sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A razão por que vemos o(s) conflito(s) no mundo


LIÇÃO 34

Eu poderia ver paz em vez disso.

1. A ideia para hoje começa a descrever as condições que predominam no outro modo de ver. Paz de espírito é evidentemente uma questão interior. Ela tem de começar com teus próprios pensamentos e, então, se estender para fora. É de tua paz de espírito que surge uma percepção serena do mundo.

2.Pede-se três períodos mais longos de prática para os exercícios de hoje. Aconselha-se um pela manhã e um à noite, com um período adicional a ser empreendido no intervalo a qualquer momento que pareça o mais adequado à disposição. Todas as aplicações devem ser feitas de olhos fechados. É para teu mundo interior que as aplicações da ideia de hoje devem ser feitas.

3. Pede-se cerca de cinco minutos de exame mental para cada um dos períodos mais longos de prática. Examina tua mente em busca de pensamentos de medo, situações que provoquem ansiedade, pessoas ou acontecimentos "desagradáveis", ou qualquer outra coisa a respeito da qual nutras pensamentos não amorosos. Observa-os todos despreocupadamente, repetindo a ideia para hoje devagar enquanto os observas surgirem em tua mente e deixa que cada um seja substituído pelo seguinte.

4. Se começares a sentir dificuldade para pensar em sujeitos específicos, continua a repetir a ideia para ti mesmo de uma maneira calma, sem aplicá-la a nada em particular.Certifica-te, porém, de não fazer nenhuma exclusão específica.

5. As aplicações mais breves têm de ser frequentes e devem ser feitas sempre que sentires que tua paz de espírito está ameaçada de algum modo. O objetivo é o de te protegeres da tentação durante o dia inteiro. Se surgir uma forma específica de tentação em tua consciência, o exercício deve tomar esta forma:

Eu poderia ver paz nesta situação em vez do que vejo nela agora.

6. Se as invasões a tua paz de espírito tomarem a forma de emoções adversas mais genéricas, tais como depressão, ansiedade ou angústia, usa a ideia em sua forma original. Se achares que precisas de mais do que uma aplicação da ideia de hoje para te ajudar a mudar o modo de pensar em qualquer contexto específico, tenta reservar alguns minutos e dedicá-los à repetição da ideia até experimentares alguma sensação de alívio. Ela te será útil se disseres a ti mesmo especificamente:

Eu posso substituir minhas sensações de depressão,
ansiedade ou angústia [ou meus pensamentos
a respeito desta situação, pessoa ou acontecimento] pela paz.

*

COMENTÁRIO:

Vou manter para esta lição o comentário já feito anteriormente, fazendo apenas umas poucas modificações. Quem está acompanhando o blogue há algum tempo vai perceber o que continua a ser o mesmo e o que mudou. Pergunto de novo, então: Não lhes parece que é sempre melhor ver paz em lugar de qualquer conflito? Cabe, porém, perguntar por que razão vemos o conflito? É claro que todos os que estiverem acompanhando estas lições a trabalhando em suas práticas, serão capazes de responder que vemos o conflito porque ele está dentro de nós. Isto é, o que vemos fora é apenas uma projeção do que trazemos em nosso interior, se acreditamos no que nos diz a lição da última terça: Eu invento o mudo que vejo.

Ora, se eu invento o mundo que vejo, tudo o que existe nele, deve fazer parte de minha invenção, não é mesmo? De onde, pois, pode vir o conflito quando eu o vejo? E, se sou eu mesmo a criar o conflito, o que posso fazer para deixar de vê-lo e para substituí-lo pela paz?

É disto exatamente que tratam as práticas desta sexta-feira, dia 3 de fevereiro.

E talvez seja também interessante prestar mais atenção ao que pensamos, lembrando-nos ainda da lição de ontem: Existe outro modo de olhar para o mundo. Pois, se escolhermos [escolher aqui no sentido de tormar a decisão de], de fato, olhar para o mundo de modo diferente, sem dúvida será possível ver a paz no lugar do conflito.

Digo prestar atenção, por incrível que pareça a coincidência [vejam esta mesma lição no ano passado],  tendo em mente a leitura que fizemos na última terça no grupo de estudos. Uma leitura do capítulo 15 em cujo início o texto diz:

"Podes imaginar o que significa não ter cuidados, preocupações, ansiedades, mas apenas ser perfeitamente calmo e sereno o tempo todo? Mas é para isso que serve o tempo, para aprender só isso e nenhuma outra coisa." 


E é para isto que servem também nossas práticas. Por isso é necessário que nos certifiquemos a cada passo, se estamos fazendo o que o Curso nos pede que façamos. Só depois de cumpridas todas as instruções da forma como são dadas e que vamos poder dizer que ele funciona ou não funciona para nós.

Às práticas?

2 comentários:

  1. Moisés tentei achar a lição do ano passado e não consegui, mas independente disso, quero enviar para vocês um outro texto que recebi da Majô (amadíssima) e que é no mínimo "CHOCANTE"!.
    Depois quem quiser, por favor comente. Se não couber tudo aqui, enviarei em dois.
    Bjs

    DEUS SEGUNDO SPINOZA

    “Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças
    é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
    Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que
    Eu fiz para ti.

    Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo
    construíste e que acreditas ser a minha casa.
    Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas
    praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

    Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há
    algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse
    algo
    mau.
    O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu
    amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te
    fizeram crer.

    Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver
    comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de
    teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum
    livro!
    Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu
    trabalho?

    Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem
    me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

    Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu
    te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de
    necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar
    se respondes a algo que eu pus em ti?
    Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês
    que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não
    se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer
    isso?

    Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são
    artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em
    ti.

    Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A
    única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu
    estado de alerta seja teu guia.

    Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho,
    nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
    Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

    CONTINUA...

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  2. ...CONTINUAÇÃO

    Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há
    pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.
    Ninguém leva um registro.
    Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um
    inferno.
    Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar
    um conselho. Vive como se não o houvesse.
    Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de
    existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que
    te dei.
    E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
    comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te
    divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

    Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não
    quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
    Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua
    filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

    Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra e egoísta tu acreditas
    que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
    Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas
    relações, do mundo.
    Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Demonstra teu
    amor pelo que criei. Esse é o jeito de me louvar.

    Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te
    ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás
    vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de
    mais milagres?
    Para que tantas explicações?
    Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é
    que estou, batendo em ti.

    Baruch Spinoza.

    "As sábias palavras são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em
    Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos
    grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia
    Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de
    família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo
    bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século
    XVII.
    Continuam verdadeiras e atuais até a data de hoje."

    E ENTÃO, NÃO É CHOCANTE???

    Bjs a todos
    NINA

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