LIÇÃO 282
Hoje eu não terei medo do amor.
1. Se eu pudesse hoje perceber apenas isso de forma clara, a salvação para todo o mundo seria alcançada. Esta, a decisão de não ser insano e de me aceitar como o Próprio Deus, meu Pai e minha Fonte, me criou. Esta, a decisão de não ficar adormecido em sonhos de morte, enquanto a verdade permanece viva para sempre na alegria do amor. E esta, a escolha de reconhecer o Ser a Quem Deus criou como o Filho que Ele ama e Que continua a ser minha única Identidade.
2. Pai, Teu Nome é Amor e, por isso, o meu também. Esta é a verdade. E pode-se mudar a verdade dando-lhe outro nome simplesmente? O nome do medo é apenas um equívoco. Que eu não tenha medo da verdade hoje.
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COMENTÁRIO:
Neste domingo, dia 9 de outubro, vou reprisar o comentário feito a esta lição no ano passado. Porque pertinente, ainda que com pequenas modificações necessárias. Em meu modo de ver, é claro. Espero que todos o possam aproveitar bem. Tantos os que lembrarem dele quanto os que não. Até porque é sempre uma pessoa diferente que se aproxima de cada uma das lições a cada dia, não?
Lembram-se de já lhes falei do livro Prisões que Escolhemos para Viver, da escritora Doris Lessing? Voltemos a ela hoje, para melhor aproveitar a ideia que o Curso nos oferece. Uma ideia, cujas práticas podem nos levar a compreender quão pouco sabemos a respeito de nós mesmos, apesar de todos os avanços da Ciência nas últimas décadas e quem sabe por causa desses aparentes avanços mesmo. Não porque não tenhamos recebido muitas das informações, mas apenas porque nos recusamos a considerá-las como instrumentos que podem nos levar a modificar os comportamentos que nos afastam da harmonia e da unidade.
À época em que Lessing proferiu as cinco palestras que compõem o livro, em 1985, ela já falava das conquistas da Ciência e da forma com que lidamos com elas. Vejam o que ela diz:
"... As pessoas, em grupo (...) tendem a se comportar de maneira estereotipada e previsível. (...) Devemos levar isso em conta e observar nosso comportamento para que possamos controlar a sociedade, ao invés (sic) de sermos controlados por ela. (...) Vejam bem, não parece suficiente saber como as coisas tendem a acontecer. (...) Cada vez mais obtemos informações que possibilitam, se nos utilizarmos delas, a compreensão do que nos acontece nas mais variadas situações. Ainda assim, certas pessoas [um número muito grande delas] desconsideram essa nova conquista científica..."
Vocês devem se lembrar também que já falei do livro A Biologia da Crença, de Bruce H. Lipton, chegando até mesmo a voltar a recomendar sua leitura na última terça, ao grupo de estudos de UCEM, não? Há trechos no livro em que as conclusões dele, Bruce, se aproximam do ensinamento que o Curso nos oferece. Trechos que, de certa forma, corroboram para a compreensão de que somos todos partes de um único e mesmo todo, no qual nenhuma das partes é mais ou menos importante do que outra. Um todo no qual cada parte tem uma função essencial a cumprir para tornar possível a convivência de todos em harmonia.
Vejam, por exemplo, o que Lipton diz no epílogo do livro:
"Imagine uma população de trilhões de indivíduos vivendo sob o mesmo teto em estado de felicidade perpétua. Sim, essa comunidade existe e se chama corpo humano saudável. Obviamente as comunidades celulares trabalham melhor que as humanas. Nelas não há 'mendigos' ou células discriminadas. A menos, claro, que a comunidade esteja em desarmonia, o que faz com que algumas delas deixem de cooperar com as outras. O câncer é um exemplo disso."
Isso não nos leva a concluir que o julgamento é o "câncer" de nossos relacionamentos todos? E que sem ele é possível vivermos um estado de felicidade perpétua? Isso serve também para que paremos para refletir a respeito do que fazemos com as informações que recebemos e que podem nos auxiliar a compreender "o que nos acontece nas mais variadas situações", conforme dizia Lessing no início deste comentário. Para que tomemos consciência de que podemos, sim, mudar o que é necessário mudar. Mas apenas se estivermos dispostos a fazê-lo.
O amor é a verdade a nosso respeito. E já aprendemos que a verdade nos libertará. Pratiquemos, pois, pelo menos hoje, aprender a não ter medo do amor, para experimentarmos a liberdade que a verdade nos trará. Isso não lhes parece uma meta satisfatória?
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