quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Que tal aprender a olhar o mundo de outro jeito?


LIÇÃO 33

Existe outro modo de olhar para o mundo.

1. A ideia de hoje é uma tentativa de reconhecer que podes mudar tua percepção do mundo, tanto em seu aspecto externo quanto no interno. Deve-se dedicar cinco minutos completos às aplicações da manhã e da noite. Nestes períodos de prática a ideia deve ser repetida tantas vezes quanto achares agradável, apesar de essencial que as aplicações sejam feitas sem pressa. Alterna entre o exame de tuas percepções externa e interna, mas sem uma sensação de mudança brusca.

2. Olha apenas casualmente o mundo que percebes como exterior a ti, em seguida, fecha os olhos e examina teus pensamentos interiores com a mesma casualidade. Tenta permanecer igualmente indiferente a ambos e manter este desapego enquanto repetes a idea ao longo do dia.

3. Os períodos mais breves de exercícios devem ser tão frequentes quanto possível. Aplicações específicas da ideia de hoje também devem ser feitas de imediato, quando surgir qualquer situação que te tente a ficar inquieto. Para estas aplicações, dize:

Existe outro modo de olhar para isto.

4. Lembra-te de aplicar a ideia de hoje no instante em que te conscientizares da angústia. Pode ser necessário reservar cerca de um minuto para te sentares tranquilamente e repetir a ideia para ti mesmo várias vezes. É provável que fechar os olhos ajude nesta forma de aplicação.

*

COMENTÁRIO:

Vou tomar a liberdade de repetir mais uma vez todo o comentário feito para esta mesma lição nos dois anos passados. E não é por preguiça de pensar em alguma coisa diferente para dizer, não. O que acontece é que relendo este comentário, continuo a achar que ele, de fato, permite que nos aproximemos da ideia com suficiente abertura para aprendermos um jeito diferente de questionar o mundo e tudo o que vemos nele, que é, afinal, tudo o que precisamos fazer em relação a tudo o que as nossas percepções nos oferecem a partir dos sentidos, vocês não acham?

Então, aí vai novamente:

A palavra modo, na ideia que praticamos neste dia 2 de fevereiro, traduz a palavra way, do original. E, a se pensar no momento em que as emoções de Bill Thetford explodiram na expressão "tem de haver outro jeito" [vejam o Prefácio do UCEM], o que, de certa forma, desencadeou para Helen e Bill o processo de escritura do Curso, a palavra mais indicada para se usar na tradução de way talvez fosse mesmo jeito e não modo, conforme a escolha de Lillian. Isso nos daria, então: "Existe outro jeito de olhar para o mundo".

Também em nossos relacionamentos, quando falamos com alguém a respeito do modo com que ele, ou ela, nos olha, não é mais comum dizermos "por que você está me olhando deste jeito?" do que, por exemplo, "Ai, não me olhe deste modo!"?

Modo, jeito, forma, maneira... existem muitas palavras diferentes para traduzir way, que também significa caminho, uma palavra que ocupa quase sempre muito mais do que uma página inteira de definições e sinônimos em qualquer dicionário.

De qualquer sorte, esta informação deve servir para, no mínimo, provocar um breve momento de reflexão acerca do quanto não sabemos. Para não nos arvorarmos em sabedores, conhecedores, autoridades em tais e tais questões, uma vez que sempre há um jeito diferente de se olhar para qualquer coisa. E não podemos, em condições normais, dar conta de todas as possibilidades.

Assim, nossa escolha em relação ao modo de olhar para o mundo deve recair naquele que nos põe em contato com a paz e a alegria perfeitas, aquele modo que nos impede de dar ouvidos - e de, assim, reforçá-la - à crença na separação que, de acordo com o ensinamento do Curso, é o único problema que precisamos resolver. Ou seja, por trás de todos os problemas que vemos está a crença na separação. É só ela que nos afasta daquilo que somos verdadeiramente, dos outros, da unidade e de Deus, em nós mesmos, nos outros e na unidade.

Que tal, então, seguir a orientação da lição de hoje e descobrir um novo modo de olhar para o mundo?


Às práticas?

5 comentários:

  1. Querido Moises!
    Vamos as praticas com certeza!!..
    Bjos amorosos

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    1. Pois é, Denise.

      Às práticas! É tudo o que precisamos.

      Obrigado por ficar conosco.

      Beijos.

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  2. Mouss
    Estou aqui a praticar e hoje já apliquei diversas vezes este novo olhar no trabalho para não entrar na vibração negativa que rolou por aqui.
    PS: Denise querida que bom que você conseguiu postar.
    Bjs
    Nina

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    1. Maravilha, Nina.

      Acho que é na prática mesmo das ideias que o Curso revela sua eficiência. Para não deixar que nos enganemos pelas sugestões do falso eu, que nos convida a reagir a quaisquer aparentes ameaças, que só existem por causa de sua crença na separação.

      Obrigado por compartilhar.

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  3. Que tal estender um pouco mais a reflexão?

    Um dos instrumentos mais eficazes do falso eu, a quem o Curso chama de ego, é o tempo. Melhor dizendo, a ideia que aprendeste a fazer e fazes do tempo. Quem - ou quantos - de nós acredita que pode mudar o mundo agora, neste instante, neste exato momento, aonde quer que esteja?

    Um, dois? Dá para se contar nos dedos de uma das mãos? E por quê? Imagino que seja porque o mundo aparentemente criado pelo falso eu ensina que causa e efeito estão separados e que muitas vezes é necessário a passagem de um longo período de tempo para que se possa perceber o efeito de uma tentativa de mudança. Não te parece assim?

    No entanto, para o Curso, o tempo serve apenas para aprenderes "a não ter cuidados, preocupações, ansiedades", para aprenderes a "ser perfeitamente calmo e sereno o tempo todo". Só para isso e nada mais.

    É para isso também que servem as práticas com a ideia de hoje. Para começares, como o livro diz, "a reconhecer que podes mudar tua percepção do mundo - [e por conseguinte o próprio mundo] -, tanto em seus aspectos externos quanto internos". Pois como já aprendeste [?], não há nada fora de ti.

    É por isso que, se ainda te restar alguma dúvida acerca do que és e do que podes fazer, se alguma situação, pessoa ou circunstância do - e no - mundo parecer te perturbar de alguma forma, o Curso aconselha:

    "Toma este mesmo instante, agora, e pensa nele como sendo tudo o que há do tempo. Nada pode te atingir aqui, fora do passado, e é aqui que és completamente absolvido, completamente livre e totalmente sem condenação. A partir deste instante em que a santidade renasceu, avançarás no tempo sem medo e sem nenhuma sensação de mudança com o tempo."

    Paz e bem!

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