terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Abandonar toda e qualquer lembrança do passado


LIÇÃO 52

A revisão de hoje abrange estas ideias:

1. (6) Eu estou transtornado porque vejo o que não existe.

A realidade nunca é assustadora. É impossível que ela possa me transtornar. A realidade só traz a paz perfeita. Quando estou transtornado, é sempre porque substituí a realidade por ilusões que inventei. As ilusões são perturbadoras porque lhes dou realidade e, deste modo, considero a realidade uma ilusão. Nada na criação de Deus, de nenhuma forma, se deixa abalar por esta minha confusão. Eu sempre estou transtornado por nada.

2. (7) Eu só vejo o passado.

Ao olhar a minha volta, condeno o mundo para o qual eu olho. Chamo a isto de ver. Utilizo o passado contra todos e contra tudo, transformando-os em meus inimigos. Quando eu me perdoar e me lembrar de Quem sou, abençoarei a todos e a tudo o que vir. Não haverá passado e, por isso, nenhum inimigo. E olharei com amor para tudo o que deixei de ver antes.

3. (8) Minha mente está preocupada com pensamentos passados.

Eu só vejo meus próprios pensamentos e minha mente está preocupada com o passado. O que, então, posso ver tal como é? Que eu me lembre de que olho para o passado a fim de impedir que o presente desponte em minha mente. Que eu compreenda que estou tentando usar o tempo contra Deus. Que eu aprenda a entregar o passado, percebendo claramente que, ao fazê-lo, não estou desistindo de nada.

4. (9) Eu não vejo nada tal como é agora.

Se eu não vejo nada tal como é agora, pode-se verdadeiramente dizer que não vejo nada. Eu só posso ver o que existe agora. A escolha não está entre ver o passado ou o presente; a escolha está simplesmente entre ver ou não. Aquilo que escolhi ver me custou a visão. Agora quero escolher outra vez a fim de poder ver.

5. (10) Meus pensamentos não significam coisa alguma.

Eu não tenho nenhum pensamento privado. No entanto, é apenas de pensamentos privados de que estou ciente. O que estes pensamentos podem significar? Eles não existem e, por isso, não significam nada. Contudo, minha mente é parte da criação e parte de seu Criador. Será que eu não prefiro me unir ao modo de pensar do universo a esconder tudo o que, de fato, é meu com meus pensamentos "privados" lamentáveis e sem significado?

*

COMENTÁRIO:

Nesta terça-feira, dia 21 de fevereiro, o segundo dia de práticas de revisão, volto a lhes perguntar. Não lhes parece ser a primeira vez que estas ideias para as práticas lhes/nos são apresentadas? Como confiar na memória, então? Como acreditar naquilo que vivi/vivemos há muitos anos baseados apenas na impressão que ficou gravada em nossa mente e que passou a fazer parte das lembranças que temos?

Não é mais simples e mais verdadeiro, talvez, abandonar toda e qualquer lembrança que temos do passado e aprender a olhar para tudo e para todos com olhos inocentes, capazes de ver tudo e todos como se fosse a primeira vez? Como seria então o mundo? Ele não estaria livre para se mostrar em toda sua beleza, em toda sua realidade? Ele não seria, então, ilimitado, pois livre de quaisquer conceitos ou pré-conceitos que poderíamos ter?

Creio que todas e cada uma das ideias que praticamos hoje, de algum modo particular, abrem diante de nossos olhos a possibilidade de olharmos para o mundo de forma diferente. De olharmos para nós mesmos, para todos e tudo de forma diferente. Abandonando-nos ao presente, à certeza de que não sabemos nada e de que não há nada que precisemos aprender quando nos rendemos ao espírito, ao divino em nós.

Às práticas?

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