quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A tarefa a cumprir é superar o conhecimento sensível

LIÇÃO 342

Deixo o perdão se estender sobre todas as coisas,
Pois deste modo o perdão me será dado.

1. Eu Te agradeço, Pai, por Teu plano para me salvar do inferno que fiz. Ele não é real. E Tu me dás o meio de provar a irrealidade dele. A chave está em minha mão, e eu alcanço a porta além da qual está o fim dos sonhos. Estou diante do portão do Céu e me pergunto se devo entrar e ficar à vontade. Não me deixes esperar novamente hoje. Permite que eu perdoe todas as coisas e deixe a criação ser tal qual Tu queres que ela seja e tal como ela é. Permite que eu me lembre de que sou Teu Filho e, abrindo a porta, esqueça as ilusões na luz replandecente da verdade, enquanto a memória de Ti volta a mim.

2. Irmão, perdoa-me agora. Venho a ti para te levar para casa comigo. E, do mesmo modo que vamos, o mundo vai conosco em nosso caminho para Deus.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quinta-feira, dia 8 de dezembro, a ideia que vamos praticar nos mostra de que forma escolher o Céu, ou como tomar a decisão pelo Céu, conforme nos ensinava uma lição anterior: O Céu é a decisão que tenho de tomar


E, ao dizer isto, lembro-me de que há alguns dias, a partir da leitura de uma parte do texto do livro que leio no momento, me veio à mente o seguinte pensamento, ou pequena reflexão que gostaria de dividir com vocês, para estender e facilitar, quem sabe, o entendimento da ideia que o Curso nos oferece hoje:


Um de nossos grandes equívocos em nosso aparente estar-no-mundo é pensar que o Céu está reservado apenas a poucos de nós. Não! O Céu é direito de todos. É herança de todos. E é, de fato, onde todos estamos, na unidade de que fazemos parte em e com Deus.


O Céu na terra, ou o que o Curso chama de "o sonho feliz", talvez não seja para todos, porque o falso eu é enganador e empurra a muitos de nós na direção de uma separação que, de verdade, não há. Quando cedemos a ele e a seus apelos perdemo-nos no mundo. Por apego a coisas que não têm valor. Por acreditar que o percebido com os sentidos existe "de se pegar". Ou por nos esquecermos de que, conforme dizia Heráclito, "o conhecimento sensível [no sentido de aparente, do que é percebido pelos sentidos] é enganador e deve ser superado pela razão".


Eis aí, a nossa frente, a tarefa que nos cabe cumprir: superar o conhecimento sensível, uma vez que a lógica do sistema de pensamento mundano está irremediavelmente atrelada ao mundano, ao ilusório e ao passageiro. As práticas buscam nos levar, além da ilusão, ao conhecimento de nós mesmos, como forma de nos levar ao conhecimento de Deus.

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