quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Quem acredita que precisa do perdão de Deus?


LIÇÃO 46

Deus é o Amor no qual eu perdoo.

1. Deus não perdoa porque Ele nunca condena. E tem de haver condenação antes que o perdão seja necessário. O perdão é a grande necessidade deste mundo, mas isto porque ele é um mundo de ilusões. Aqueles que perdoam estão, deste modo, se liberando das ilusões, enquanto aqueles que negam o perdão estão se comprometendo com elas. Uma vez que só condenas a ti mesmo, tu também só perdoas a ti mesmo.

2. Contudo, embora Deus não perdoe, Seu Amor é, apesar de tudo, a base do perdão. O medo condena e o amor perdoa. Deste modo, o perdão desfaz o que o mundo produz, devolvendo a mente à consciência de Deus. Por esta razão, o perdão pode verdadeiramente ser chamado de salvação. É ele o meio pelo qual as ilusões desaparecem.

3. Os exercícios de hoje pedem, pelo menos, três períodos de cinco minutos completos e tantos períodos mais breves quantos possíveis. Começa os períodos de prática mais longos com a repetição da ideia para ti mesmo, como de costume. Fecha os olhos ao fazê-lo e passa um minuto ou dois examinando tua mente à procura daqueles a quem não perdoas. Não importa "o quanto" não os perdoas. Tu os perdoas inteiramente ou não os perdoas em absoluto.

4. Se estiveres fazendo bem os exercícios não deves ter nenhuma dificuldade para encontrar várias pessoas a quem não perdoas. Um critério seguro é o de que qualquer pessoa de quem não gostes é um sujeito adequado. Cita cada um pelo nome e dize:

Deus é o Amor no qual eu te perdoo, [nome].

5. O objetivo da primeira fase dos períodos de prática de hoje é te colocar em uma posição para perdoares a ti mesmo. Depois de aplicares a ideia a todos que te vieram à mente, dize a ti mesmo:

Deus é o Amor no qual eu me perdoo.

Em seguida, dedica o restante do período de prática a acrescentar ideias afins tais como:

Deus é o Amor com o qual amo a mim mesmo.
Deus é o Amor no qual sou abençoado.

6. A forma da aplicação pode variar consideravelmente, mas não se deve perder de vista a ideia central. Poderias dizer, por exemplo:

Eu não posso ser culpado porque sou um Filho de Deus.
Eu já estou perdoado.
Nenhum medo é possível em uma mente amada por Deus.
Não há nenhuma necessidade de atacar porque o amor me perdoa.

O período de prática deve terminar, porém, com uma repetição da ideia de hoje conforme sua declaração original.

7. Os períodos de prática mais breves podem consistir tanto em uma repetição da ideia na forma original quanto em uma forma afim, conforme preferires. Certifica-te, no entanto, de fazer aplicações mais específicas, se necessário. Elas serão necessárias a qualquer momento, durante o dia, em que ficares ciente de qualquer tipo de reação negativa a qualquer pessoa, presente ou não. Neste caso, dize-lhe em silêncio:

Deus é o Amor no qual eu te perdoo.

*

COMENTÁRIO:

A ideia que vamos praticar nesta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, pode, a princípio, dar a impressão de que há alguma coisa em nós que precisa ser perdoado por Deus, o que não é verdade. Logo no início do texto que propõe as práticas, porém, ele esclarece que "Deus não perdoa porque Ele não condena".


Daí o Curso ensinar que só posso perdoar a mim mesmo. Isto é, por mais que eu pretenda ser bonzinho e amoroso perdoando o(s) outro(s) por alguma coisa que penso que ele me fez, na verdade a única coisa que precisa perdão e correção é minha percepção equivocada que julgou um filho de Deus capaz de fazer alguma coisa que me prejudicasse ou que prejudicasse a quem quer que seja. 


Se vocês estiverem bem lembrados, o exercício do ho'oponopono [palavra havaiana cujo significado é idêntico ao de Expiação, do UCEM, isto é, desfazer o erro] pede que usemos aquelas quatro frases mínimas: Sinto muito! Me perdoa, por favor! Obrigado! Eu te amo!, não como uma oração, nem como um pedido ou uma oferenda a Deus, à divindade. Não! Tudo o que ele quer é trazer a nossa lembrança, a nossa consciência, o espírito divino que é nossa verdadeira identidade. E, assim, possibilitar a mudança de nossa percepção equivocada.


Precisamos também nos lembrar de que a possibilidade de condenação, de nós mesmos ou do(s) outro(s), está estreitamente ligada ao tempo, criação do falso eu, ou ego, para o Curso. Porque só podemos nos condenar ou condenar alguém por alguma coisa que ele fez no passado ou projetar a condenação para o futuro e nem o passado, nem o futuro existem de fato.


É por isso que as práticas, além de buscarem nos fazer desaprender o que o mundo nos ensinou e continua a ensinar, são um instrumento essencial para nos devolver ao presente, o único tempo que existe na verdade. Um tempo em que não é possível nem perdoar nem condenar, porque nele estamos ligados diretamente ao espírito, ao divino, a Deus e a nossa verdadeira identidade.

Às práticas, pois! Não acham?






Um comentário:

  1. Olá Moisa
    Êta liçãozinha "porreta", esta, não?
    M A R A V I L H O S A !!!
    Sigo firme praticando...
    Obrigada
    Bjs

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