sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quem se machuca mais com o ataque a alguém?


LIÇÃO 216

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (196) Só posso crucificar a mim mesmo.

Tudo o que faço, faço a mim mesmo. Se ataco, eu sofro. Mas, se eu perdoar, a salvação me será dada.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Nesta sexta-feira, dia 3 de agosto,  repetindo quase que literalmente o que eu disse nos anos anteriores, vamos revisar uma ideia que contém uma verdade que não aprendemos com o mundo. O mundo nos ensina a julgar, a condernar, a atacar e a crucificar todos os que se apresentam em nossos caminhos como culpados pelo estado de coisas que vivemos. 


Um estado que, aliás, nunca parece ser de nossa própria responsabilidade, uma vez que acreditamos "saber" o que fazemos e o que queremos, enquanto os outros estão todos errados, a se dar ouvidos ao sistema de pensamento do falso eu, a imagem de nós mesmos que vamos construindo com o aprendizado do mundo e que o Curso chama de ego.

O Curso diz várias vezes, em diversos pontos diferentes, que oferece um ensinamento muito simples. Afinal, como ele diz a certa altura, o que pode ser mais simples do que descobrir que ilusão é ilusão e que só a verdade é verdadeira?

E é isto que a ideia para as práticas de hoje nos ajuda a aprender e a compreender. Pois ela é apenas extensão e consequência natural de outra lição que diz: Tudo o que dou é dado a mim mesmo (Lição 126). Ora, se só dou a mim mesmo, é lógico que só posso ferir a mim mesmo, não?

Isto não é simples de se aprender? Sim! Sim! É simples, mas não é fácil. E por quê? Por estarmos hipnotizados pelos modos e sugestões do mundo [do ego, o falso eu], grande número de vezes não nos apercebemos de que o que fazemos só atinge mais fundo, de fato, a nós mesmos.

Apesar de todos já termos experimentado em algum momento a dor que resulta de se ferir alguém, o ego nos convida a relevar esta dor e a esquecê-la, sob a justificativa de que o que fizemos era o que aquela pessoa merecia.

Na verdade, sabemos que não é assim. Pois sempre que buscamos ferir ou atacar alguém é a nós mesmos que machucamos mais. E pagamos o preço em culpa. E a culpa gera o medo. E não conseguimos mais ficar em paz. É só abandonando a culpa, que vem do julgamento e do ataque, frutos da crença na separação, que vamos conseguir experimentar a paz.

Afinal, o que queremos de verdade para nossa vida? Paz ou culpa? Ou, lembrando de mais um dos ensinamentos do Curso: queremos ter razão ou ser felizes?

Nenhum comentário:

Postar um comentário