sábado, 17 de dezembro de 2011

A instrução que se refere à meta do ensinamento


14. O que sou?

1. Eu sou o Filho de Deus, perfeito e curado e inteiro, que brilha no reflexo de Seu Amor. Em mim, a criação d'Ele é santificada e tem a vida eterna assegurada. Em mim, o amor se completa, o medo é impossível e a alegria se estabelece sem oposição. Eu sou o lar sagrado do Próprio Deus. Eu sou o Céu onde o Amor d'Ele habita. Eu sou Sua Própria Inocência sagrada, pois em minha pureza habita a Própria Pureza de Deus.

2. Agora nossa necessidade de palavras está quase no fim. Porém, nos últimos dias deste ano, que oferecemos a Deus juntos, tu e eu, encontramos um propósito singular que compartilhamos. E, assim, tu te uniste a mim de modo que o que sou tu também és. As palavras não podem descrever a verdade do que somos. No entanto, podemos perceber claramente nossa função aqui e as palavras podem falar dela e, também, ensiná-la, se exemplificarmos as palavras em nós.

3. Nós somos os portadores da salvação. Aceitamos nosso papel de salvadores do mundo, que é redimido pelo nosso perdão conjunto. E, por isso, este perdão, nossa dádiva, nós é dado. Olhamos para todos como irmãos e percebemos todas as coisas como benignas e boas. Não buscamos uma função que esteja além do portão do Céu. O conhecimento voltará quando tivermos cumprido nosso papel. Nosso único interesse é dar boas vindas à verdade.

4. São nossos os olhos pelos quais a visão de Cristo vê um mundo redimido de todo pensamento de pecado. São nossos os ouvidos que ouvem a Voz por Deus declarar a inocência do mundo. São nossas as mentes que se unem quando abençoamos o mundo. E, da unidade que alcançamos, chamamos todos os nossos irmãos, pedindo-lhes que compartilhem nossa paz e tornem nossa alegria perfeita.

5. Nós somos os mensageiros santos de Deus que falam por Ele e que, ao levar Sua Palavra a todos aqueles que Ele nos envia, aprendem que ela está inscrita em nossos corações. E, deste modo, mudamos nossa forma de pensar a respeito do objetivo para o qual viemos e ao qual buscamos atender. Trazemos boas novas ao Filho de Deus, que pensava sofrer. Agora ele está livre. E, quando vir o portão do Céu aberto diante de si, ele entrará e desaparecerá no Coração de Deus.

*

LIÇÃO 351

Meu irmão inocente é meu guia para a paz.
Meu irmão pecador é meu guia para a dor.
E verei aquele que eu escolher ver.

1. Quem é meu irmão a não ser Teu Filho santo? E, se eu o vir como pecador, eu me declaro um pecador, não um Filho de Deus; só e sem amigos em um mundo assustador. Porém, esta percepção é uma escolha que faço e que posso abandonar. Eu também posso ver meu irmão inocente, como Teu Filho santo. E, com esta escolha, vejo minha inocência, meu Consolador e Amigo eterno a meu lado e meu caminho seguro e desimpedido. Escolhe por mim, então, meu Pai, por meio de Tua Voz. Pois só Ele oferece juízo em Teu Nome.

*

COMENTÁRIO:

Neste sábado, dia 17 de dezembro, chegamos mais uma vez à última das instruções especiais para as práticas deste ano. A instrução [O que sou?] que vai dar unidade às lições e ideias que vamos aprender e praticar nestes próximos dez dias, antes das lições finais. Uma instrução que responde a todas as perguntas que fizemos, e continuamos a fazer, a respeito de nossa identidade. A verdadeira. Aquilo que a maior parte do tempo não podemos ver porque imersos na ilusão dos sentidos e das formas do mundo.


Há alguns dias me perguntava por que razão o Curso deixava para o final esta pergunta-instrução [O que sou?], por me parecer que ela deveria ser o ponto de partida. E ao mesmo tempo me vinha à mente que ela se refere ao objetivo central do ensinamento: o autoconhecimento. E que todas as perguntas-instruções anteriores são os passos que precisamos dar na direção desta meta. Sem eles não é possível atingirmos nosso objetivo. E é só a partir de todas as práticas anteriores que podemos vir a ser capazes de reconhecer o que, na verdade, somos.  


Esta última instrução, à qual devemos voltar nossa atenção pelo menos uma vez por dia antes da prática da ideia da lição, também esclarece de uma vez por todas o objetivo de nossa vinda ao mundo, dando-nos ciência de nosso papel de mensageiros de Deus, portadores de Sua Palavra, da Boa Nova ao Filho de Deus, a quem trazemos, enfim, a liberdade que vai lhe permitir voltar ao lar, no Coração de Deus, como eu lhes dizia também no ano passado.

Voltemos, pois, nossa atenção para a primeira ideia selecionada para as práticas com esta nova e última instrução, que, em sintonia com ela também, nos lembra de que somos nós que escolhemos a forma pela qual queremos ver o mundo, e todas as coisas do mundo e, aparentemente, no mundo. Mas, ao mesmo tempo, ela nos lembra de que é possível mudar nossas escolhas sempre que elas nos afastem da alegria, da condição natural do Ser que somos para nos mergulhar em um mundo de trevas e escuridão assustadores. 

Às práticas, pois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário