terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Praticar para corrigir percepções equivocadas

LIÇÃO 347

A raiva tem de vir do julgamento. O julgamento é
A arma que quero usar contra mim mesmo
Para manter o milagre distante de mim.

1. Pai, eu quero o que vai contra minha vontade e não quero o que é minha vontade ter. Põe minha cabeça no lugar, meu Pai. Ela está doente. Mas Tu ofereces liberdade e hoje escolho reclamar Tua dádiva. E, assim, dou todo o julgamento Áquele Que Tu me deste para julgar por mim. Ele vê o que vejo e, ainda assim, Ele conhece a verdade. Ele olha para a dor e, ainda assim, compreende que ela não é real e em Sua compreensão ela é curada. Ele dá os milagres que meus sonhos querem esconder de minha consciência. Deixa que Ele julgue hoje. Eu não conheço minha vontade, mas Ele tem certeza de que ela é Tua Própria Vontade. E Ele falara por mim hoje e pedirá que Teus milagres venham a mim.

2. Ouve hoje. Fica bem quieto e ouve a Voz benigna por Deus, que te assegura que Ele te julga igual ao Filho que Ele ama.

*

COMENTÁRIO:

Vou adaptar o comentário feito a esta lição no ano passado, porque o acredito pertinente o oportuno ao momento que vivemos. Nós que compartilhamos as práticas aqui e nós que aparentemente acreditamos nos encontrar em um mundo, que vive um período de muita insegurança e incerteza. Um mundo que vive aparentemente uma crise. A ideia, pois, que vamos praticar nesta terça-feira, dia 13 de dezembro, pode ilustrar as razões pelas quais vivemos a(s) crise(s) que vivemos. E, de acordo com o que o Curso ensina, tudo o que vivemos na ilusão só é diferente na aparência, na forma. A crença subjacente a tudo é a da separação.


E separação, como todos sabem, não tem nada a ver com empatia, não é mesmo? Pois vejamos então, dois trechos de leituras que fizemos em grupo há algum tempo, e que têm tudo a ver com a ideia para as práticas de hoje e, ao mesmo tempo, tudo a ver com aquilo que chamamos de crise. E, melhor ainda, com a identificação da verdadeira causa da crise.

O primeiro deles está no início do capítulo 16, em um texto intitulado A verdadeira empatia, que merece ser lido com toda a atenção, e que diz:

A verdadeira empatia é [a] d'Aquele Que sabe o que ela é. Tu aprenderás a interpretação da empatia d'Ele se O deixares usar tua capacidade para a força, e não para a fraqueza. Ele não te abandonará, mas certifica-te de não O abandonares. A humildade é força apenas neste sentido: o de que reconhecer e aceitar o fato de que não sabes é reconhecer e aceitar o fato de que Ele, sim, sabe. Tu não tens certeza de que Ele fará a parte d'Ele, porque tu, até agora, nunca fizeste a tua completamente.

O segundo trecho está no capítulo 12. É, na verdade, apenas uma frase do VII. Olhar para dentro, que também está relacionada ao texto destacado acima. Penso que esta frase resume de certo modo tudo o que precisamos aprender para cumprir nossa função de curar, para a salvação do mundo e para a nossa própria salvação. Isto é, ela representa a vontade que precisamos aprender a manifestar.

A frase é a seguinte:

Quando quiseres só amor, não verás nada mais.

E é disto que a ideia que praticamos trata também. Pois ela trata de nos trazer à consciência o fato de que ainda fazemos coisas que contrariam nossa vontade, [por]que não sabemos, de fato, qual é ela. Porque não aceitamos por completo a ideia de que a Vontade de Deus e a nossa são a mesma. Teimamos na ideia de que podemos ter uma vontade separada da d'Ele. Que alguma coisa diferente do amor pode ter algum valor.

Ela nos revela que ainda não olhamos o suficiente para dentro para escolher ver apenas amor em todas as coisas e em todas as pessoas do mundo e no mundo. No fundo, ainda temos a impressão de que sabemos de algumas coisas e de que somos capazes de escolher o que é melhor para nós. Não sabemos, não sabemos, não sabemos!

Às práticas, pois, para corrigir esta percepção equivocada.

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