sexta-feira, 25 de março de 2011

Ser a mudança que gostaríamos de ver no mundo

LIÇÃO 84

Estas são as ideias para a revisão de hoje:

1. (67) O amor me criou igual a si mesmo.

Eu existo na semelhança de meu Criador. Não posso sofrer, não posso experimentar perda e não posso morrer. Eu não sou um corpo. Quero reconhecer minha realidade hoje. Não vou adorar nenhum ídolo nem fortalecerei meu próprio auto-conceito para substituir meu Ser. Eu existo na semelhança de meu Criador. O amor me criou igual a si mesmo.

2. Talvez aches estas formas específicas úteis para a aplicação da ideia:

Que eu não veja uma ilusão de mim mesmo nisto.
Ao olhar para isto, que eu me lembre de meu Criador.
Meu Criador não criou isto da forma como o vejo.

3. (68) O amor não guarda mágoas.

Mágoas são completamente estranhas ao amor. Mágoas atacam o amor e mantêm sua luz escondida. Se eu guardo mágoas, estou atacando o amor e, por isto, atacando meu Ser. Meu Ser, deste modo, se torna estranho para mim. Estou decidido a não atacar meu Ser hoje, para poder me lembrar de Quem sou.

4. Estas formas específicas para a aplicação desta ideia seriam úteis:

Isto não é razão para negar meu Ser.
Eu não usarei isto para atacar o amor.
Que isto não me tente a atacar a mim mesmo.

*

COMENTÁRIO:

Ao final de seu livro Em defesa de Deus, que busca mostrar "o que a religião realmente significa", Karen Armstrong diz que "a religião não funciona automaticamente; requer muito esforço e não leva a nada se é fácil, falsa, idólatra ou autocomplacente". Diz também que "a religião é uma disciplina prática, e [que] seu insights não se devem à especulação abstrata, mas a exercícios espirituais e a uma vida de dedicação".

É por isso que o UCEM afirma não ser "um curso de especulação filosófica" e nem estar preocupado com "uma terminologia precisa". E é também por isso que ele salienta a necessidade de que pratiquemos os exercícios de acordo com as orientações específicas. O "autor" do Curso sabe que é só na prática que podemos ser a mudança que gostaríamos de ver no mundo.

De nada adianta nos empenharmos em "entender" os conceitos abstratos de que o livro fala, se não somos capazes de lidar com eles de forma prática no dia-a-dia, trazendo o ensinamento de não julgar, de ser compassivo e amoroso, para as situações e experiências que se apresentam a nós a todo instante.

Há, pois, alguma coisa mais eficaz do que praticar a ideia de que o amor nos criou igual a si mesmo? Isto é trazer para o mundo a experiência de ser e estender o amor que queremos ver e receber. E praticar para valer a ideia de que "o amor não guarda mágoas" não vai nos fazer perceber o quanto nossa experiência se afasta da alegria verdadeira que o amor oferece, quando nos sentimos magoados por alguma coisa que alguém fez e que não era aquilo que esperávamos?

É isto que nossas práticas desta sexta-feira, 25 de março, nos oferecem.

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