sábado, 15 de setembro de 2012

Para a consciência da absoluta importância de Deus


LIÇÃO 259

Que eu me lembre de que não existe pecado.

1. O pecado é o único pensamento que faz parecer a meta de Deus* inatingível. O que mais poderia nos cegar para o óbvio e fazer o estranho e o tortuoso parecerem mais claros? O que além do pecado gera nossos ataques? O que mais a não ser o pecado poderia ser a fonte da culpa que exige castigo e sofrimento? E o que, exceto o pecado, poderia ser  a fonte do medo, que esconde a criação de Deus; e dá ao amor as características do medo do ataque?

2. Pai, hoje não quero ser louco. Não quero ter medo do amor nem buscar abrigo no oposto dele. Pois o amor não pode ter nenhum oposto. Tu és a Fonte de tudo o que existe. E todas as coisas que existem permancem Contigo, e Tu com elas.

*

COMENTÁRIO:


A ideia que vamos praticar neste sábado, dia 15 de setembro, busca nos mostrar que acreditar no pecado, ou na possibilidade de pecado é insanidade, é loucura. Basta, por isso, que nos decidamos a mudar nosso modo de perceber, isto é, que nos decidamos a olhar para o mundo de forma diferente para entendermos que tudo o que vemos de errado - quando olhamos para o mundo e vemos algo de errado nele - é apenas um equívoco de nossa percepção, que, atrelada aos sentidos, não é confiável.

Fiquei muito tentado a repetir o comentário feito aqui nos dois últimos anos, porque ainda acho que eles contêm elementos que podem nos levar a aprofundar a reflexão a respeito da ideia que vamos praticar hoje. No entanto, algo que li na quarta-feira me levou a mudar o comentário, indo em outra linha de raciocínio, não menos importante e nem menos capaz de estimular cada um de nós a se voltar para o interior de si mesmo para buscar aquela parte que tem certeza de que não existe nenhuma separação entre Deus e nós e que, em função disto, não é possível a existência do pecado.

O que li está também no livro Onde Existe Luz, de Paramahansa Yogananda, e de, certa forma, complementa e estende o que eu já lhes ofereci dos pensamentos dele nos últimos dias. Diz ele agora:

"Enquanto tua consciência não estiver convencida da absoluta importância de Deus, tu não O encontrarás. Não permitas que a vida te engane. (...) Os minutos são mais importantes do que os anos. Se não preencheres os minutos da tua vida com o pensar em Deus, os anos vão passar e, quando mais precisares d'Ele, talvez não consigas sentir a Sua presença. Mas se ocupares os minutos de tua vida com aspirações divinas, os anos ficarão automaticamente saturados por elas." 

Ou ainda [o que nos traz diretamente à ideia das práticas de hoje ou de duas das últimas lições]:

"Cultiva o relacionamento com Ele. É possível conhecer Deus tão bem quanto conheces teu amigo mais querido. Essa é a verdade. (...) Busca Deus por amor a Ele próprio. A percepção suprema é sentí-Lo como Bem-aventurança brotando das infinitas profundezas de ti mesmo. Não anseies por visões, fenômenos espirituais, nem por experiências emocionantes. O caminho para o Divino não é um circo!"

É, por isso, como eu já disse várias vezes antes, que precisamos ficar vigilantes com relação às opções que o falso eu - o ego - nos oferece como forma de mudar o mundo. Que mundo queremos mudar? O Curso afirma com todas as letras: "Não há mundo"! A não ser aquele que construímos a partir de nossos pensamentos. Ou ainda não percebemos que tudo o que aparentemente vemos fora de nós é apenas a manifestação "concreta" daquilo que trazemos aqui dentro? 

É para aprender isso que praticamos.


*OBSERVAÇÃO: Entenda-se a meta de chegar a Deus, de conhecê-Lo.


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