sábado, 25 de fevereiro de 2012

Não somos a ideia que temos de nós. Ela é ilusão.


LIÇÃO 56

Nossa revisão para o dia de hoje abrange o seguinte:

1. (26) Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade.

Como posso saber quem sou, se me vejo sob ataque constante? A dor, a doença, a perda, a idade e a morte parecem me ameaçar. Todas as minhas esperanças, e desejos e planos, parecem estar à mercê de um mundo que não posso controlar. No entanto, a segurança perfeita e a realização completa são minha herança. Eu tento entregar minha herança em troca do mundo que vejo. Mas Deus mantém minha herança a salvo para mim. Meus próprios pensamentos verdadeiros me ensinarão o que ela é.

2. (27) Acima de tudo, eu quero ver.

Reconhecendo que o que vejo reflete o que penso que sou, percebo claramente que a visão é minha maior necessidade. O mundo que vejo á a confirmação da natureza terrível da auto-imagem que criei. Se eu quiser me lembrar de quem eu sou, é essencial que eu abandone esta imagem de mim mesmo. Quando ela for substituída pela verdade, a visão certamente me será dada. E, com essa visão, olharei para o mundo e para mim mesmo com caridade e amor.

3. (28) Acima de tudo, quero ver as coisas de modo diferente.

O mundo que vejo mantém minha auto-imagem terrível no lugar e assegura sua continuidade. Enquanto eu vir o mundo tal como o vejo agora, a verdade não pode penetrar em minha consciência. Quero permitir que a porta por trás deste mundo seja aberta para mim, para eu poder olhar, adiante dela, para o mundo que reflete o Amor de Deus.

4. (29) Deus está em tudo o que vejo.

Por trás de cada imagem que faço, a verdade permanece inalterada. Por trás de cada véu com que cubro a face do amor, sua luz continua a ser radiante. Além de todos os meus desejos loucos está minha vontade, unida à Vontade de meu Pai. Deus ainda está em todos os lugares e em todas as coisas para sempre. E nós, que somos parte d'Ele, ainda olharemos para o que há além de todas as aparências e reconheceremos a verdade além de todas elas.

5. (30) Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente.

Em minha própria mente, por trás de todos os meus pensamentos loucos de separação e de ataque, existe o conhecimento de que tudo é um para sempre. Eu não perdi o conhecimento de Quem eu sou, porque me esqueci disso. Ele está guardado para mim na Mente de Deus, Que não abandona Seus Pensamentos. E eu, que estou entre eles, sou um com eles e um com Ele.

*

COMENTÁRIO:

Em geral, não nos damos conta de que nossos pensamentos, quando mal dirigidos, se voltam diretamente contra nós, ou melhor contra a ideia que fazemos de nós mesmos. Como o Curso diz, os pensamentos não podem deixar sua fonte e a mente não pode ser fragmentada ou dividida.  


Por isso é que, apesar de nos projetarmos e de nos percebermos separados uns dos outros e de Deus, tudo aquilo que pensamos e atribuímos ao(s) outro(s) não é nada senão aquilo que afirmamos a nosso próprio respeito - mais uma vez, é bom salientar, a respeito da ideia que temos de nós mesmos -, sem perceber isso de forma clara, a imensa maioria das vezes.. É aquilo que acreditamos a respeito daquela ideia que fazemos de nós mesmos e que não tem absolutamente nada a ver com o que, na verdade, somos.

Pensamos ver e nos esquecemos de que o que vemos é apenas uma imagem que se projeta de nós em mundo de ilusões a partir do que pensamos querer ver, do que escolhemos ver, mesmo quando não conscientes disso. É por isso que os pensamentos de ataque só podem ferir - e só ferem, ainda que num mundo ilusório - nossa própria invulnerabilidade. Ao acreditarmos que podemos atacar, afirmamos para nós mesmos que podemos ser atacados e, se podemos ser atacados, não podemos ser invulneráveis.

As ideias que revisamos neste sábado, dia 25 de fevereiro, oferecem os meios para nos libertarmos das crenças nas quais não é possível acreditar, dando-nos também uma orientação que pode nos trazer de volta à verdade a respeito do que somos, do que sempre fomos e sempre seremos na unidade com Deus. Para tanto, é preciso reconhecermos a necessidade da tomada de decisão. Para ver, é preciso, acima de tudo, querer ver. Assim, e por consequência, se o que vemos apenas nos afasta da alegria e da paz, é preciso que nos decidamos a ver de modo diferente. É esta decisão que vai permitir percebermos Deus em tudo o que vemos pois, ao tomá-la, reconhecemos que Deus não pode estar separado de nós, pois Ele está em nossa mente.

Não lhes parece o melhor dos mundos revisar tendo isso em mente?

Às práticas?


OBSERVAÇÃO: Apenas para registrar este comentário é praticamente o mesmo feito a esta lição no ano passado. Acrescentei uma coisinha aqui e outra ali, apenas na tentativa de ilustrar de forma mais clara o que me veio à cabeça quando disse o que disse então.



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