sábado, 22 de setembro de 2012

Ver em todos e em cada um o nosso salvador


LIÇÃO 266

Meu Ser sagrado vive em ti, Filho de Deus.

1. Pai, Tu me deste todos os Teus Filhos para serem meus salvadores, meus conselheiros visíveis; os portadores da Tua Voz santa para mim. Tu estás refletido neles e, neles, Cristo olha para mim desde o meu Ser. Que Teu Filho não se esqueça de Teu Nome santo. Que Teu Filho não se esqueça de sua Fonte santa. Que Teu Filho não se esqueça de que o Nome dele é o Teu.

2. Neste dia entramos no Paraíso, invocando o Nome de Deus e nosso próprio nome, reconhecendo nosso Ser em cada um de nós; unidos no Amor santo de Deus. Quantos salvadores Deus nos deu! Como podemos perde o caminho para Ele, quando Ele enche o mundo com aqueles que O indicam e nos dá a visão para olhar para eles?

*

COMENTÁRIO:

Vou repetir, como não poderia deixar de fazê-lo, neste sábado, dia 22 de setembro, com algumas poucas e muito pequenas alterações e acréscimos ou subtrações, o comentário feito para esta mesma lição nos dois últimos anos. 

Digo que não posso deixar de fazê-lo em função também do comentário feito à lição de ontem, no qual me vali do texto para salientar que não há nada no mundo, por mais real que nos pareça, que não passe de ilusão. Assim, na verdade, para nos curarmos e para, por extensão, curar o mundo é preciso que aprendamos a curar apenas e tão-somente nossa percepção equivocada, corrigindo-a com a ajuda do Espírito Santo. É isto que o Curso nos oferece nesta segunda parte do livro de exercícios. Então, aí vai:

Não há nada a temer [Lição 48]. Nestes tempos aparentemente conturbados que vivemos, em que todos - ou a maioria deles - os veículos de comunicação escolheram nos contar quase que apenas aquelas notícias que confirmam a ideia de - e reforçam a crença na - separação, e nos aconselham a ter medo até do vizinho ao lado, precisamos recorrer com frequência a esta lição. Ela figura, em meu modo de ver, entre as mais importantes do Curso, no que diz respeito à meta da primeira parte do livro de exercícios: o desaprender daquilo que o mundo nos ensina.

Há uma espécie de sintonia - e não poderia ser diferente - entre a ideia da lição 48 e esta que praticamos hoje. Pois, se prestamos atenção, perceberemos que, de fato, não há razão alguma para se temer nenhuma das pessoas que aparentemente povoam este nosso mundo. A ideia de hoje nos ensina a olhar para todos e para cada um e ver neles o nosso salvador. Todos têm a função de nossos "conselheiros visíveis". Seja qual for a forma com que se apresentem. Seja qual for a mensagem que nos tragam.

Se olharmos bem para cada uma das pessoas que se apresenta em nossa vida, seremos capazes de identificar nela o Filho de Deus, a menos que estejamos nos sentindo separados d'Ele, o que significa que não estamos experimentando o Ser em nós mesmos, que estamos apenas distraídos de nós mesmos.

E, mais uma vez, não há como não lembrar e deixar de voltar às falas do jagunço Riobaldo, do livro Grande Sertão: Veredas. Ouçam o que ele diz a certa altura:

"Pensar mal é fácil, porque esta vida é embrejada. A gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e desmisturar. A senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade."

Não é mesmo o caso de se buscar praticar com mais afinco?

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