quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Somos inocentes desde sempre até a eternidade


13. O que é um milagre?

1. Um milagre é uma correção. Ele não cria e nem muda verdadeiramente em absoluto. Ele apenas olha para a catástrofe e lembra à mente que o que ela vê é falso. Ele desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem suplantar a função do perdão. Deste modo, ele permanece nos limites do tempo. Não obstante, ele abra caminho para a volta da intemporalidade e para o despertar do amor, pois o medo tem de desaparecer sob o efeito da solução benéfica que ele traz.

2. Um milagre contém a dádiva da graça, pois é dado e recebido como único. E, desta forma, põe bem à mostra a lei da verdade a que o mundo não obedece, porque deixa de entender por completo os caminhos dela. Um milagre inverte a percepção que estava de cabeça para baixo anteriormente e, desta maneira, põe termo às estranhas distorções que eram evidentes. Com isto a percepção fica aberta à verdade. Com isto vê-se o perdão como justificado.

3. O perdão é o lar dos milagres. Os olhos de Cristo os entregam a todos que eles olham com misericórdia e amor. A percepção permanece correta na visão d'Ele e aquilo cuja finalidade era amaldiçoar vem para abençoar. Cada lírio de perdão oferece o milagre silencioso do amor ao mundo inteiro. E cada um é depositado diante da Palavra de Deus, sobre o altar universal ao Criador e à criação, na luz da pureza perfeita e da alegria infinita.

4. Aceita-se o milagre primeiro com base na fé, porque pedí-lo indica que a mente está pronta para compreender aquilo que ela não pode ver e não entende. Mas a fé trará suas evidências para demonstrar que aquilo em que se baseava de fato existe. E, assim, o milagre justificará tua fé nele e demonstrará que se baseava em um mundo mais verdadeiro do que aquele que vias antes; um mundo livre daquilo que pensavas existir.

5. Milagres caem do Céu como gotas de chuva reparadora sobre um mundo árido e empoeirado, a que criaturas famintas e sedentas vêm para morrer. Agora elas têm água. Agora o mundo tem vida. E os sinais de vida brotam em todos os lugares, para demonstrar que aquilo que nasce não pode morrer jamais, pois aquilo que tem vida é imortal.

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LIÇÃO 341

Só posso atacar minha própria inocência,
E é apenas isso que me mantém a salvo.

1. Pai, Teu Filho é santo. Eu sou aquele a quem Tu sorris com amor e com ternura tão serenos, e profundos e tranquilos, que o universo sorri de volta para Ti e compartilha Tua Santidade. Quão puros, quão seguros, quão santos, então, somos nós, morando no Teu Sorriso, com todo o Teu Amor concedido a nós, vivendo em unidade Contigo, em fraternidade e Paternidade totais; em inocência tão perfeita que o Senhor da Inocência pensa em nós como Seus Filhos, um universo de Pensamento que O completa.

2. Não vamos, então, atacar nossa inocência, pois ela contém da Palavra de Deus para nós. E estamos salvos em seu reflexo benigno.

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COMENTÁRIO:

Nesta quarta-feira, dia 7 de dezembro, vamos receber a décima-terceira instrução especial [O que é um milagre?], que vai orientar e dar unidade às lições e ideias para as práticas dos próximos dez dias. É, conforme o Curso recomenda, útil e proveitoso que nos lembremos de voltar a ela pelo menos uma vez a cada dia, antes das práticas.

A  primeira das lições com esta instrução nos oferece de volta a inocência, a condição natural do Filho de Deus, que nunca se perdeu nem nunca foi manchada por nada que pensemos ter feito para tanto. Uma condição que, de acordo com a lição de hoje é o que garante nossa segurança. 


Se vocês estiveram atentos até aqui, terão percebido que o Curso ensina de várias maneiras diferentes que ainda somos como Deus nos criou. O que significa dizer que nada do que fazemos ou do que pensemos poder fazer não pode nunca atacar nossa inocência, a não ser na ilusão.

Somos, sempre fomos e seremos eternamente, inteiramente inocentes e puros. Candidatos a viver apenas a alegria e a paz completas e perfeitas, ainda que no "sonho feliz", que são a Vontade de Deus para todos e para cada um de nós.


Ora, se somos inocentes o tempo inteiro, não há como sermos atacados. Não há nada de que precisemos nos defender. Estamos permanentemente em segurança e não podemos correr perigo de forma alguma. Isto é, o Ser em nós não pode ser ameaçado, da mesma forma que a verdade não pode ser ameaçada. Da mesma forma que não existe nada de irreal, a única coisa que existe verdadeiramente é o amor.


Podemos, porém, no equívoco de dar realidade às ilusões, escolher acreditar em coisas que não existem. Na prática, no entanto, a verdade do que somos é imutável. E, se escolhemos sofrer, penar, sentir angústia e dor, passar por experiências e situações de extremo pavor e medo, temos o direito de experimentar tudo isso. Do mesmo modo que podemos cancelar todas estas escolhas tão logo deixemos de sentir necessidade delas, bastando para tanto que tomemos a decisão de olhar para tudo de modo diferente. 


Difícil, não? Não! Só nos parece difícil quando ainda acreditamos que algumas ilusões têm algum valor e relutamos em nos desfazer delas. Ou quando ainda queremos acreditar que algumas pessoas não merecem ser salvas, que não podem ser inocentes de modo nenhum. Isto é, escolhemos acreditar no julgamento do falso eu e abrimos mão do olhar amoroso do divino em nós.

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