domingo, 27 de março de 2011

"Tudo o que não é amor é um pedido de amor."

LIÇÃO 86

São estas as ideias para a revisão de hoje:

1. (71) Só o plano de Deus para a salvação funcionará.

Para mim, não faz sentido procurar a salvação de forma descontrolada. Eu a vi em muitas pessoas e em muitas coisas, mas, quando quis alcançá-la, ela não estava lá. Eu estava errado a respeito de onde ela está. Eu estava errado a respeito do que ela é. Não empreenderei mais nenhuma busca inútil. Só o plano de Deus para a salvação funcionará. E me alegrarei porque o plano d'Ele não pode fracassar nunca.

2. Estas são algumas formas sugeridas para a aplicação desta ideia de modo específico:

O plano de Deus para a salvação me salvará de minha percepção disto.
Isto não é nenhuma exceção no plano de Deus para a minha salvação.
Que eu só perceba isto à luz do plano de Deus para a salvação.

3. (72) Guardar mágoas é um ataque ao plano de Deus para a salvação.

Guardar mágoas é uma tentativa de provar que o plano de Deus para a salvação não funcionará. No entanto, só plano d'Ele funcionará. Por esta razão, ao guardar mágoas estou jogando para fora de minha consciência minha única esperança de salvação. Não quero mais frustrar meus maiores interesses deste modo insano. Quero aceitar o plano de Deus para a salvação e ser feliz.

4. Aplicações específicas desta ideia poderiam ter estas formas:

Quando olho para isto estou escolhendo entre uma percepção equivocada e a salvação.
Se eu perceber razão para mágoas nisto, não verei razão para minha salvação.
Isto pede salvação, não ataque.

*

COMENTÁRIO:

O Curso ensina que "tudo o que não é amor é um pedido de amor", se olharmos com os olhos do Espírito Santo. É para aprender a olhar assim que praticamos neste domingo, dia 27 de março.

É para aprender a empunhar a bandeira da paz e reconhecer que praticamente todos os planos que fazemos por nós mesmos, pensando-nos separados uns dos outros e de Deus, quase sempre nos levam até a beira de um abismo do qual temos muita dificuldade de voltar após chegar lá. E só, então, que nos rendemos à ideia de nos voltarmos para o espírito em nós, de nos voltamos para Deus, ou seja qual for o nome que damos àquela instância "espiritual" a que recorremos quando não temos mais para onde ir.

Conforme já comentei anteriormente, temos a tendência a fincar pé em uma opinião muitas vezes sem saber nem mesmo ao certo por que pensamos deste ou daquele modo. E muitas vezes nos recusamos a ouvir o outro lado de uma questão apenas em razão de um sentimento de orgulho ferido, por medo de termos de reconhecer que o outro lado faz sentido e - caso não faça sentido -, sirva para explicar a razão para o acontecido, para o fato que nos magoou ou feriu nosso orgulho.

Ora, pois, como Deus ousa não obedecer ao nosso plano? Como Ele ousa acreditar que o plano d'Ele é melhor do que o nosso? [rsrsrsrsrsrsrs...]

Não lhes parece que é isso que dizemos quando contestamos um acontecimento, uma situação, uma experiência que se nos apresenta? Um fato, um desastre, um acidente que nos chega ao conhecimento? Uma pessoa que não corresponde a nossas expectativas?

Como diz Karen Armstrong, em seu livro Em defesa de Deus, "... o ser humano é misterioso para si mesmo e para os outros e... tentar manipulá-lo ou esperar que aja de determinada maneira é desastroso e contraproducente". Agora imaginem querer manipular Deus.

Quando o Curso nos aconselha a praticar a entrega ao Espírito Santo, temos muita dificuldade, já porque nos é difícil entender o que significa, de fato, esta entrega e também porque ela exige que se abra mão do controle que pensamos ter sobre as coisas e, às vezes, até sobre as pessoas que nos cercam.

Na verdade, a entrega é bem mais simples de se fazer, se pensarmos que o Espírito Santo habita em nós mesmos. Em cada um de nós. Não é a ninguém fora de nós que temos de entregar, mas ao espírito em nós, que é aquela parte de nós que ainda continua em contato permanente com o divino, ou com Deus, por assim dizer, para se usar um nome que todos conhecem. Aquela parte que não acredita na separação.

Vai daí que, se reconhecermos que o plano de Deus para a salvação se refere, e tem em vista a satisfação de nossa própria vontade em conjunto com a d'Ele, que é a mesma nossa, fica fácil reconhecer que só o plano d'Ele vai funcionar e que qualquer coisa que se interponha entre a nossa vontade e a d'Ele, que são a mesma - nossas mágoas, por exemplo -, é um ataque a Seu plano e está destinada ao fracasso.

O entendimento de tudo isso está ao nosso alcance pelas práticas de hoje. Há que esperar alguma coisa?

2 comentários:

  1. Sou Grata, Moisés por compartilhares lição tão valiosa, verdade que pode ser dita de várias maneiras, mas será sempre VERDADE.
    Sigo com alegria, porque sei que Ele me dirigirá.

    "Senhor! Bendito sejas pela tua bondade e justiça. Na tua misericórdia infinita, reconduzes os que erraram ao caminho da redenção e permites novamente o recomeço e a retificação. Senhor! Mestre amado que nos tens sustentado e assistido nas horas difíceis com abnegação e carinho, faze subir aos pés do Pai a gratidão desta serva inútil e cega que tendo recebido tanta felicidade, desejava dirigir os acontecimentos e aqueles a quem ama, com risco de mal conduzí-los. Senhor Jesus, Mestre dos Mestres, ensina-me a resignação sem reservas, para com os desígnios do Pai, porque só Ele tem a sabedoria para nos conduzir. Só Ele pode transformar erros e sofrimento em redenção e experiência. Ajuda-me ainda Senhor, para que de hoje em diante eu possa ser obediente e submissa às suas santas Leis. Ajuda-me Senhor! (Página 142 – LAÇOS ETERNOS de Zíbia Gasparetto)"

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  2. Obrigado, Helena, por comentar e continuar conosco.

    Uma ótima semana.

    Paz e bem!

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