domingo, 23 de outubro de 2011

É preciso que nos rendamos ao Espírito Santo


LIÇÃO 296

O Espírito Santo fala por meu intermédio hoje.

1. O Espírito Santo precisa de minha voz hoje, para que o mundo inteiro possa ouvir Tua Voz e escutar Tua Palavra por intermédio de mim. Estou decidido a deixar que Tu fales por meio de mim, pois não quero nenhuma palavra a não ser as Tuas e não quero ter nenhum pensamento que esteja separado dos Teus, pois só os Teus são verdadeiros. Eu quero ser o salvador do mundo que fiz. Pois, tendo-o amaldiçoado, quero libertá-lo, para poder achar saída e ouvir a Palavra que Tua Voz sagrada vai dizer para mim hoje.

2. Hoje ensinamos aquilo que precisamos aprender, e só isso. E, por isso, a meta de nosso aprendizado se torna uma meta sem conflitos e pode ser facilmente alcançada e realizada. Quão alegremente o Espírito Santo vem para nos resgatar do inferno, quando permitimos que Seu ensinamento, por nosso intermédio, convença o mundo a buscar e a achar o caminho natural para Deus.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 23 de outubro, vou repetir integralmente o comentário feito para esta mesma lição no ano passado. Acho que a reflexão sugerida naquele momento ainda é cabível e pode auxiliar nas práticas. Aí vai, então:


A ideia que o Curso apresenta para nossas práticas hoje aprofunda e amplia o alcance da ideia da lição de ontem. É preciso que ofereçamos nossas vidas, que nos rendamos espontaneamente ao Espírito Santo para podermos ser um veículo da comunicação perfeita, para aprendermos a depositar sobre o mundo, e sobre todas coisas do mundo, o olhar amoroso que Ele nos ensina e para podermos oferecer ao mundo apenas as palavras que nos chegam por Sua Voz.

Para tanto, vejamos o que podemos aprender das palavras de um poema de Rainer Maria Rilke, o grande poeta alemão. Haverá alguma ligação entre o que ele diz e o que a lição de hoje quer nos ensinar?

Se a ti, vizinho Deus, eu incomodo às vezes
com rude batimento no meio da noite
é que de quando em quando te ouço respirar
e sei que estás sozinho no salão.
E, se careces de algo, lá não há ninguém
que te ofereça um gole às mãos tateantes...
Sempre atento estou eu: ao menor sinal teu
eu estou muito perto.

Só existe entre nós uma fina parede,
por acaso: se houvesse, por acaso,
de tua boca ou da minha algum chamado,
ela se desfaria
sem alarme ou ruído.

De imagens tuas ela é toda feita:
imagens que em tua frente se põem - nomes.
E, tão logo se acende em mim a luz
com que te reconhece a profundeza minha,
ela some como um reflexo na moldura.

E meus sentidos, que em pouco se debilitam,
desligados de ti - ficam sem pátria.

Se ao menos uma vez tudo se aquietasse...
Se se calassem o talvez e o mais-ou-menos
e o riso a minha volta...
Se o barulho que fazem meus sentidos
não perturbassem mais minha vigília...

Então, num pensamento multifário,
poderia eu pensar-te até os teus limites
e possuir-te (só o tempo de um sorriso)
e oferecer-te a vida inteira, como
um agradecimento.

2 comentários:

  1. ... tocando em frente...
    Professor Moisés, lembras quando comentei que no tumulto do cotidiano, dar uma parada em seu blog era tudo de bom... era tipo nas corridas de Fórmula 1, pára rapidinho e abastece,regula o veículo e retorna prá pista...no entanto ao avançar na prática, a lição faz parte do meu dia, de minha vida... como se ela tetemunhasse as minhas vivências e nelas projetasse a luz e assim reinterpreto o meu dia a dia, a minha caminhada.
    Amo vocês! Gratidão!!
    Paz e Alegria para todos.
    Lena

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  2. Olá, Helena,

    Sem dúvida, uma paradinha de vez em quando, a cada pouco, para lembrar de Deus, para voltar-se para o divino em nós mesmos, faz muito bem.

    Recarrega nossas energias e pode modificar o modo de olhar para tudo o que está acontecendo.

    Obrigado por suas palavras, por continuar conosco e por comentar.

    Paz, amor e alegria para você também.

    Moisés

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