sábado, 14 de agosto de 2010

A que caminhos o mestre nos conduz?

LIÇÃO 226

Meu lar me espera. Eu me apresso na direção dele.

1. Posso desistir inteiramente deste mundo, se assim eu escolher. Não é a morte que torna isto possível, mas a mudança do modo de pensar acerca da finalidade do mundo. Se eu acreditar que ele tem algum valor da forma com que o vejo agora, ele permanecerá assim para mim. Mas se eu não vir nenhum valor no mundo assim como o vejo, nada que eu queria manter como meu ou buscar como uma meta, ele se afastará de mim. Pois não busco ilusões para substituir a verdade.

2. Pai, meu lar espera minha volta alegre. Teus Braços estão abertos e eu ouço Tua Voz. Que necessidade tenho de me demorar em um lugar de desejos vãos e de sonhos despedaçados, se o Céu pode ser meu de modo tão fácil?

*

COMENTÁRIO:

Os mestres não são mestres apenas quando nos indicam, com seu exemplo, o caminho a seguir. Os mestres que talvez nos ensinem mais e melhor são aqueles que, com seu exemplo, servem de guia pelos caminhos que não nos convêm seguir.

Digo isto a propósito de algo de que me lembrei outro dia. Em uma das empresas em que trabalhei, passei por um treinamento com um de seus vendedores - o cargo a ocupar era o de vendedor técnico -, considerado o mais experiente, o mais capacitado, o que tinha mais tempo de casa e o maior conhecimento da área de atuação e dos clientes a serem atendidos.

Ao final do período de treinamento, o gerente de vendas me disse que ele tinha sido utilizado para me mostrar principalmente o que a empresa não queria que eu fizesse. Pois apesar de todas as qualificações do profissional que me treinou, ele tinha um série de "defeitos" e "vícios" que o impediam de exercer seu posto com a eficiência de que a empresa necessitava e, pior, deixava margem a dúvidas quanto à seriedade e o compromisso da empresa com seus clientes e com as marcas que ela representava, para as quais prestava seus serviços.

Isto me lembra ainda de outra historinha, de uma amiga, também estudande do UCEM, com grandes dificuldades não só em entender o que o ensinamento aconselha mas também em pôr em prática, entre outras coisas, o exercício do perdão. Certa ocasião, ela disse que, quando se sentia muito mal com suas próprias atitudes e decisões, acreditando ser a pior das pessoas e não servir de exemplo para ninguém, por não conseguir fazer o que o ensinamento pedia, ele se consolava ao pensar que ao menos servia de "mau" exemplo.

É para a compreensão de que abandonar os valores deste mundo é apenas abandonar a ilusão que não nos leva a lugar nenhum que nossas práticas se destinam. Lembremo-nos de que neste sábado, dia 14 de agosto, continuamos a dar os passos finais, seguindo a primeira das instruções que recebemos para esta segunda parte do livro de exercícios. É ela: O que é o perdão?

2 comentários:

  1. Um dia eu li: Para ser feliz deixe de seguir a multidào. O que significa isto para voce?
    Deixar de ser um cordeirinho? escuto a voz do ES, só para mim, dando-me as instruções, pena que ainda eu o tenha sob meu controle tão pouco da minha vida, o quanto ainda me resta em perdão? Ah!Quanto ainda tenho que aprender sobre esta pratica. Isolda

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  2. Isolda, querida,

    Tudo o que podemos fazer, de fato, e que é o que importa é abrir mão do controle. É ilusão pensar que o temos por algum instante sequer.

    Deixar de seguir a multidão é apenas deixar de ser influenciado por aquilo que um ou outro dizem. Quer pela imprensa em qualquer uma de suas formas, quer pelas opiniões que ouvimos e que são tantas quanto são as pessoas com quem temos algum tipo de contato.

    Na verdade, o melhor que podemos fazer, sempre, é abrir nossa mente e nosso coração para o que o Espírito Santo nos diz, quando nos voltamos para Ele. Tudo o resto é ilusão.

    Fazia tempo que você não aparecia por aqui, não?

    Obrigado por se manifestar.

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