sábado, 10 de dezembro de 2011

É a ilusão de um mundo que esconde o Céu de nós

LIÇÃO 344

Hoje aprendo a lei do amor; aquilo que
Dou a meu irmão é minha dádiva para mim.

1. Esta é Tua lei, meu Pai, não minha própria lei. Eu não compreendo o que significa dar e pensei em guardar aquilo que eu desejava só para mim. E, ao olhar para o tesouro que pensava ter, descobri um espaço vazio no qual nunca existiu, existe ou existirá nada. Quem pode compartilhar um sonho? E o que a ilusão pode me oferecer? Aquele a quem perdoo, porém, me oferecerá dádivas muito mais valiosas do que qualquer coisa na terra. Deixa que meus irmãos perdoados encham minhas reservas com os tesouros do Céu, os únicos que são reais. Deste modo se cumpre a lei do amor. E, deste modo, Teu Filho surge e volta para Ti.

2. Quão próximo estamos um do outro, quando andamos na direção de Deus. Quão próximo Ele está de nós. Quão próximos o fim dos sonhos de pecado e a redenção do Filho de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Abordando do mesmo modo, com palavras diferentes, o que eu disse no ano passado a respeito da ideia para as práticas deste sábado, dia 10 de dezembro, tudo o que se disser a respeito dela já está contido na própria lição. Da mesma forma, a ideia que praticamos hoje também já foi abordada de outras maneiras em muitas das lições que praticamos antes. 


Vejamos, pois, algumas delas, repetindo para reforçar o aprendizado. Lembram-se da lição que diz: Tudo o que dou é dado a mim mesmo? E de outra que dizia: Só meus próprios pensamentos em ferem? Ou ainda: O perdão é minha função para a a salvação do mundo?

E há mais. Repetindo. Eu não compreendo nada do que vejo. Eu não sei para que serve coisa alguma. As coisas que vejo não têm nenhum significado ou valor a não ser o que eu mesmo dou a elas. Toda esta viagem que aparentemente fazemos neste mundo só pode nos levar a um ponto: a nós mesmos. É este o significado de auto-conhecimento. E é isto que o Curso se propõe a nos ensinar. É na direção do conhecimento de nós mesmos que ele nos orienta. Pois como ele mesmo diz não há nada fora de nós.

Assim, resta-nos a decisão de praticar. A decisão de chegar ao auto-conhecimento. Pois não precisamos fazer nada a não ser tomar a decisão de voltar ao Céu, de onde nunca saímos. Isto é, na verdade, tomar a decisão de trazer novamente o Céu a nossa consciência. Pois é no Céu que vivemos o tempo todo. Mesmo quando não temos consciência disso. É apenas a ilusão de um mundo que esconde o Céu de nossa consciência, como eu disse também no ano passado. 

2 comentários:

  1. Olá Moisés.
    Há dias quando navegava na net encontrei as citação:
    "The world is an illusion, but you have to act as if it's real." (Krishna)
    Embora o curso ensine que estamos em casa em Deus, sonhando com o exílio, o que os nossos sentidos nos mostram é que vivemos num mundo hostil, repleto de perigos e ameaças e, como dizia Krishna, temos que reagir ao mundo como se esta fosse a realidade. Por isso muitas vezes quando tento viver os ensinamentos de UCEM penso que estou a entrar em negação, como se a tentar escapar à "realidade". Como é que o Moisés lida com esta questão?

    Namasté, Jorge

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  2. É verdade, Jorge.

    Acho que, por mais que digamos entender que o mundo é ilusão, nem mesmo intelectualmente chegamos a entender mesmo de que se trata a ilusão.

    Estamos, de certa forma, presos à teia de que precisamos nos soltar. Ou como disse Einstein uma vez, não é possível solucionar um problema pensando-se nele no mesmo nível em que ele está posto. É preciso que se vá a outro nível. Ou como se diz que Jesus disse: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

    Penso que é perfeitamente possível viver e agir no mundo "da ilusão" como se ele fosse real, sem entrar na negação, simplesmente aceitando a orientação do Curso, que nos convida a perdoar o mundo.

    Na verdade, o que precisamos perdoar é apenas nossa percepção, que nos mostra um mundo "hostil, repleto de perigos e ameaças". Sem negá-lo, mas entendendo que ele não é real, é possível agir amorosamente como se ele fosse, permitindo que cada um viva a ilusão da forma que escolheu.

    Responde?

    Abraços. Obrigado por compartilhar.

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