LIÇÃO 274
Este dia pertence ao amor. Que eu não tenha medo.
1. Pai, hoje quero deixar que todas as coisas sejam tais como Tu as criaste e oferecer a Teu Filho o respeito devido a sua inocência; o amor do irmão a seu irmão e Amigo. Por meio disso sou redimido. Também por meio disso a verdade penetrará no lugar aonde as ilusões estavam, a luz substituirá toda a escuridão e Teu Filho saberá que é como Tu o criaste.
2. Hoje chega a nós uma bênção especial d'Aquele Que é nosso Pai. Dá este dia a Ele e não haverá nenhum medo hoje, porque o dia é dado ao amor.
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COMENTÁRIO:
Neste sábado, dia 1º de outubro, a ideia que o Curso oferece para as práticas convida a dedicarmos um dia inteiro ao amor. É possível existir coisa melhor a se fazer? Mas, pergunto-lhes mais uma vez, será que somos capazes de dedicar um dia que seja dos nossos inteiramente ao amor? Quem sabe? Se nos decidirmos a ficar atentos. Se nos decidirmos a estar presentes a tudo o que nos acontecer neste dia.
Quem sabe? Se nos dedicarmos, de fato, durante o dia todo à busca do autoconhecimento. Pois repetindo o que diz Krishnamurti: "autoconhecimento não significa acumular conhecimentos sobre si próprio; significa observar a si próprio. Se aprendo acumulando conhecimentos, nada aprendo a respeito de mim mesmo". Lembremo-nos da necessidade de esvaziar a xícara antes de servir um chá novo.
Ele diz ainda que devemos "recusar, não apenas verbal, intelectual ou teoricamente, mas negar realmente tudo o que o homem" diz. Cabe a cada um de nós descobrir, por si próprio, o que é a Verdade. Porque não é possível obtermos a Verdade de outrem. E a Verdade também não está fixada em um ponto particular.
E, lembrando-nos novamente do comentário feito no ano passado, ele vai ainda além, dizendo que nos cumpre ser sérios e rejeitar toda espécie de propaganda - e toda religião institucionalizada é uma contínua propaganda - e descobrir por nós mesmos "o que é a Verdade, se tal coisa existe". O que importa, ele continua, é que compreendamos por nós mesmos e não pelo que dizem a nosso respeito psicólogos, filósofos, analistas, intelectuais, velhos mestres, mesmo os mais antigos e venerados, pois, fazendo isto, estaríamos apenas seguindo o que eles dizem a respeito de nós.
Interessante, pois, é notar que o próprio Curso, em uma de suas lições iniciais, nos convida a abandonarmos tudo, inclusive ao próprio Curso, e a irmos, de coração e mente abertos, na direção do mais profundo de nós mesmos. Pois é só lá que podemos verdadeiramente encontrar o que buscamos.
Entreguemos, pois, às práticas, entregando ao amor este dia e o que somos para descobrir que "não há nada a temer", como nos ensina uma das lições da primeira parte do livro de exercícios.
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