Aquele que desistir do mundo vai tê-lo por inteiro

LIÇÃO 322

Só posso desistir do que nunca foi real.

1. Eu sacrifico ilusões, nada mais. E, quando as ilusões se vão, encontro as dádivas que elas tentavam esconder esperando por mim em acolhida luminosa e prontas para dar as mensagens milenares de Deus para mim. A lembrança de Deus habita em cada dádiva que recebo d'Ele. E cada sonho serve apenas para esconder o Ser que é o único Filho de Deus, à semelhança d'Ele, o Santo Que ainda habita n'Ele para sempre do mesmo modo que Ele ainda habita em mim.

2. Pai, todo sacrifício continua a ser eternamente inconcebível para Ti. E, por isso,  eu não posso sacrificar nada a não ser em sonhos. Do modo que Tu me criaste, não posso desistir de nada do que Tu me deste. Aquilo que Tu não deste não é real. Que perda posso prever exceto a perda do medo e a volta do amor a minha mente?

*

COMENTÁRIO:

Nesta sexta-feira, dia 18 de novembro, a ideia para as práticas nos põe em contato mais uma vez com a verdade a respeito deste mundo. Ele é apenas uma ilusão. Tanto é assim que, lembrando o que disse ontem, podemos observar facilmente que o mundo é diferente para cada um de nós. Ou não é assim que vocês o veem? Acreditam que há algo de verdadeiro no mundo?


Um dos grandes problemas que enfrentamos ao "viver" num mundo como este é que ele nos oferece inúmeras coisas que podem nos parecer verdadeiras. Assim é que o falso eu trabalha para nos convencer de que há algumas coisas a que devemos/podemos, de fato, nos apegar neste mundo. Quando damos ouvidos a ele, tudo o que fazemos é dar realidade à ilusão. É deste modo que reforçamos a crença em uma separação que nunca existiu.


É por isso que o Curso ensina, como na lição de hoje, que só podemos sacrificar ilusões. A verdade a nosso próprio respeito não pode mudar. Não importa o que façamos na ilusão, continuamos a ser tal como Deus nos criou. Nossa herança é a santidade do Filho de Deus. O poder que temos e que não tem limites, vem da inocência que Ele nos garante não poder ser maculada em nenhuma instância.


Uma das falas de Jesus, há mais de dois mil anos, assegurava que quem quiser manter o mundo vai perdê-lo e que aquele que desistir do mundo vai tê-lo por inteiro. Na verdade, lembrando, como já o fizemos anteriormente, de uma lição da primeira parte do livro: O mundo que vejo não contém nada que eu queira. 


De que podemos desistir, então, que não de ilusões? E para que as quereríamos?