quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Ouvir a voz do falso eu só nos afasta da alegria


LIÇÃO 257

Que eu me lembre de qual é meu propósito.

1. Se eu esquecer de minha meta só posso ficar confuso, inseguro do que sou e, deste modo, incoerente em minhas ações. Ninguém pode servir a metas contraditórias e servir bem a elas. E não pode servir sem uma angústia profunda e sem uma depressão muito grande. Por isso, vamos nos decidir a lembrar daquilo que queremos hoje, a fim de podermos unificar nossos pensamentos e ações de forma coerente para realizar apenas aquilo que Deus quer que realizemos neste dia.

2. Pai, o perdão é o meio escolhido por Ti para a nossa salvação. Permite que não nos esqueçamos hoje de que não podemos ter nenhuma vontade a não ser a Tua. E, por isso, nosso propósito também tem de ser o Teu, se quisermos alcançar a paz que Tu desejas para nós.

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COMENTÁRIO:

Vou repetir mais uma vez, por pertinente, o comentário feito para esta lição nos últimos dois anos, para que, de novo, nos lembremos nesta quinta-feira, dia 13 de setembro que há um modo de olhar para o mundo e ver nele - para onde quer que olhemos - apenas a realização da Vontade de Deus de alegria e paz perfeitas em um momento qualquer ou em todos os momentos. Afinal, já não aprendemos que a Vontade de Deus e a nossa são a mesma?

Há um modo de pensar a respeito do mundo, e de todas as coisas do mundo, que pode dar ao mundo e a nossa percepção uma coerência e um significado que a simples visão dos olhos do corpo - ou as impressões que nos dão os sentidos - não consegue apreender quando limitada pelo sistema de pensamento do ego. Esse modo de olhar está intimamente ligado ao olhar amoroso do Espírito Santo em nós; é o olhar Crístico [não confundir com crítico, do ego].

Para se chegar a tal modo de ver e de pensar, é preciso ter-se em mente, como o Curso ensina, a todo instante, que nunca reagimos às coisas do mundo, às pessoas ou situações, mas, sim, à interpretação que fazemos desta coisas. Pois a visão dos olhos do corpo é intrinsecamente julgadora.

Ora, interpretar, sem uma visão integral, sem acesso a todos os dados e informações relativas à situação, pessoa ou coisa em questão, é apenas julgar de forma parcial. Não somos capazes de julgar, pois, na forma, a partir dos dados registrados pelos sentidos apenas, e por impressões sujeitas à dúvida, e de informações incompletas, nosso julgamento está fadado ao erro.

Assim, um exemplo de uma visão mais coerente e revelador de nossa incapacidade de julgar talvez seja a do jagunço Riobaldo, no Grande Sertão: Veredas, quando diz: " o mais importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão".

Isto nos traz de volta ao mote da alegria, que, aliás, conforme já sabemos também, é o que pode nos dar a indicação segura de que estamos em Deus. Quando, por quaisquer razões, nos afastamos da alegria, que é a condição natural do Filho de Deus, estamos claramente dando ouvidos à voz do falso eu, o ego, que sempre fala em favor da ilusão, em favor da separação.


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