sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pra onde vai o amor quando o amor acaba?

LIÇÃO 225

Deus é meu Pai e Seu Filho O ama.

1. Pai, eu tenho de retribuir Teu Amor por mim, pois dar e receber são a mesma coisa. Tu me dás todo o Teu Amor. Eu tenho de retribuí-lo, pois o quero meu em plena consciência, proclamando-o em minha mente e mantendo-o ao alcance de sua luz benigna, inviolado, amado, com o medo deixado para trás e apenas a paz pela frente. Quão sereno é o modo pelo qual Teu Filho amado é conduzido a Ti!

2. Irmão, nós encontramos esta serenidade agora. O caminho está aberto. Agora nós o seguimos juntos, em paz. Tu estendeste tua mão para mim e nunca te abandonarei. Somos um só e é só esta verdade que buscamos enquanto damos estes passos finais que concluem uma jornada que não começou.

*

COMENTÁRIO:

Uma pequena reflexão. Uma querida frequentadora do grupo de estudos, certa ocasião, perguntou: "O que fazemos do amor que recebemos?"

A pergunta dela me pôs a pensar em outra pergunta que há em uma das letras de Chico Buarque: " me responde, por favor pra onde vai o meu amor quando o amor acaba".

As práticas da lição desta sexta-feira, 13, oferecem uma resposta à primeira questão, a única resposta que pareceria óbvia para tal pergunta. No entanto, na maioria das vezes não é o que fazemos, São Francisco dizia, ao dar-se conta do quanto estamos cegos ao Amor que recebemos de Deus: "O Amor não é amado". E estava certo. Não percebemos que tudo o que existe, de fato, é o amor. E que tudo o que não é amor é apenas ilusão.

O UCEM ensina que, aos olhos do Espírito Santo, tudo o que não é amor é apenas um pedido de amor. É assim que vemos? Reformulando a pergunta: conseguimos ver assim? Ou ainda é assim que queremos ver?

Já a resposta à segunda pergunta, creio, está implícita na resposta que damos à primeira. Uma vez que tudo o que, de fato, existe é o amor, ele nunca acaba. O que acaba, eventualmente, é a necessidade de que este amor se exprima no contato com uma pessoa em particular. Isto é, o que acaba é a lição que temos de aprender com esta ou aquela pessoa. E quando já aprendemos de alguém o que precisávamos aprender a nosso próprio respeito, podemos nos afastar dela amorosamente, uma vez que o aprendizado se completou. O amor, porém, nunca acaba. Estejamos aonde estivermos. E nem vai a lugar algum. Ele é simplesmente. E quanto mais o damos tanto mais o temos.

2 comentários:

  1. Moisés, lindo comentário!
    Me deixa cada vez mais impressionada constatar o quanto vivemos aqui no planeta "ego" completamente sonâmbulos, pois se nos lembrássemos disso em momentos de mudança nos nossos relacionamentos, não precisaríamos sentir dor, nem cometeríamos tantos erros.
    Enfim...É por isso que estudamos os milagres, não? Para ir diminuindo o sonambulismo...
    Muito obrigada!
    Muitos beijos, milagres e como diria o Salviano, cogumelos a todos...rs...

    PS: Qual é a música do Chico Buarque?

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  2. É isso aí, Nina...

    É o transe de que fala Richard Bach, o sonho/pesadelo de que fala o UCEM, o "automático" do Gurdjieff e tudo o que é não estar desperto de acordo com muitos e muitos mestres.

    A música é "Almanaque".

    Obrigado por suas palavras e por comentar.

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