sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprender a tornar manifesta a glória de Deus


LIÇÃO 280

Que limites posso impor ao Filho de Deus?

1. Aquele Que Deus criou sem limites é livre. Posso inventar uma prisão para ele, mas só em ilusões, não na verdade. Nenhum Pensamento de Deus deixa a Mente de Seu Pai. Nenhum Pensamento de Deus não é nada a não ser puro para sempre. Posso impor limites ao Filho de Deus, cujo Pai quis que ele seja sem limites e igual a Si Mesmo em liberdade e em amor?

2. Deixa-me render homenangem a Teu Filho hoje, pois assim encontro o caminho para Ti. Pai, não imponho nenhum limite ao Filho que Tu amas e que criaste sem limites. O louvor que ofereço a ele é Teu e o que é Teu também pertence a mim.

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COMENTÁRIO:


Aproveitemos o comentário feito para esta lição no ano passado. As práticas a que o curso nos convida com a ideia nesta sexta, dia 7 de outubro, vão se provar satisfatórias e favorecer nossa decisão em favor da mudança, se aprendermos a aceitar o que temos direito como filhos de Deus. E o Curso afirma que, em geral, pedimos muito pouco, uma vez que temos direito a absolutamente tudo. É por isso que os convido a partilharem a reflexão como se segue, com apenas umas pequenas modificações, em relação ao que postei em 2010.

Não há limites para  o que podemos fazer em Deus, com Ele. E vivemos e nos movemos n'Ele. No entanto, a maior parte do tempo parece-nos que somos limitados, frágeis e indefesos seres que habitam um corpo fadado à deterioração e à morte. Por que razão acreditamos nisto? Há como mudar esta crença? Queremos mudá-la de fato? Ou já estamos tão acostumados a ela que a simples possibilidade de qualquer mudança já nos dá medo? Estaremos já tão habituados aos limites que aparentemente nos impomos que a ideia de mudança pressupõe um esforço que não estamos dispostos a fazer? Aceitamos já por inteiro o transe? Já aceitamos o conforto da acomodação de forma incondicional, ao ponto de nos assustar a ideia de abandoná-lo?

A escritora britânica Doris Lessing tem um livro intitulado Prisões que Escolhemos para Viver, no qual afirma que "todos nós, em certo grau, sofremos lavagem cerebral, efetuada pela sociedade em que vivemos. E verificamos esse fato [dentre outras maneiras] quando viajamos para outro país e somos capazes de enxergar o nosso com os olhos de um estrangeiro. Não há muito o que fazer a esse respeito, a não ser constatar que é assim que as coisas funcionam. Cada um de nós é parte de grandes e confortadoras ilusões forjadas pela sociedade para manter sua própria auto-confiança".

Lembrando-nos, no entanto, de uma passagem do livro, podemos dizer que "isto não precisa ser assim". Basta nos decidirmos a olhar para o mundo de modo diferente.

Porém, o que acontece, em geral, é que, na verdade, a ideia de liberdade nos assusta mais do que as prisões e os limites a que nos sujeitamos. Aliás, Marianne Williamsom, em seu livro Um Retorno ao Amor, diz isto de forma clara e cristalina ao afirmar, como já citei várias vezes antes, que "o medo mais profundo que abrigamos no peito não tem nada a ver com o fato de sermos medíocres [limitados]. Nosso medo mais profundo é o de que sejamos poderosos para além de todas as medidas. É nossa luz, não nossa escuridão, o que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: 'Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso, fabuloso?' Na verdade, quem és para não sê-lo? Tu és um filho de Deus. Fingir-se pequeno não serve de nada ao mundo. Não é uma atitude esclarecida encolher-se para que outros não se sintam inseguros a tua volta. Fomos todos feitos para brilhar, como as crianças brilham. Nascemos para tornar manifesta a glória de Deus, que está dentro de nós. Não apenas em alguns de nós; em todos nós. E, quando deixamos que nossa luz brilhe, inconscientemente damos permissão para que os outros façam o mesmo. À medida que nos libertamos de nossos medos [e limites], nossa presença libera os demais automaticamente".

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