tratava de explicar as razões por que as orações, às vezes, aparentemente, não são atendidas.

Nesta segunda-feira, dia 3 de setembro, volto a este tema trazendo-lhe o que fala Paramahansa Yogananda acerca do poder das afirmações e da oração, em um livro intitulado Onde Existe Luz. Creio que o que ele nos diz pode servir para aprofundar a reflexão a respeito da ideia que praticamos hoje, estendendo o alcance do perdão que precisamos oferecer a nós mesmos, para, em seguida, envolvermos o mundo todo em nosso abraço de perdão.

Diz Paramahansa:

"É possível que, no passado, você se haja desapontado por suas orações não terem sido atendidas. Não perca, porém, a fé... Deus não é um Ser mudo e insensível. Ele é o próprio amor. Se você souber meditar e entrar em contato com Ele, Ele atenderá a suas amorosas exigências.

"Saber exatamente como e quando orar, de acordo com a natureza de suas necessidades, é o que traz os resultados desejados. Quando o método correto é aplicado, ele faz entrarem em ação as leis apropriadas de Deus. Essas leis, operando, produzem, cientificamente, resultados.

"A primeira regra da oração é dirigir-se a Deus tendo, apenas, desejos legítimos. A segunda, é pedir sua realização, não como um mendigo, mas como um filho: 'Eu sou Teu filho. Tu és meu Pai. Tu e eu somos um.' Quando você orar com profundidade e constância, sentirá uma grande alegria brotando em seu coração. Não se satisfaça até que essa alegria se manifesta, pois quando sentir em seu coração essa alegria que satisfaz plenamente, você saberá que Deus 'ligou o rádio no programa de sua prece'. Ore, então, a seu Pai: 'Senhor, é disso que preciso. Estou disposto a trabalhar para consegui-lo. Por favor, guia-me e ajuda-me a ter os pensamentos corretos e a fazer as coisas certas para alcançar o êxito. Usarei meu raciocínio e trabalharei com determinação, mas guia Tu minha razão, minha vontade e minha atividade para a coisa certa que eu deva fazer'. 

"Você deveria orar a Deus com intimidade como Seu filho, e é o que você é. Deus não faz objeção quando você reza com seu ego, como se fosse um estranho [separado] e um mendigo, mas você vai descobrir que seus esforços ficam limitados por esse nível de consciência. Deus não quer que você renuncie ao seu próprio poder da vontade, direito divino que, como Seu filho, você herdou."

Assim como Paramahansa, que, em última análise, nos oferece a ideia de oração como uma forma de entrega, sem a renúncia a nosso próprio poder divino de filhos de Deus, mas antes como uma forma de se entrar em sintonia com este poder, também Joel Goldsmith, ao falar a respeito da oração, diz que tudo o que precisamos pedir é que nossa consciência de Deus aumente em nós.

É para isso que praticamos, não é mesmo?

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