LIÇÃO 235
Deus, em Sua misericórdia, quer que eu seja salvo.
1. Eu só preciso olhar para todas as coisas que parecem me ferir e assegurar a mim mesmo com perfeita certeza: "Deus quer que eu seja salvo disto", para vê-las desaparecerem simplesmente. Eu só preciso ter em mente que a Vontade de meu Pai para mim é só a felicidade para descobrir que só a felicidade veio a mim. E eu só preciso lembrar que o Amor de Deus envolve Seu Filho e conserva sua inocência perfeita para sempre, para ter certeza de que estou salvo e seguro para sempre nos Braços d'Ele. Eu sou o Filho que Ele ama. E estou salvo porque Deus, em Sua misericórdia, quer assim.
2. Pai, Tua Santidade é minha. Teu Amor me criou e tornou minha inocência parte de Ti para sempre. Não tenho nenhuma culpa nem pecado em mim, porque não há nenhum em Ti.
*
COMENTÁRIO:
Nunca sabemos, de fato, com antecedência o que vamos fazer quando as situações se apresentarem a nossa experiência. Tampouco sabemos, de verdade, que resultados virão de nossos gestos e ações concretos, ao enfrentarmos quaisquer dessas situações no comum de nosso dia-a-dia.
É cada vez mais interessante - para mim, pelo menos - notar o quanto tudo se encaixa de alguma forma naquilo que pensamos, naquilo que acreditamos a respeito da vida e do viver. Quem acha que poderia ser diferente? Alguém acha?
Não é à toa que o ensinamento nos adverte para termos cuidado com o que desejamos, pois, às vezes, inadverditamente, pedimos alguma coisa apenas para que ela se mostre, na materialização de nosso desejo, justamente como o contrário daquilo que nos faria felizes.
Agora mesmo, ao passar os olhos pelas frases da lição que praticamos nesta segunda-feira, dia 23 de agosto, me surpreendi ao perceber o quanto ela reflete o comentário que fiz a respeito da lição de ontem. Isto é, a afirmação da escritora de que somos livres para fazer escolhas, avaliar e chegar a conclusões por nós mesmos. E, mais ainda, que, tanto o que ela acreditava quanto o que diz a lição de hoje, confirmam que, quando escolhemos o sofrimento, nossa escolha recai sobre o acidente sem importância, pois podemos escolher dar sentido a nossa vida fazendo a opção pela alegria.
Não lhes parece? Pois, se Deus, em Sua misericórdia, quer que sejamos salvos, o que é a salvação, a não ser o aprendizado da escolha da alegria, em lugar de tudo o que representa a escolha pelo acidente sem importância.
Oi Moisa,
ResponderExcluirTem uma frase do krishnamurti Judi que diz, "a ansia da experiencia e comeco da ilusao".
E acho q essa licao de hj e seu comentario, traduz bem tudo isso.
Simplesmente seja a alegria.
Obrigada amigo, bjo
Dani
Moisés
ResponderExcluirLi atentamente e pratiquei as lições no final de semana e a de hoje sigo praticando... Só que ainda assim algo lá no fundo (o ego, certamente) me faz perguntar: Se o que Ele quer para nós é a felicidade, e se podemos escolher independente do ambiente em que estejamos ou daquele que fomos criados (aqui no planeta dos sentidos) por quê Ele não deixou tudo BEM claro, ao invés de deixar que nos metessemos nesta tremenda confusão? Tendo que desaprender e desaprender coisas que já foram tão difíceis de se aprender lá no passado e que agora são mais difíceis de modificar no subconsciente, pois viraram cicatrizes ou crenças que nem mesmo temos consciência que temos? E então seguimos tentando desfazer os erros.../ aceitar a Expiação.../ lembrar de entregar ao Esp. Sto.../ lembrar de aplicar o perdão.../ lembrar que a gratidão abre caminho para os milagres.../ lembrar de que não temos consciência dos milagres diários.../ lembrar de que podemos TUDO...(mesmo na prática, não podendo)...Enfim...
Às vezes, mesmo com todo o empenho que aplico no treinamento, ainda acho que para determinadas coisas tão amplamente reforçadas como "ilusões", ou seja situações de vida aqui na "Terra", só estou "me conformando" com elas, já que não sei como mudá-las. E pelo visto também não estou sabendo "entregar" de fato, pois se Ele só quer para nós a "felicidade perfeita"...tem alguma falha na comunicação aí. Pois não estou sentindo toda esta felicidade, não.
E olha que tenho me sentido ÓTIMA e conseguido estar bem em paz, na maior parte das vezes.
Estou relendo pela milionésima vez a parte do UCEM que fala na "comunicação perfeita". Acho que é o "pulo do gato" de todo este estudo, mas mesmo assim, continuo burra...
Sem problemas...Sem dramas ou trajédias...Só estou comentando...
Sigo em frente...
Bjs
É isso aí, Dani.
ResponderExcluirÀ medida que ansiamos por experimentar, abandonamos o Ser, para viver, ou tentar viver a experiência. Na verdade o próprio Krishnamurti dizia que nunca aprenderemos a não ser sendo o objeto, qualquer que seja ele, para o qual voltamos nossa atenção. É comungar com a vida, com a existência, que nos permite alcançar o mais fundo de nós mesmos e abandonar quaisquer anseios baseados na ilusão.
A ilusão é só uma ilusão. O que somos ultrapassa todas as ilusões.
Obrigado por comentar.
Nina, querida.
ResponderExcluirCecília Meirelles tem, entre muitos, um poema que talvez faça sentido e esclareça de algum modo estas sensações de que falas. Chama-se Inscrição na Areia e diz o seguinte:
O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!
Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?
O meu amor não tem
importância nenhuma.
Isto, eu diria, faz parte de se ter consciência de que o que "vivemos" nos corpos não passa de uma grande ilusão.
Nós, no ego, nos damos uma importância que não podemos ter. Queremos obter respostas, queremos oferecer respostas, queremos ajudar, queremos fazer e fazer, experimentar. E não sabemos nada de nada.
Todo o progresso que aparentemente criamos não significa nada na eternidade. Pode ter algum significado apenas na ilusão. Precisamos, sim, aprender que não há esperança para o ego, mesmo que ele pareça ser a única coisa inteiramente ao nosso alcance. Ele não pode nos dar nenhuma esperança, porque acredita no sofrimento, na separação, na divisão e em tudo aquilo que nos separa dos outros e de nós mesmos.
Para não estender demais este comentário, fecho com mais um poema de Cecília, que também serve para nos indicar a direção de luz, em minha opinião. Chama-se Epigrama e diz:
A serviço da Vida fui,
a serviço da Vida vim;
só meu sofrimento me instrui,
quando me recordo de mim.
(Mas toda mágoa se dilui:
permanece a Vida sem fim.)
Isto é tudo o que não é alegria e felicidade, que são a Vida em Si Mesma, desaparecerá, quando nos lembrarmos do que somos.
Obrigado por dividir.