domingo, 26 de agosto de 2012

Somos, cada um, uma das muitas pétalas da flor


LIÇÃO 239

A glória de meu Pai é minha própria glória.

1. Não deixemos que a verdade acerca de nós mesmo fique escondida hoje por uma humildade falsa. Sejamos gratos, em vez disto, pelas dádivas que nosso Pai nos concedeu. Podemos ver qualquer sinal de pecado ou culpa naqueles com quem Ele compartilha Sua glória? E é possível que não estejamos entre eles, se Ele ama Seu Filho para sempre total fidelidade, sabendo que ele é como Ele o criou?

2. Nós Te agradecemos, Pai, pela luz que brilha em nós para sempre. E nós a exaltamos porque Tu a compartilhas conosco. Somos um só, unidos nesta luz Contigo, em paz com toda a criação e com nós mesmos.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 26 de agosto, vamos praticar o reconhecimento de que somos portadores da glória e da luz de Deus, nosso Pai, conforme já falamos antes, aproximando-nos das práticas com a verdadeira humildade, que é consentir a presença divina a toda realidade.

Vamos também, humildemente, buscar reconhecer que todos aqueles que andam pelo mundo conosco são igualmente portadores desta glória e desta luz, pois sabemos que Deus compartilha tudo de Si com todos e com cada um de Seus Filhos, na unidade de que somos parte.

Observemos, para tanto, que a "cola" natural que deve unir os membros de um grupo (seja ele de que natureza for), em meio a diversidade de dons de cada um, tem de ser "o amor de Cristo e o amor de um pelo outro. Quanto mais profunda for a unidade tanto maior o pluralismo que a comunidade [o grupo] pode absorver. A variedade dos pontos de vista e dos dons são experimentados não como ameaças às práticas e às visões de cada um, mas como enriquecimento", conforme nos ensina Thomas Keating em seu livro Um Convite ao Amor, que citei também nos comentários anteriores. 

Isso também lembra, repetindo, o que diz Mia Couto, escritor moçambicano, a respeito de Guimarães Rosa e dos motivos que o levaram [a ele, Mia] a receber uma grande influência do escritor brasileiro. Diz ele, em seu livro mais recente, E se Obama fosse africano?, que Rosa, como autor, oferece uma alternativa à "hegemonia da lógica racionalista como modo único e exclusivo de nos apropriarmos do real. A realidade é tão múltipla e dinâmica que pede o concurso de inúmeras visões. Em resposta ao to or not to be [ser ou não ser] de Hamlet o brasileiro avança outra postura: 'Tudo é e não é'. O que ele sugere é a aceitação da possibilidade de todas as possibilidades: o desabrochar das muitas pétalas, cada uma sendo o todo da flor".

Ora, o posicionamento que, tanto Keating - para se ir na direção de um raciocínio conclusivo parecido ou igual ao oferecido em comentário anterior -, quanto Mia Couto nos oferecem, só pode ser alcançado se aceitarmos como verdade a ideia que o Curso traz para as práticas de hoje, reconhecendo ao mesmo tempo, como eu disse acima, que todos aqueles que vivem no mundo conosco são igualmente portadores da glória do Pai. Isto é, somos todos e cada um "uma das muitas pétalas" e todos contemos em nós "o todo da flor".

3 comentários:

  1. Olá Moisés
    Faz muito tempo que não comento aqui no blog, mas sigo firme com as práticas e lendo e repassando o link diariamente para alguns colegas.
    Fiquei encantada com o teu comentário de hoje e feliz por tê-lo lido logo cedo para que eu o traga comigo durante todo o dia, ou seja, que eu me lembre de estar em comunhão e harmonia com "as pétalas" que encontrar hoje.
    Muito obrigado de verdade...de coração.
    Que Deus te abençoe e ilumine sempre mais e mais...
    Bjs
    Bom domingo!

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    1. Eu é que agradeço, Nina.

      Obrigado por continuar firme conosco e por compartilhar as lições do blogue.

      Um ótimo domingo.

      Beijos.

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  2. Que lindo meus queridos! Tenham um ótimo dia e que possamos nos encontrar hoje ,para mais uma vez sermos regados pelas lições de Amor que tanto nos fazem pensar em sermos merecedores de uma vida plena! Até mais tarde.beijos e Luz a todos! Beth

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