terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais uma vez a reafirmação do livre arbítrio


LIÇÃO 284

Posso escolher mudar todos os pensamentos que ferem.

1. A perda não é perda quando percebida de forma correta. A dor é impossível. Não há absolutamente nenhuma aflição que tenha algum motivo. E qualquer tipo de sofrimento não é nada a não ser um sonho. Esta é a verdade, primeiro para ser dita apenas e, em seguida, repetida muitas vezes; e depois para ser aceita apenas como parcialmente verdadeira, com muitas reservas. Para, mais tarde, ser refletida mais e mais seriamente e para ser, finalmente, aceita como a verdade. Eu posso escolher mudar todos os pensamentos que ferem. E quero ir além destas palavras hoje, e além de todas as reservas, para chegar à aceitação plena da verdade nelas.

2. Pai, aquilo que Tu dás não pode ferir, por isso tristeza e dor têm de ser impossíveis. Permite que eu não deixe de confiar em Ti hoje,aceitando apenas o que é alegre como Tuas dádivas, aceitando apenas o que é alegre como a verdade.

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COMENTÁRIO:


Vou começar o comentário a esta lição, nesta terça, dia 11 de outubro, aliás, antes de começá-lo, quero lhes recomendar a leitura do livro Um guia para o perdão, escrito pelas estudantes Maria Amélia Rodas de Carvalho, Eliane Ferreira de Oliveira e Edilene Gasparini Fernandes, do Grupo Mera, que oferece workshops e trabalha já há algum tempo com o UCEM, alinhado a Kenneth Wapnick e sua organização para divulgação dos ensinamentos do Curso. Recomendo também a leitura de O Universo é um Sonho, de Alexander Marchand, uma espécie de mangá, baseado nos ensinamentos do UCEM, cuja tradução e publicação no Brasil também se deve ao Grupo Mera. Ambos os livros já podem ser encontrados, a partir desta semana, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Além, é claro, de poderem ser pedidos diretamente no site: www.grupomera.com.br.


Dito isto, falemos um pouco da ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje. Uma ideia que, como eu disse no ano passado, reafirma a liberdade que temos para escolher a forma pela qual queremos conduzir nossa vida e as experiências que vão se apresentar a ela. Isto é, uma reafirmação de nosso livre arbítrio.

Sempre podemos, conforme nos ensina o Curso, escolher considerar neutras todas as pessoas, coisas e situações do mundo, bem como o próprio mundo, o que é verdade, ou podemos escolher atribuir diferentes rótulos a cada pessoa, coisa ou situação que se nos apresente, a partir do valor que queremos lhes dar, considerando cada pessoa, coisa ou situação como algo separado, dissociado de nossa própria experiência. Vendo pessoas, coisas e situações apenas como externas a nós e não como reflexos de nossas escolhas, nem como instrumentos que se destinam a nos mostrar aspectos de nós mesmos de que não tínhamos consciência, até então.

É muito importante ressaltar ainda que o Curso nos convida a refletir a respeito da ideia para nossas práticas de forma bem específica, aconselhando-nos primeiro a apenas dizer a ideia, isto é, a pronunciá-la em silêncio, ou em voz alta, para nós mesmos, para só então nos convidar a repetí-la vezes sem conta para aceitá-la como parcialmente verdadeira, ainda que com muitas reservas. Só mais tarde, depois de muita reflexão, e séria, é que vamos poder aceitá-la como verdadeira. E, passo seguinte, aprender a aceitá-la sem reservas. Isto é, viver a partir dela.

É claro que, como já disse antes, precisamos avaliar o que sentimos a partir destas práticas.  E, se formos muito, mas muito de verdade, honestos para com nós mesmos, lembrando-nos de situações por que passamos anteriormente, dor, sofrimento, pesar, aflição, angústia - que já passaram -, vamos poder acessar em nossa consciência aquele momento em que tomamos a decisão de encerrar uma ou mais dessas situações. E vamos aprender aí, então, que foi, de fato, nossa decisão de pôr um fim a ela, ou elas, que permitiu que ela, ou elas, deixasse(m) de existir e que nos permitiu seguir em frente.

O resultado deste processo será, necessariamente, por fim, a escolha de irmos além das palavras e além de todas as reservas para chegarmos à aceitação plena da verdade da ideia que praticamos hoje. A menos que nos furtemos de tomar a decisão.

Às práticas, pois.

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