terça-feira, 4 de outubro de 2011

Aprendendo a viver a alegria com São Francisco


LIÇÃO 277

Que eu não limite Teu Filho a leis que inventei.

1. Teu Filho é livre, meu Pai. Que eu não imagine que o prendo às leis que invento para dominar o corpo. Ele não está sujeito a nenhuma das leis que inventei, pelas quais tento tornar o corpo mais seguro. Ele não muda a partir daquilo que é mutável. Ele não é escravo de nenhuma das leis do tempo. Ele é tal como Tu o criaste, porque não conhece nenhuma lei a não ser a do amor.

2. Não vamos adorar ídolos, nem acreditar em qualquer lei que a idolatria quer inventar para esconder a liberdade do Filho de Deus. Ele não está limitado senão por suas crenças. O que ele é, porém, está muito além de sua fé em escravidaão ou liberdade. Ele é livre porque é Filho de seu Pai. E não pode ser limitado a menos que a verdade de Deus possa mentir e Deus possa querer enganar a Si Mesmo.

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COMENTÁRIO:

Nesta terça-feira, dia 4 de outubro, nesta ano uma segunda-feira, lembramo-nos de S. Francisco de Assis, que é, até hoje, como já lhes disse antes, exemplo de compromisso com a verdade e a vida, com o Ser, (re)-descoberto em si mesmo em sua juventude, Ser a Quem ele se manteve fiel até o fim de seus dias neste mundo, conforme nos contam as várias biografias existentes e os próprios escritos dele.

Repetindo o que eu disse no comentário do ano passado a esta lição, há inúmeros registros em muitos livros de histórias a respeito de Francisco e da alegria que brotava naturalmente de sua fé e de sua entrega ao espírito. Um desses livros revela que ele dizia que "o remédio mais seguro contra as centenas de armadilhas e artifícios do inimigo é a alegria espiritual".

Para Sherwood Wirt, citado no mesmo livro: "O universo não é uma variedade aleatória de átomos e esferas flamejantes girando e turbilhonando num espaço vazio, rumo à destruição. Ao contrário, é uma sinfonia de ritmo e harmonia que expressa o prazer de seu Criador. A alegria divina foi e é a razão primordial de sua existência. E, pode-se acrescentar, da nossa também".

Mais uma vez, pois, a ideia para nossas práticas de hoje pode, sem sombra de dúvida, nos pôr em contato com a alegria que Deus quer completa para nós, expressão de Sua Própria Alegria. Pois quando abrimos mão das tentativas de limitar o Filho de Deus, em nós e no próximo, às leis sem sentido de que resultou toda a ilusão que vivemos, receberemos de volta o Sopro Divino que nos devolverá a alegria que "expressa o prazer" do Criador em suas criaturas.

O poeta John Donne disse que "a alegria verdadeira é o vislumbre mais sincero que temos do paraíso, é um tesouro da alma, e, portanto, deveria ser guardada num lugar seguro, e nenhum lugar deste mundo é seguro o bastante para guardá-la".

Elevemos, portanto, nossos corações e mentes em nossas práticas, entregando a Deus nossa alegria por aprendermos de que forma retirar do Filho de Deus toda a carga dos limites que impusemos a ele com as leis que inventamos para preservar o corpo. E sejamos gratos por começar mais este dia com os pensamentos abertos à alegria de Deus. Aprendamos também a encerrá-lo com uma prece de gratidão por tudo o que vivemos durante o dia.

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