quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O único problema a resolver é a crença na separação


LIÇÃO 53

Hoje revisaremos o seguinte:

1. (11) Meus pensamentos sem significado me mostram um mundo sem significado.

Já que os pensamentos dos quais estou ciente não significam nada, o mundo que os retrata não pode ter nenhum significado. O que produz este mundo é insano e o que ele produz também é. A realidade não é insana e eu tenho tanto pensamentos reais quanto pensamentos insanos. Por isso eu posso ver um mundo real, se confiar em meus pensamentos reais como guia para a visão.

2. (12) Eu estou transtornado porque vejo um mundo sem significado.

Pensamentos loucos são perturbadores. Ele produzem um mundo no qual não há nenhuma ordem em lugar algum. Somente o caos governa um mundo que representa um modo de pensar caótico, e o caos não tem nenhuma lei. Não posso viver em paz em tal mundo. Eu me sinto grato porque este mundo não é verdadeiro e porque não preciso vê-lo a menos que escolha dar valor a ele. E não escolho dar valor àquilo que é totalmente insano e não tem nenhum significado.

3. (13) Um mundo sem significado gera medo.

O totalmente insano gera medo porque é completamente inseguro e não oferece nenhuma base para a confiança. Nada é seguro na loucura. Ela não oferece nenhuma segurança e nenhuma esperança. Mas tal mundo não é verdadeiro. Eu lhe dou a ilusão de realidade e sofro em função da minha crença nele. Agora escolho retirar esta crença e colocar minha confiança na realidade. Ao escolher isto, escaparei dos efeitos do mundo de medo, porque estou reconhecendo que ele não existe.

4. (14) Deus não criou um mundo sem significado.

Como pode existir um mundo sem significado, se Deus não o criou? Ele é a Fonte de todo o significado e tudo o que é verdadeiro está na Mente d'Ele. Está em minha mente também, porque Ele o criou comigo. Por que eu deveria continuar a sofrer os efeitos de meus próprios pensamentos insanos, se meu lar é a perfeição da criação? Que eu me lembre do poder de minha decisão e reconheça o lugar onde, de fato, habito.

5. (15) Meus pensamentos são imagens que faço.

Tudo o que vejo reflete meus pensamentos. São meus pensamentos que me dizem onde estou e o que sou. O fato de eu ver um mundo no qual o sofrimento, a perda e a morte existem me mostram que estou vendo apenas a respresentação de meus pensamentos insanos e que não estou permitindo que meus pensamentos verdadeiros distribuam sua luz generosa sobre o que vejo. O caminho de Deus é seguro, porém. As imagens que faço não podem predominar sobre Ele, porque não é minha vontade que o façam. Minha vontade é a d'Ele e não colocarei outros deuses diante d'Ele.

*

COMENTÁRIO:

Como eu disse também no ano passado, o ponto central do equívoco do sistema de pensamento do ego, que é o único problema que precisamos resolver, de acordo com o ensinamento do UCEM, é a crença na separação. É dela que advêm toda a miríade de pretensos problemas que pensamos ter de enfrentar ao longo da vida. Muitas vezes acreditando até que necessário viver mais de uma vida para resolver todos os problemas que precisamos resolver.

Nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, terceiro dia de práticas de revisão, as ideias que vamos revisar mostram que é também a partir da crença na separação que imaginamos ser possível que Deus tenha criado este mundo em que pensamos viver. Como afirma uma das ideias: Deus não criou um mundo sem significado. Isto quer dizer que, conforme já aprendemos, a responsabilidade pela falta de significado do mundo é nossa. E também cabe a nós a responsabilidade pelo significado que damos a ele.

Estamos meio que numa "sinuca de bico", como se diz popularmente. A ideia é "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Na verdade, todo o transtorno que aparentemente é viver neste mundo se deve apenas ao apego às imagens que fazemos dele e nele, a partir dos nosso pensamentos, de acordo com outra das ideias que revisamos hoje.

Na verdade, vamos aprender e compreender, quando nos abrirmos de vez ao ensinamento, que não existe mundo. Que não há nada fora de nós. E que tudo o que é preciso mudar, se é que é preciso mudar alguma coisa, tem de ser mudado apenas dentro de nós mesmos.

Às práticas, pois. Lembrem-se, por favor, das orientações dadas para as práticas neste período na introdução à revisão.

2 comentários:

  1. Moisa, super long time sem postar!! Mas sempre passo aqui, e leio seus comentarios. Tenho feito minhas licoes a noite, o q nao e tao bom pq nao tenho tempo de praticar durante o dia!
    Tive uma crise durante o carnaval, me questionando o pq de morar tao longe de um lugar q tanto amo q e o BR. Mas e isso, as coisas tem q mudar dentro de mim, ou seja, o BR continua dentro de mim, mas a crenca na separacao nos deixa cegos.
    Beijos

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    1. Olá, querida. Pois é, não é? Há quanto tempo.

      A respeito de sua crise, gostaria só de comentar o quanto considero importante as práticas para mudar nossa percepção. E só mudando o modo de ver, de perceber, o mundo e as coisas do mundo que vamos ser capazes de acreditar que, conforme o Curso ensina, uma vez que tudo o que experimentamos é sempre resultado de uma escolha que fizemos/fazemos, "tudo está sempre certo exatamente do jeito que está".

      Se algo nos incomoda é nosso modo de olhar que precisa mudar. Em qualquer situação, em qualquer circunstância, em relação a qualquer coisa ou pessoa.

      Estou lendo [e adorando a leitura] um livro antigo de Alan Watts, a respeito do Zen, de onde quero destacar a seguinte expressão, frase, ou dito para que você pense a respeito conosco, que certamente precisamos pensar muito a respeito disso também.

      É o seguinte, a certa altura, falando da dualidade de nossa forma de pensar, ele diz que: "... a medida do valor e do sucesso em termos de tempo [ou de lugar], e a nossa exigência constante por certezas de um possível futuro, tornam impossível viver livremente tanto no presente quanto no 'possível futuro', quando ele chegar. Pois não existe nada a não ser o presente e se alguém não consegue viver aí não consegue viver em lugar nenhum".

      Obrigado por comentar, por compartilhar conosco e por permanecer aqui.

      Beijos.

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