domingo, 9 de outubro de 2011

Cada um de nós tem função essencial no todo


LIÇÃO 282

Hoje eu não terei medo do amor.

1. Se eu pudesse hoje perceber apenas isso de forma clara, a salvação para todo o mundo seria alcançada. Esta, a decisão de não ser insano e de me aceitar como o Próprio Deus, meu Pai e minha Fonte, me criou. Esta, a decisão de não ficar adormecido em sonhos de morte, enquanto a verdade permanece viva para sempre na alegria do amor. E esta, a escolha de reconhecer o Ser a Quem Deus criou como o Filho que Ele ama e Que continua a ser minha única Identidade.

2. Pai, Teu Nome é Amor e, por isso, o meu também. Esta é a verdade. E pode-se mudar a verdade dando-lhe outro nome simplesmente? O nome do medo é apenas um equívoco. Que eu não tenha medo da verdade hoje.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 9 de outubro,  vou reprisar o comentário feito a esta lição no ano passado. Porque pertinente, ainda que com pequenas modificações necessárias. Em meu modo de ver, é claro. Espero que todos o possam aproveitar bem. Tantos os que lembrarem dele quanto os que não. Até porque é sempre uma pessoa diferente que se aproxima de cada uma das lições a cada dia, não?


Lembram-se de já lhes falei do livro Prisões que Escolhemos para Viver, da escritora Doris Lessing? Voltemos a ela hoje, para melhor aproveitar a ideia que o Curso nos oferece. Uma ideia, cujas práticas podem nos levar a compreender quão pouco sabemos a respeito de nós mesmos, apesar de todos os avanços da Ciência nas últimas décadas e quem sabe por causa desses aparentes avanços mesmo. Não porque não tenhamos recebido muitas das informações, mas apenas porque nos recusamos a considerá-las como instrumentos que podem nos levar a modificar os comportamentos que nos afastam da harmonia e da unidade.

À época em que Lessing proferiu as cinco palestras que compõem o livro, em 1985, ela já falava das conquistas da Ciência e da forma com que lidamos com elas. Vejam o que ela diz:

"... As pessoas, em grupo (...) tendem a se comportar de maneira estereotipada e previsível. (...) Devemos levar isso em conta e observar nosso comportamento para que possamos controlar a sociedade, ao invés (sic) de sermos controlados por ela. (...) Vejam bem, não parece suficiente saber como as coisas tendem a acontecer. (...) Cada vez mais obtemos informações que possibilitam, se nos utilizarmos delas, a compreensão do que nos acontece nas mais variadas situações. Ainda assim, certas pessoas [um número muito grande delas] desconsideram essa nova conquista científica..."

Vocês devem se lembrar também que já falei do livro A Biologia da Crença, de Bruce H. Lipton, chegando até mesmo a voltar a recomendar sua leitura na última terça, ao grupo de estudos de UCEM, não? Há trechos no livro em que as conclusões dele, Bruce, se aproximam do ensinamento que o Curso nos oferece. Trechos que, de certa forma, corroboram para a compreensão de que somos todos partes de um único e mesmo todo, no qual nenhuma das partes é mais ou menos importante do que outra. Um todo no qual cada parte tem uma função essencial a cumprir para tornar possível a convivência de todos em harmonia.

Vejam, por exemplo, o que Lipton diz no epílogo do livro:

"Imagine uma população de trilhões de indivíduos vivendo sob o mesmo teto em estado de felicidade perpétua. Sim, essa comunidade existe e se chama corpo humano saudável. Obviamente as comunidades celulares trabalham melhor que as humanas. Nelas não há 'mendigos' ou células discriminadas. A menos, claro, que a comunidade esteja em desarmonia, o que faz com que algumas delas deixem de cooperar com as outras. O câncer é um exemplo disso."

Isso não nos leva a concluir que o julgamento é o "câncer" de nossos relacionamentos todos? E que sem ele é possível vivermos um estado de felicidade perpétua? Isso serve também para que paremos para refletir a respeito do que fazemos com as informações que recebemos e que podem nos auxiliar a compreender "o que nos acontece nas mais variadas situações", conforme dizia Lessing no início deste comentário. Para que tomemos consciência de que podemos, sim, mudar o que é necessário mudar. Mas apenas se estivermos dispostos a fazê-lo.

O amor é a verdade a nosso respeito. E já aprendemos que a verdade nos libertará. Pratiquemos, pois, pelo menos hoje, aprender a não ter medo do amor, para experimentarmos a liberdade que a verdade nos trará. Isso não lhes parece uma meta satisfatória?

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