segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os desejos são reflexos do anseio pela volta ao lar


LIÇÃO 37

Minha santidade abençoa o mundo.

1. Esta ideia contém o primeiro vislumbre de tua função verdadeira no mundo, ou da razão pela qual estás aqui. Teu propósito é ver o mundo por meio de tua própria santidade. Deste modo, tu e o mundo são abençoados ao mesmo tempo. Ninguém perde; não se tira nada de ninguém; todos ganham por meio de tua visão santa. Ele significa o fim do sacrifício porque oferece a todos seu direito integral. E cada um tem direito a todas as coisas porque elas são seu direito como um Filho de Deus.

2. Não existe nenhuma outra maneira que possa eliminar a ideia de sacrifício do modo de pensar do mundo. Qualquer outro modo de ver exigirá pagamento de alguém ou de alguma coisa inevitavelmente. Como consequência, aquele que percebe perderá. E nem sequer terá ideia do motivo pelo qual perde. Contudo sua integridade lhe é devolvida à consciência por meio de tua visão. Tua santidade o abençoa por não lhe pedir nada. Aqueles que se veem íntegros não fazem nenhuma exigência.

3. Tua santidade é a salvação do mundo. Ela te permite ensinar ao mundo que ele é um contigo, não por meio de sermão, nem por lhe dizeres qualquer coisa, mas simplesmente por teu reconhecimento sereno de que em tua santidade todas as coisas são abençoadas junto contigo.

4. Os quatro períodos mais longos de exercícios de hoje, que devem envolver de três a cinco minutos de prática, começam com a repetição da ideia para hoje, seguida de mais ou menos um minuto no qual olhas ao teu redor enquanto aplicas a ideia a qualquer coisa que vejas:

Minha santidade abençoa esta cadeira.
Minha santidade abençoa aquela janela.
Minha santidade abençoa este corpo.

Em seguida, fecha os olhos e aplica a ideia a qualquer pessoa que te ocorrer, usando o nome dela e dizendo:

Minha santidade te abençoa, [nome].

5. Podes continuar o período de prática de olhos fechados; podes abrir os olhos novamente e aplicar a ideia para hoje ao teu mundo exterior se assim desejares; podes alternar entre a aplicação da ideia ao que vês a tua volta e àquilo que está em teus pensamentos; ou podes utilizar qualquer combinação destas duas fases da aplicação que preferires. Os períodos de prática devem ser concluídos com uma repetição da ideia de olhos fechados e outra, imediatamente em seguida, de olhos abertos.

6. Os exercícios mais breves consistem em repetir a ideia tantas vezes quanto puderes. É particularmente útil aplicá-la em silêncio a qualquer um que encontrares, usando seu nome ao fazê-lo. É essencial usar a ideia se alguém parecer te causar uma reação hostil. Oferece-lhe imediatamente a bênção de tua santidade, a fim de que possas aprender a mantê-la em tua própria consciência.

*

COMENTÁRIO:

Para aproveitar a ideia desta segunda-feira, dia 6 de fevereiro, que nos convida a praticar a partir da santidade em nós, vou repetir o comentário feito a esta lição no ano passado. Um comentário que se baseava em um livreto que recebi de um amigo via internet que se revelou extremamente interessante. Para quem não está lembrado e não quer voltar ao comentário anterior, o livro se chama The Open Secret, que em tradução livre pode ser O Segredo Evidente, e é de autoria de Tony Parsons.

Vejam o que ele diz para começar:

"A natureza da liberação é direta, simples e tão natural quanto respirar. Muitos cruzarão com ela e rapidamente voltarão a se misturar àquilo que pensam poder conhecer ou fazer. Mas existem aqueles para os quais o convite encontrará eco ... eles verão subitamente e estarão prontos para abandonar toda busca, mesmo daquilo a que chamam iluminação."

 - E o que isso tem a ver com ideia para nossas práticas de hoje? - vocês podem muito bem se perguntar, uma vez que o Curso é um dos caminhos que trilhamos nesta busca que Tony Parsons diz que alguns vão abandonar tão logo cruzem com a liberação e aceitem seu convite.

Bem, eu acho que o Curso, a prática diária principalmente, é um convite que alguns de nós aceitam e outros não. Porque preferem voltar ao que lhes é conhecido e que pensam ser a única coisa que sabem fazer a fazerem qualquer esforço na direção de um autoconhecimento que não sabem onde vai dar. Acostumados que estão a viverem fora de si mesmos. Acostumados à crença em uma separação que nunca existiu, não existe, nem nunca existirá.

Como já disse outras vezes, com base no ensinamento do Curso e também com base em muitos autores diferentes, todos os nosso problemas, que o Curso diz ser um só, advêm da crença na separação, o que nos leva a buscar alguma coisa que nunca perdemos: a santidade original, que envolve todas as coisas que vemos e que é a única coisa que pode nos devolver a alegria natural e a paz, nosso direito natural de filhos de Deus. Ou ainda, como diz Tony Parsons em seu texto, iluminação, liberação, completude, liberdade ou unidade.

E mais um trechinho do início de seu livro:

"... eu já sou aquilo que busco. O que quer que seja que busque ou pense querer, por maior que seja a lista de compras, todos os meus desejos são apenas um reflexo de meu anseio de voltar para casa. E casa é unidade, casa é minha natureza original. Ela está aqui, simplesmente no que existe. Não há nenhum outro lugar para o qual eu tenha de ir, e nada mais que eu tenha de me tornar."

Uma última frase: "a iluminação só se torna disponível quando se aceita que ela não pode ser alcançada".

Abençoemos, pois, o mundo, o que pensamos ser e o que somos, mesmo que não entendamos a diferença. As práticas podem, de fato, mudar nossa percepção a respeito de nós mesmos, isto é, a respeito da imagem que construímos de nós mesmos equivocados pela crença na separação.

2 comentários:

  1. Bom dia, Moisés!

    Hoje não sei porque, não abriu o meu login para o comentário. Como
    você deu esta porta, aqui estou a utilizá-la.
    Obrigada mais uma vez pelas manifestações relativas a lição de hoje
    que tanto me identifiquei.
    obrigada por compartilhar esta nossa busca diária.
    Boa semana a todos, Isolda

    Para publicar vale as correções necessárias ao meu pobre portugues. Bjs

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    1. Eu é que agradeço, Isolda.

      Para quem não sabe, a porta de que ela fala é o fato de eu ter oferecido a possibilidade de postar os comentários de algumas pessoas que não estão conseguindo fazê-los diretamente no blogue, por razões que fogem ao nosso entendimento.

      Eis, pois, aí o primeiro comentário feito deste modo.

      Obrigado por compartilhar, Isolda.

      Beijos.

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