domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fixar até nos ossos, no DNA, um novo modo de ver.


LIÇÃO 57

Hoje vamos revisar estas ideias:

1. (31) Eu não sou [a] vítima do mundo que vejo.

Como posso ser vítima de um mundo que pode ser completamente desfeito, se eu escolher fazê-lo? Minhas correntes estão soltas. Posso me livrar delas simplemente por desejar fazê-lo. A porta da prisão está aberta. Posso abandoná-la simplesmente caminhando para fora dela. Nada me prende a este mundo. Só meu desejo de ficar me mantém prisioneiro. Quero desistir de meus desejo loucos e caminhar, enfim, na direção da luz do sol.

2. (32) Eu invento o mundo que vejo.

Eu inventei a prisão na qual me vejo. Tudo o que preciso fazer é reconhecer isto e estou livre. Eu me engano ao acreditar que é possível aprisionar o Filho de Deus. Fui cruelmente enganado nesta crença, que não quero mais. O Filho de Deus tem de ser livre para sempre. Ele é tal como Deus o criou, e não o que quero fazer dele. Ele está aonde Deus quer que ele esteja, e não aonde eu imaginava mantê-lo.

3. (33) Existe outro modo de olhar para o mundo.

Uma vez que a finalidade do mundo não é aquela que atribuí a ele, tem de haver outro modo de olhar para ele. Eu vejo tudo de cabeça para baixo e meus pensamentos são o contrário da verdade. Eu vejo o mundo como uma prisão para o Filho de Deus. A verdade, então, tem de ser que o mundo realmente é um lugar no qual ele pode ser libertado. Quero olhar para o mundo como ele é, e vê-lo como um lugar onde o Filho de Deus encontra sua liberdade.

4. (34) Eu poderia ver paz em vez disto.

Quando eu vir o mundo como um lugar de liberdade, perceberei claramente que ele reflete as leis de Deus em lugar das regras que inventei para ele obedecer. Compreenderei que a paz, não a guerra, habita nele. E perceberei que a paz também habita nos corações de todos aqueles que compartilham este lugar comigo.

5. (35) Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou absolutamente santo.

Quando compartilho a paz do mundo com meus irmãos, começo a compreender que esta paz nasce do fundo de mim mesmo. O mundo para o qual olho adquire a luz do meu perdão e me devolve o brilho do perdão. Nesta luz eu começo a ver aquilo que minhas ilusões a meu próprio respeito mantinham escondido. Começo a compreender a santidade de todas as coisas vivas, incluindo a mim mesmo, e a unidade delas comigo.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 26 de fevereiro, já nos aproximamos das últimas lições que põem fim ao nosso período de revisão, o primeiro de vários. Espero que este período tenha sido proveitoso para todos os que acompanham estas lições neste espaço e que a revisão tenha servido para fixar na consciência, melhor dizendo até, nos ossos, no DNA de cada um de nós, as ideias que vão nos ajudar a abandonar os ensinamentos do mundo, do sistema de pensamento do ego, o falso eu, [que é a ideia que fazemos de nós mesmos separados do que somos, na verdade], substituindo-os pela forma de ver do Espírito Santo.

As ideias que revisamos hoje são particularmente apropriadas a este fim, uma vez que elas podem nos liberar - e, de fato, liberam, quando e se praticadas da forma que o Curso orienta - da crença de que podemos de alguma forma ser vítimas de um mundo cruel e vingativo, de um deus cruel e castigador, que só existe na ilusão do sistema de pensamento do ego, baseado no medo.

Por outro lado, as ideias das práticas deste domingo também nos informam que somos nós que inventamos o mundo a cada pensamento, a cada instante, e que existe outra forma de olhar para ele. Uma forma que pode nos fazer ver paz em lugar de todo o caos que aparentemente reina no mundo visto pelos olhos do ego, que só pode ser ilusório.

Para tanto, basta que nos voltemos para o interior de nós mesmos, buscando ver a luz que está aí, aquietando-nos e aquietando nossa mente para descobrir que ela é parte da Mente de Deus. É isso pode, e vai, nos devolver à santidade*, que é nossa condição original de Filhos de Deus.

Isso não lhes parece motivo suficiente para nos dedicarmos às práticas de coração e mente abertos, como perguntei também no ano passado?


* NOTA: A santidade a que me refiro não é aquela que fomos acostumados a acreditar. Vejam, por favor, em outras postagens o que já falei várias vezes a este respeito. Acho que fica mais fácil no box da pesquisa relacionar a palavra santidade a Roberto Crema e o livro Normose.



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