quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um dia para a esperança, outro para o desconsolo


LIÇÃO 299

A santidade eterna habita em mim.

1. Minha santidade está muito além de minha própria capacidade de entender ou conhecer. No entanto, Deus, meu Pai, Que a criou, reconhece minha santidade como a d'Ele. Nossa Vontade conjunta a compreende. E Nossa Vontade conjunta sabe que isso é verdade.

2. Pai, minha santidade não vem de mim. Ela não é minha para ser destruída pelo pecado. Ela não é minha para sofrer ataques. Ilusões podem escondê-la, mas não podem extinguir sua radiância nem turvar sua luz. Ela continua a ser perfeita e intocada para sempre. Todas as coisas são curadas nela, pois continuam a ser tal qual Tu as criaste. E eu posso conhecer minha santidade. Pois a Própria Santidade me criu, e eu posso conhecer minha Fonte porque é Tua Vontade que Tu sejas conhecido.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quarta-feira, dia 26 de outubro, a ideia que vamos praticar busca nos devolver a condição natural do Filho de Deus. É a prática desta ideia que pode nos pôr em contato com aquilo que somos verdadeiramente, não importa aquilo em que acreditemos nos ter transformado a partir de nossas experiências neste mundo. Pois não é apenas a ilusão que criou este mundo, em que aparentemente vivemos? E toda a ideia de busca e todos os esforços que fazemos nos vários caminhos que trilhamos servem apenas para confirmar aquilo que o Curso diz, que é a mesma coisa que nos dizem todos os mestres de todos os tempos. Nós já somos aquilo que buscamos.


É por isso, pois, que as ideias da alegria e da paz, perfeitas e completas, bem como a da santidade são, como já disse anteriormente, recorrentes no Curso, por serem elas a condição natural do Filho de Deus. Aprender a reconhecer e internalizar a santidade em nós é o que vai nos permitir viver na alegria e na paz perfeitas. É o que vai nos devolver à Graça, ao Eu, de que fala Ramana Maharshi, quando diz, conforme vimos no ano passado, que:

"As pessoas não entendem a verdade nua e crua e - a verdade de sua consciência de cada dia, sempre presente e eterna. Essa é a verdade do Eu. Existe alguém que não esteja consciente do Eu? Embora não gostem de ouvir falar disso, as pessoas estão ávidas por saber o que vai além [de suas vidas momentâneas] - céu, inferno, reencarnação. Exatamente porque elas amam o mistério e não a verdade pura, as religiões as mimam - para, finalmente, trazê-las de volta ao Eu. Por mais que possa vagar, vocês devem retornar em última instância ao Eu; portanto, por que não subsistir no Eu [na santidade] aqui e agora?

"... a Graça está sempre presente desde o princípio. A Graça é o Eu. Não é algo para ser conseguido. Basta reconhecer sua existência.

"Se a realização não fosse eterna, não valeria a pena. Assim, o que buscamos [a santidade, a Graça, o Eu] não é algo que deve ter começado a existir, mas algo que é eterno e está presente agora mesmo, presente em sua própria consciência [habita em nós].

"[Na verdade], passamos [aparentemente e na ilusão apenas] por todo tipo de práticas e princípios vigorosos para nos tornarmos o que já somos agora [o que sempre fomos e seremos eternamente]. Todo [o] esforço serve simplesmente para nos livrarmos da impressão errada de que estamos limitados pelas aflições desta vida.

"Inicialmente, é impossível para você não fazer esforço. Quando você vai mais fundo, é impossível para você fazer esforço."

O aparente esforço que precisamos fazer inicialmente só é necessário porque "no estado do viver, as coisas vão enqueridas* com muita astúcia: um dia é todo para a esperança, o seguinte para a desconsolação", como nos ensina o jagunço Riobaldo.

Porém, ele mesmo nos alerta para o fato de que: "Somente com a alegria é que a gente realiza bem - mesmo até as tristes ações".

*[amarradas]

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