terça-feira, 4 de setembro de 2012

Para fluir com a vida sem criar tensão nem dores


LIÇÃO 248

Qualquer coisa que sofra não faz parte de mim.

1. Eu rejeitei a verdade. Que eu seja agora igualmente honesto para rejeitar a falsidade. Qualquer coisa que sofra não faz parte de mim. Aquilo que se aflige não sou eu mesmo. Aquilo que sente dor é só uma ilusão em minha mente. Na realidade, aquilo que morre nunca viveu e apenas zomba da verdade acerca de mim mesmo. Agora renuncio auto-conceitos e enganos e mentiras a respeito do Filho santo de Deus. Agora estou pronto para aceitá-lo de volta como Deus o criou e como ele é.

2. Pai, meu antigo amor por Ti volta e me permite amar também Teu Filho novamente. Pai, eu sou como Tu me criaste. Agora Teu Amor, e meu próprio amor, é lembrado. Agora compreendo que eles são o mesmo.

*

COMENTÁRIO:

Nesta terça-feira, dia 4 de setembro, vou me valer em parte do comentário feito no ano passado, estendendo um pouco o raciocínio para ver se somos capazes de aprofundar a reflexão a respeito da ideia que o Curso oferece para as práticas.

Como eu disse, então, nossas práticas hoje são de uma ideia muito interessante, considerando-se a forma como o mundo nos ensina. Isto é, desde muito pequenos fomos, somos, ensinados que é preciso estudar muito, trabalhar muito, fazer muito sacrifício e suportar muito sofrimento para se chegar a algum lugar, para se obter algum sucesso na vida. Neste mundo.

E por que razão precisamos aprender isso? É, de fato, para se acreditar numa coisa dessas? E se houvesse outra forma de se chegar a algum lugar, de se alcançar o sucesso, que não envolvesse passar por qualquer tipo de sofrimento? Que não exigisse nenhum tipo de sacrifício? Ou que remetesse apenas às origens naturais e verdadeiras da palavra que vem de sacro, sagrado, (o)fício, isto é do fazer sagrado, que nada mais é do que nos voltarmos para a função que nos cabe neste mundo, a da salvação, que é viver no mundo a experiência da alegria completa e perfeita, a Vontade de Deus para nós?

Lembram-se de que nos dois últimos anos, ao comentar esta lição, separei algumas frases que fazem parte do repertório mais ou menos comum que recebemos de pessoas mais velhas, de professores, de pais, tios e avós, da sabedoria dita popular, ao longo de nossa jornada pela vida?

Ei-las aqui novamente para ilustrar as "sugestões" que recebemos de forma subliminar particular e de modo coletivo como modo de nos condicionarmos a aceitar a inevitabilidade do sofrimento: "O sofrimento é um mal necessário.", "Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto.", "No pain, no gain.", que poderia ser traduzida como "Sem dor, não há crescimento." E há mais, não há amor sem sofrimento. A recompensa do amor é o sofrimento... e tantas outras. Acho que seria um bom exercício garimpar estas frases, para varrê-las de nosso repertório.

Então, bem de acordo com o que nos ensina o Curso, e lembrando-nos de que "hipnose é sugestão aceita" ou "... é repetição, repetição, repetição", o que vocês acham que as frases que selecionei acima e outras, que ouvimos à exaustão, fazem com nossa mente? Ou o que vocês pensam que os publicitários têm em mente quanto produzem suas propagandas e as repetem milhares e milhares de vezes, repetindo a pergunta que fiz também nos dois últimos anos?

E repito uma vez mais a postagem de uma amiga no facebook que tem a ver com a ideia que praticamos hoje e diz o seguinte: "a única maneira de fluir com a vida, sem criar tensão, dores e sofrimentos (desnecessários), é aceitar tudo o que a vida nos dá, com profunda gratidão, pois tudo é como deve ser! Esta atitude, por si só, elimina qualquer sofrimento ou decepção..." Isto é estar inteiro e ter fé no amor infinito que cria a vida e que sempre conspira a nosso favor!

Assim, podemos aprender que tudo aquilo que sofre é apenas parte da ilusão do falso eu, o ego do Curso, com quem nos identificamos, mas que não é o que somos de verdade.Lembram-se do comentário de ontem em que Yogananda dizia que Deus não faz objeções a que rezemos a partir do ego, mas que isso dificulta a realização de nossos desejos? 

É só porque o ego, este falso eu que pensamos ser, acredita na separação, na carência, na escassez, na falta e em tudo o que nos separa de Deus, e do poder que é nossa herança de filhos. É daí que vem a necessidade das práticas. Para nos lembrarmos de nossa origem divina.

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