sábado, 1 de outubro de 2011

Cada um precisa descobrir a verdade por si mesmo


LIÇÃO 274

Este dia pertence ao amor. Que eu não tenha medo.

1. Pai, hoje quero deixar que todas as coisas sejam tais como Tu as criaste e oferecer a Teu Filho o respeito devido a sua inocência; o amor do irmão a seu irmão e Amigo. Por meio disso sou redimido. Também por meio disso a verdade penetrará no lugar aonde as ilusões estavam, a luz substituirá toda a escuridão e Teu Filho saberá que é como Tu o criaste.

2. Hoje chega a nós uma bênção especial d'Aquele Que é nosso Pai. Dá este dia a Ele e não haverá nenhum medo hoje, porque o dia é dado ao amor.

*

COMENTÁRIO:

Neste sábado, dia 1º de outubro, a ideia que o Curso oferece para as práticas convida a dedicarmos um dia inteiro ao amor. É possível existir coisa melhor a se fazer? Mas, pergunto-lhes mais uma vez, será que somos capazes de dedicar um dia que seja dos nossos inteiramente ao amor? Quem sabe? Se nos decidirmos a ficar atentos. Se nos decidirmos a estar presentes a tudo o que nos acontecer neste dia.

Quem sabe? Se nos dedicarmos, de fato, durante o dia todo à busca do autoconhecimento. Pois repetindo o que diz Krishnamurti: "autoconhecimento não significa acumular conhecimentos sobre si próprio; significa observar a si próprio. Se aprendo acumulando conhecimentos, nada aprendo a respeito de mim mesmo". Lembremo-nos da necessidade de esvaziar a xícara antes de servir um chá novo.

Ele diz ainda que devemos "recusar, não apenas verbal, intelectual ou teoricamente, mas negar realmente tudo o que o homem" diz. Cabe a cada um de nós descobrir, por si próprio, o que é a Verdade. Porque não é possível obtermos a Verdade de outrem. E a Verdade também não está fixada em um ponto particular.

E, lembrando-nos novamente do comentário feito no ano passado, ele vai ainda além, dizendo que nos cumpre ser sérios e rejeitar toda espécie de propaganda - e toda religião institucionalizada é uma contínua propaganda - e descobrir por nós mesmos "o que é a Verdade, se tal coisa existe". O que importa, ele continua, é que compreendamos por nós mesmos e não pelo que dizem a nosso respeito psicólogos, filósofos, analistas, intelectuais, velhos mestres, mesmo os mais antigos e venerados, pois, fazendo isto, estaríamos apenas seguindo o que eles dizem a respeito de nós.

Interessante, pois, é notar que o próprio Curso, em uma de suas lições iniciais, nos convida a abandonarmos tudo, inclusive ao próprio Curso, e a irmos, de coração e mente abertos, na direção do mais profundo de nós mesmos. Pois é só lá que podemos verdadeiramente encontrar o que buscamos.

Entreguemos, pois, às práticas, entregando ao amor este dia e o que somos para descobrir que "não há nada a temer", como nos ensina uma das lições da primeira parte do livro de exercícios.

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