sexta-feira, 4 de maio de 2018

O milagre vem da consciência da unidade com Deus


LIÇÃO 124

Que eu me lembre de que sou um com Deus.

1. Hoje vamos dar graças mais uma vez por nossa Identidade em Deus. Nosso lar está salvo, a proteção em tudo o que fazemos está garantida, o poder e a força estão disponíveis para nós em todos os nossos empreendimentos. Não podemos fracassar em nada. Tudo o que tocamos se reveste de uma luz brilhante que abençoa e cura. Em unidade com Deus e com o universo, seguimos nosso caminho regozijando-nos com o pensamento de que o Próprio Deus vai conosco aonde formos.

2. Quão santas são nossas mentes! E tudo o que vemos reflete a santidade no interior da mente em unidade com Deus e consigo mesma. Quão facilmente os erros desaparecem e a morte dá lugar à vida eterna. Nossas pegadas brilhantes indicam o caminho para a verdade, pois Deus é nosso Companheiro enquanto andamos pelo mundo por algum tempo. E aqueles que vêm para nos seguir reconhecerão o caminho porque a luz que carregamos fica para trás, embora ainda continue conosco enquanto caminhamos.

3. O que recebemos é nossa dádiva eterna para aqueles que nos seguem e para aqueles que foram antes ou ficaram algum tempo conosco. E Deus, Que nos ama com amor igual àquele em que fomos criados, sorri para nós e nos oferece a felicidade que demos.

4. Hoje não duvidaremos do Amor d'Ele por nós, nem questionaremos Sua proteção e Seu cuidado. Nenhuma ansiedade sem sentido pode se interpor entre nossa fé e nossa consciência da Presença d'Ele. Somos um com Ele hoje em reconhecimento e lembrança. Nós O sentimos em nossos corações. Nossas mentes contêm os Pensamentos d'Ele; nossos olhos veem a beleza d'Ele em tudo o que olhamos. Hoje vemos apenas o amoroso e o amável.

5. Nós o vemos nas aparências de dor e a dor abre caminho para a paz. Nós o vemos nos desvairados, nos tristes e nos aflitos, nos solitários e medrosos, que são devolvidos à tranquilidade e à paz de espírito em que foram criados. E o vemos nos moribundos e também nos mortos, devolvendo-os à vida. Vemos tudo isto porque o vimos primeiro em nós mesmos.

6. Nenhum milagre pode jamais ser negado àqueles que sabem que são um com Deus. Nenhum dos pensamentos deles deixa de ter o poder para curar todas as formas de sofrimento em qualquer pessoa, em tempos idos e em tempos ainda por vir, tão facilmente quanto naqueles que andam ao lado deles agora. Os pensamentos deles são intemporais e independentes, tanto da distância quanto do tempo.

7. Nós nos unimos a esta consciência quando dizemos que somos um com Deus. Pois nestas palavras dizemos também que estamos salvos e curados; que, como consequência, podemos salvar e curar. Aceitamos, e agora queremos dar. Pois queremos conservar as dádivas que nosso Pai deu. Hoje vamos nos experimentar na unidade com Ele, para que o mundo possa compartilhar nosso reconhecimento da realidade. Em nossa experiência o mundo se liberta. Ao negarmos nossa separação de nosso Pai, o mundo se cura junto conosco.

8. Que a paz esteja contigo hoje. Assegura tua paz praticando a consciência de que és um com teu Criador, assim como Ele é um contigo. Em algum momento hoje, quando parecer melhor, dedica meia hora à ideia de que és um com Deus. Esta é nossa primeira tentativa de um período longo para o qual não damos nenhuma regra nem palavras específicas para orientar tua meditação. Confiaremos na Voz de Deus para falar como Ele achar melhor hoje, certos de Ele não falhará. Fica com Ele nesta meia hora. Ele fará o resto.

9. Teu benefício não será menor se acreditares que não acontece nada. Podes não estar pronto para aceitar o ganho hoje. Porém, em algum momento, em algum lugar, ele virá a ti, e não deixarás de reconhecê-lo quando ele despertar com convicção em tua mente. Esta meia hora será emoldurada em ouro e cada minuto será como um diamante disposto em volta do espelho que este exercício te oferecerá. E verás a face de Cristo sobre ele, num reflexo da tua.

10. Talvez hoje, talvez amanhã, verás tua própria transfiguração no espelho que esta meia hora sagrada te oferecerá para veres a ti mesmo. Quando estiveres preparado, tu a encontrarás aí, no interior de tua mente, e esperando para ser encontrada. Lembrarás, então, da ideia à qual deste esta meia hora conscientemente agradecido de que nenhum tempo foi melhor empregado.

11. Talvez hoje, talvez amanhã, olharás para este espelho e compreenderás que a luz inocente que vês te pertence; a beleza pura para a qual olhas é a tua própria beleza. Considera esta meia hora como tua dádiva para Deus, na certeza de que o que Ele devolverá será uma sensação de amor que não podes entender, uma alegria profunda demais para compreenderes, uma visão santa demais para os olhos do corpo verem. E, ainda assim, podes ter certeza de que algum dia, talvez hoje, talvez amanhã, compreenderás, apreenderás e verás.

12. Acrescenta mais jóias à moldura dourada que segura o espelho oferecido a ti hoje, repetindo para ti mesmo de hora em hora:

Que eu me lembre de que sou um com Deus, na unidade com
todos os meus irmãos e com meu Ser, em santidade e paz eternas.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 124

"Que eu me lembre de que sou um com Deus."

Lembrar-me de que sou um com Deus só pode fazer com que eu continue a dar graças, como pedia a lição de ontem. Quando me ponho em sintonia com a Voz que fala por Deus em mim, reconheço que preciso dar graças sem parar por tudo o que recebo de Deus a todo instante. E que tudo se renova a cada instante. A criação se renova, porque, de fato, a criação não começou nalgum ponto do tempo para terminar nalgum outro. Não! A criação continua a acontecer o tempo todo, sempre que nos ligamos à consciência da unidade com o divino. Aí também nasce o milagre.

É isso que vamos buscar fazer novamente com a lição de hoje, trazer de volta a nossa consciência a consciência de nossa unidade com o divino para aprendermos a dar graças por tudo o tempo todo. Vejamos, pois, como fazer isso:

Hoje vamos dar graças mais uma vez por nossa Identidade em Deus. Nosso lar está salvo, a proteção em tudo o que fazemos está garantida, o poder e a força estão disponíveis para nós em todos os nossos empreendimentos. Não podemos fracassar em nada. Tudo o que tocamos se reveste de uma luz brilhante que abençoa e cura. Em unidade com Deus e com o universo, seguimos nosso caminho regozijando-nos com o pensamento de que o Próprio Deus vai conosco aonde formos.

No entanto, não basta termos a vaga impressão de termos ouvido dizer que Deus vai conosco aonde formos. É preciso que busquemos a consciência de Sua Presença em nós a todo instante. Precisamos estar "ligados". Ficar "ligados" na Presença de Deus, ou o fato de Ele ser onipresente, onisciente e onipotente, não vai nos servir de nada. 

Para fazer isto, no entanto, buscar a consciência da Presença, não é para fora que devemos dirigir nosso olhar, nossa atenção. O que vemos fora é sempre, e apenas, um reflexo, uma representação daquilo que trazemos dentro e, quando ainda não temos consciência da Presença do divino, somos muitas vezes levados a julgar o que vemos, o que significa também julgar a nós mesmos, dando realidade à ilusão que nos oferece a crença na separação. Daí, a necessidade de 

Que eu me lembre de que sou um com Deus.

É esta a ideia para as práticas. É esta a ideia que pode nos deixar "ligados" a Deus, que pode nos devolver a santidade, que nunca perdemos. É esta ideia que pode curar nossas mentes equivocadas pela ideia de separação e permitir que a Presença de Deus atue em nossa vida em todos os momentos.

A lição continua:

Quão santas são nossas mentes! E tudo o que vemos reflete a santidade no interior da mente em unidade com Deus e consigo mesma. Quão facilmente os erros desaparecem e a morte dá lugar à vida eterna. Nossas pegadas brilhantes indicam o caminho para a verdade, pois Deus é nosso Companheiro enquanto andamos pelo mundo por algum tempo. E aqueles que vêm para nos seguir reconhecerão o caminho porque a luz que carregamos fica para trás, embora ainda continue conosco enquanto caminhamos.

O que recebemos é nossa dádiva eterna para aqueles que nos seguem e para aqueles que foram antes ou ficaram algum tempo conosco. E Deus, Que nos ama com amor igual àquele em que fomos criados, sorri para nós e nos oferece a felicidade que demos.

São as práticas desta lição que vão permitir que aprendamos a receber, a aceitar e a integrar em nossa mente todas as dádivas a que temos direito como Filhos. Para aprendermos a ir além da mente e chegar à alma, ao espírito, que é a Identidade que compartilhamos com Deus, dê-se a Ele o nome que nos pareça mais apropriado. 

Que eu me lembre de que sou um com Deus.

As práticas a que nos dedicamos a cada dia funcionam como uma espécie de busca arqueológica do Espírito em nós, para usar uma expressão similar à de Ken Wilber, em seu livro Psicologia Integral, referindo-se aos níveis de desenvolvimento da consciência.

Diz ele, a certa altura do livro, que "como costuma acontecer, quanto mais fundo exploramos o nosso interior, mais longe vamos. Na extraordinária arqueologia do Espírito, quanto mais profundo for o nível, mais amplo será o abraço - o interior que o leva mais além".

É aí, no interior, neste abraço amplíssimo, que vamos encontrar a unidade com Deus. E na lição, que diz:

Hoje não duvidaremos do Amor d'Ele por nós, nem questionaremos Sua proteção e Seu cuidado. Nenhuma ansiedade sem sentido pode se interpor entre nossa fé e nossa consciência da Presença d'Ele. Somos um com Ele hoje em reconhecimento e lembrança. Nós O sentimos em nossos corações. Nossas mentes contêm os Pensamentos d'Ele; nossos olhos veem a beleza d'Ele em tudo o que olhamos. Hoje vemos apenas o amoroso e o amável.

Nós o vemos nas aparências de dor e a dor abre caminho para a paz. Nós o vemos nos desvairados, nos tristes e nos aflitos, nos solitários e medrosos, que são devolvidos à tranquilidade e à paz de espírito em que foram criados. E o vemos nos moribundos e também nos mortos, devolvendo-os à vida. Vemos tudo isto porque o vimos primeiro em nós mesmos.

vemos tudo isto porque o vimos primeiro em nós mesmos. É em nós mesmos que tudo começa, e é em nós mesmos que toda a ilusão tem fim. Basta 

Que eu me lembre de que sou um com Deus.

É quando mergulhamos cada vez mais fundo em nós mesmos que podemos chegar à compreensão daquilo de que nos fala Ken Wilber, em seu livro, ao dizer:

 "... quando olhamos para as profundezas do interior da mente, para a região mais íntima do eu, quando a mente se torna muito, muito tranquila, e procuramos escutar com muito cuidado, nesse Silêncio infinito, percebemos que a alma começa a sussurrar e que a sua voz, macia como uma pluma, nos conduz muito além do que a mente [sozinha] seria capaz de imaginar, além de qualquer coisa que a racionalidade poderia tolerar, além de qualquer coisa que a lógica conseguiria suportar. Em seus gentis sussurros estão as mais lânguidas sugestões de amor infinito, vislumbres de uma vida que o tempo esqueceu, lampejos de uma felicidade que não precisa ser mencionada, uma intersecção infinita na qual os mistérios da eternidade insuflam vida no tempo mortal, na qual o sofrimento e a dor se esqueceram de como pronunciar os seus próprios nomes, essa quieta e secreta intersecção do tempo e da eternidade, uma intersecção chamada de alma".

Eis aí o milagre que a lição reserva para os que percebem sua unidade com Deus. Ou como a lição diz:

Nenhum milagre pode jamais ser negado àqueles que sabem que são um com Deus. Nenhum dos pensamentos deles deixa de ter o poder para curar todas as formas de sofrimento em qualquer pessoa, em tempos idos e em tempos ainda por vir, tão facilmente quanto naqueles que andam ao lado deles agora. Os pensamentos deles são intemporais e independentes, tanto da distância quanto do tempo.

Nós nos unimos a esta consciência quando dizemos que somos um com Deus. Pois nestas palavras dizemos também que estamos salvos e curados; que, como consequência, podemos salvar e curar. Aceitamos, e agora queremos dar. Pois queremos conservar as dádivas que nosso Pai deu. Hoje vamos nos experimentar na unidade com Ele, para que o mundo possa compartilhar nosso reconhecimento da realidade. Em nossa experiência o mundo se liberta. Ao negarmos nossa separação de nosso Pai, o mundo se cura junto conosco.

Nunca é demais repetir que as práticas deste dia - assim como a de outro dia qualquer -, feitas de forma honesta e sincera, com toda a disposição de que somos capazes, oferecem a possibilidade do reconhecimento, da compreensão, do aprendizado, da visão e da experiência do Ser, do contato com o Espírito, nossa Identidade verdadeira, que é a direção a que nos leva a busca do desenvolvimento da consciência. Isso pode acontecer hoje mesmo, talvez. Talvez amanhã. Não importa! Pois a certeza da Presença em nós é suficiente para o estágio em que nos encontramos. E, sem dúvida, também é suficiente para reforçar nossa disposição de continuar. 

Que eu me lembre de que sou um com Deus.

Aproveitemos, pois, com toda a vontade e disposição de que somos capazes, a oportunidade de continuar a exercitar, como orienta a lição, a ideia de que somos um com Deus, de viver com esta ideia e de pô-la em prática em nossos dias, para percebermos que, de fato, não há nada que não possamos fazer a partir da consciência de nossa unidade com o divino. Nem de que haja qualquer coisa que nos possa provocar qualquer temor. 

Às práticas?


*

ADENDO:

Jornada num tempo sem tempo (ou viagem de volta no tempo?)

2017, Maio, dia 4: De Bercianos del Real Camino a Mansilla de las Mulas (27 km)

Ainda a respeito da jornada anterior até a chegada a Bercianos, há que mencionar algumas coisinhas.

A primeira é que Sahagún é considerada o meio do caminho. Quer dizer, para quem faz o Caminho Francês, chegar a Sahagún é chegar à metade do percurso. Um pouco antes da entrada na cidade, na verdade uma vila um pouco maior do aquelas por que se passa antes de chegar aqui, há - num local em que os peregrinos podem fazer um descanso - uma espécie de monumento em que duas estátuas gigantes estão postadas uma em frente à outra, por entre as quais os peregrinos têm de passar. Vejam abaixo as duas: a da esquerda e a da direita. Na da esquerda pode-se ler: Sahagún, Centro Geografico del Camino.





A segunda: saindo de Sahagún, a certa altura da caminhada, havia um cartaz que eu devia ter fotografado. Mas não fotografei. Um daqueles lapsos de peregrinos de primeira viagem que acham ser desnecessário tirar foto de tudo, como de fato é. Mas o cartaz era interessante. Dizia o seguinte:


I know that I know
nothing, but the
2nd Bar is cool!

        Socrates

Aí, ao se chegar à vila, encontra-se um bar/restaurante e, alguns metros depois, em frente à Igreja, um local chamado 2nd Bar.

Também, em terceiro lugar, preciso registrar que, enquanto tomava minha primeira cerveja após me acomodar no albergue, travei contato com um local: Pedro, que me contou a razão por que Bercianos, o nome de fundação da vila, passou a se chamar Bercianos del Real Camino.

Reza a lenda, segundo ele, que um rei, certa feita, resolveu empreender a viagem até Compostela. Ao passar por Sahagún enviou batedores para descobrir qual era o real caminho, pois há, lá - naquele ponto em que encontramos o italiano e a moça asiática em dúvida - um desvio para a direita, que pode fazer o peregrino caminhar muito mais e encontrar situações adversas. Ainda que seja possível, pelo que eu soube, continuar a fazer o caminho visitando lugares diferentes daqueles do caminho tradicional.

Pois bem, à época do tal rei, seguir para a direita representava enfrentar um caminho muito difícil e perigoso. Daí que, seguindo para a esquerda, e chegando facilmente a Bercianos e, na sequência a Léon e, depois, a Compostela, o imperador resolveu atribuir a Bercianos o sobrenome: del Real Camino.

É Pedro também que me diz que em Léon, a etapa de daqui a dois dias, há que se conhecer um bar de nome "A Bicha", "a la Plaza don Gutierrez", para comer a melhor "morcilla" de Espanha. E também o "chorizo". Ele ainda me recomenda um hostal em Léon, em que devo me apresentar dizendo que cheguei até lá por recomendação de Pedro "El Chinche" (o piolho) de Bercianos. E, para quem gosta de embutidos, há o bar do Ezequiel, perto da Catedral, que só cobra o vinho ou a bebida: o cliente escolhe a "tapa" que quiser.

Pedro ainda me falou dos "barrios humedo e romantico", os lugares onde ficam os bares em Léon, que, segundo ele é o lugar com a maior quantidade de bares por metro quadrado em toda a Espanha. Informações utilíssimas e todas bastante adequadas ao espírito da peregrinação, não acham?

A última observação digna de nota se refere a António e Mayara, que vieram separados, em função de ele ter tido de voltar para buscar as roupas que esquecera nos varais em Moratinos. Logo ao chegar ao albergue e me instalar, eis que chega António, esbaforido, a procurar por Mayara. Parecia estar mesmo desesperado. E toca perguntar aqui e ali, a um e outro, a ver a possibilidade de Rosa ligar para algum lugar lá distante, pois ele achava que ela se tinha perdido. Tinha, quem sabe, entrado à direita lá, no ponto fatídico.

Depois de algum tempo, não sei exatamente como, ele conseguiu entrar em contato com ela, ou vice-versa, e ficou sabendo aonde ela estava e deu um jeito de encontrá-la. Os dois ficaram no albergue municipal. Creio que Daniel, com que Mayara vinha caminhando, também ficou por lá.

Feito este parêntese, depois de uma noite bem dormida, agora é hora de sair de Bercianos, o que faço dez minutos depois das oito.

Uma caminhada tranquila me leva até Reliegos: cumpridos os primeiros vinte e um quilômetros.

Depois, uma puxada de seis quilômetros e chego a Mansilla de las Mulas, um lugar simpático, com apenas uma rua principal, aparentemente. Um pequeno vilarejo como tantos até aqui.

Um pouco antes das três da tarde chego ao albergue El Jardin del Camino. Faço meu registro, carimbo minha credencial de peregrino, recebo dois papéis que dão direito ao jantar e ao "desayuno" da manhã seguinte. Acomodo minhas tralhas, lavo roupas, que secam muito bem.

O descanso fica mais fácil aqui, pois o jantar e café-da-manhã já estão incluídos na tarifa do albergue.

Durante o jantar, a ONU reunida numa mesa, a conversa gira inicialmente em torno de dois suíços, irmãos gêmeos que se encontram muito poucas vezes. Um deles ainda mora na Suíça e o outro, em Belo Horizonte, há muitos anos. Trabalha como protético em Minas (tratou duas vezes de Eike Batista, que queria o branco mais branco para seus dentes, com um resultado que beira o ridículo). Isso me lembrou de um dos episódios da série americana Friends, que assisti há tempo. No episódio em questão, Ross - se não me engano - passa por um tratamento para clarear os dentes e o resultado se mostra assustador para seus amigos.

Depois, falou-se a respeito da língua alemã falada na Suíça, diferente do alemão que se fala na Alemanha. Das diferenças entre o inglês falado na Austrália e nos Estados Unidos, comparando-os ainda ao inglês que se fala na Inglaterra, na Irlanda ou na Escócia.

Daí, o assunto pulou para a religião e para a política. E para os refugiados na Europa. Um senhor, também suíço, disse trabalhar com os refugiados, as crianças que chegaram por lá sem os pais.

Disse ele que, depois de alcançarem a habilidade de se comunicar em suíço, é incrível seu desenvolvimento e comprometimento com a aprendizagem. Superam os nativos em tudo. A certo ponto, Darren, do Alaska, se juntou a nós e participou da conversa.

Findo o jantar, dormir cedo. Amanhã tem mais uma etapa.


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